Testamos Triumph Street Triple RS 765
Como a Street Triple RS é uma boa opção para Track Day? Confortável para o garupa? Confira todos os detalhes desse review completo!
Por Igor Pinfildi
Por Igor Pinfildi
Quando o pessoal do MOTO.com.br me deu a notícia de que teríamos a Triumph Street Triple RS para teste fiquei muito empolgado, a tempos queria acelerar esse modelo. Para quem gosta de moto sabe que tudo que trás um R no nome é sinônimo de esportividade e performance. Será que isso se confirmou?
Foram 528 km até que eu pudesse sentar e dividir com vocês as minhas impressões, incluindo um passeio com garupa. Logo aproveitei e dei o golpe na esposa e passei 2 dias passeando por aí!
Por isso, separei essa matéria em 3 partes: Parte 1, apenas para o piloto; Parte 2, experiência de piloto com garupa e por fim, a Parte 3, a querida FAQ, assim cada tipo de piloto já vai onde mais lhe interessa.
Nessa matéria, trago um apelo especial para a utilização de um equipamento de segurança, que dentre todos que usamos, é o mais barato e o que pode fazer a maior diferença: Protetor de Coluna! Aproveitei e trouxe algumas informações bacanas em uma review desse acessório também. Veja Aqui
Acordei com uma vontade de rodar, que até fiz loucura, enchi o tanque de podium e ainda disse: “Enche BEM!!!” Essa máquina merecia tamanho gesto, pois já esperava que ela me traria muitas alegrias. O modelo RS conta com alguns mimos extras (Veja na FAQ) e claro 10cv a mais, que merecem muito carinho.
Esse primeiro dia de passeio rodei uns 320 km, assim como na matéria que fiz com a Ducati, leia a matéria completa aqui, o percurso é bastante variado e possibilita testarmos a moto muito bem!
Ajustei a calibragem dos pneus Super Corsa para 32 PSIs, zerei os hodômetros, configurei o painel (pode até trocar a cor que as infos são mostradas azul, verde, amarelo e cinza). Apenas não consegui parear o celular (precisa do módulo habilitado), que permite ainda mais infos no painel (ao todo são 21).
As manhãs de inverno em São Paulo são bem geladas e sabia que poderia me deparar com piso muito frio ou úmido, o que diminui a aderência dos pneus, sendo assim, sai com a moto no modo road onde tenho uma resposta menos bruta e mais linear do acelerador.
Mas, 30 minutos depois, já na rodovia, utilizei a facilidade de troca de mapa com a moto em movimento (desde que freio e acelerador estejam sem uso) e coloquei no mapa sport, no mesmo instante senti a diferença no acelerador que ficou mais arisco.
A Street Triple RS desenvolve muito bem na estrada, sobra motor e o mais divertido para mim são as retomadas. Os 3 cilindros enchem muito rápido e despejam uma potência na medida. O quick shifter (para aumentar e reduzir marchas sem o uso da embreagem) é muito preciso e torna tudo muito fácil e rápido.
Faço a primeira parada para abastecimento, reviso a calibragem dos pneus que não sofreram muita alteração. Nesse primeiro trecho a moto fez em média 15km/l (achei bemmmm “bão”).
Nesse momento, eu decidi entrar no modo de pilotagem rider (onde permite que eu configure cada parâmetro do meu jeito e combine da forma que mais me atende). No meu caso, mantive o ABS ativo (não teria o porquê desligá-los), deixei a entrega de potência no máximo e desliguei o TC (controle de tração) e bora para a rodovia.
Sai com bastante cuidado para ver como a moto responderia as minhas alterações e de cara percebi que ainda tinha mais para experimentar. A moto tem muita força e inicia a entrega bem cedo, me surpreendeu como esse 3 cilindros tem amplitude de rotação, o que facilita muito na versatilidade também. O shift light fica no próprio mostrador do conta giros que fica vermelho e pisca, não achei muuuito fácil de ver quando estava bastante sol, mas tem essa função.
No segundo trecho, me dirigi para uma estrada sinuosa, precisei usar a moto com o giro mais alto. Isso elevou um pouco o consumo para 13.1km/l, mas ainda acho bem razoável. Os pneus e suspensões (Showa na dianteira e Ohlins na traseira) fecham o pacote “tranquilidade total”, pois mantém a moto bem estável quando precisamos inclinar um pouco mais.
Nem preciso dizer que foi o trecho mais bacana da viagem. A diversão foi gigante e aí me veio o pensamento máster: “Imagine essa moto em uma pista para track” torque excelente, todas as assistências necessárias, conforto e com um “pulmão” incrível.... Sem dúvida, super recomendo para que o dono de um brinquedo desse possa conhecer todo o potencial da moto.
Achei apenas 2 pontos de atenção na moto: O primeiro é o botão seletor, ele fica muito próximo do botão da seta e se a luva for grande ele pode atrapalhar um pouco o manuseio. O outro é que senti falta de um amortecedor de direção, pois com o TC desligado eu senti a frente ficando muito leve nas esticadas mais fortes.
Queria fazer um comentário a parte de como a Triumph foi caprichosa na Triple RS, não houve economia com qualidade dos materiais e acabamentos. Iniciando pela chave e claro por toda a moto, certas coisas parecem bestas, mas quando ligamos a moto o painel lhe dá bom dia e mostra quantos dias até a revisão, esses pequenos detalhes fazem com que criemos um vínculo com a marca e com a moto.
Peguei minha digníssima bem cedo e decidimos fazer um passeio tranquilo. Fomos rumo ao interior para tomar um belo café da manhã. De saída é importante compartilhar que ela tem 1,70 e mesmo com essa altura, ficou confortável para ela o passeio.
Para ajudar, coloquei a Street 765 RS no mapa road e acertei a calibragem dos pneus para 35 PSIs. A resposta não poderia ter sido melhor. A moto ficou muito confortável com uma tocada tranquila (nas palavras da Sra. Pinfildi).
Acho que pela primeira vez na vida, não tomei “capacetadas” na cabeça quando acelerava ou freava, praticamente não haviam trancos nas acelerações (acelerador eletrônico estava com o modo road de entrega de potência), o freio motor ajuda muito na redução e aí, foi só diversão.
Como eu sou pesado (100Kg), acredito que se fosse alterar algo para um frequente uso com garupa, eu endureceria o amortecedor traseiro (partindo da posição standard), para que a moto ficasse mais firme nas curvas
O trecho com garupa teve uma média de 200 km, a maior parte do tempo em quarta marcha (com folga na rotação) e a moto teve um consumo médio de 13,8km/l (achei excelente).
Painel Digital
Quick Shifter
Cores e grafismos disponíveis
Retrovisores
Bomba de freio (Brembo)
Manete de freio (Brembo)
Pinças de freio (Brembo)
Reservatório de fluido de freio (Brembo)
Farol em led
Monoposto
Suspensão Traseira Ohlins
Vai sempre depender do tipo de uso que será feito, mas pensando em tudo que temos de diferente entre ambas, caso opte pelo modelo S e queira fazer upgrades nela em alguns desses itens, provável que fique mais caro que investir direto no modelo RS
Sim, bastante simples e intuitivo, mas recomendo que leiam o manual, confira aqui o manual da Triumph Street RS e S
Luz de Combustível acenderá quando estiver faltando aproximadamente com 4,5l no tanque
São inúmeras, pois é possível escolher que tipo de infos serão mostradas, as cores e etc, certamente tem um estilo que o agradará
São 5 modos: Rain, Road, Sport, Trilha, Rider
Sim, basta que o acelerador e os freios não estejam sendo usados (pág 54 do manual), muita atenção para esse tipo de mudança em movimento. Obs., os modos track e rider, não podem ser selecionados com a moto em movimento.
Por incrível que pareça, sim! A moto é extremamente completa com inúmeras modificações. Basta acessar: https://www.triumphmotorcycles.com.br/motocicletas/roadsters/street-triple/accessories
Ele é o quick shifter (sistema de auxílio de troca de marchas sem embreagem) da Triumph (Triumph Systen Assistence)
Tipo: Refrigeração líquida, 12 válvulas, DOHC, 3 cilindros em linha
Cilindrada: 765 cc
Diâmetro: 77,99 mm
Curso: 53,4 mm
Compressão: 12,54:1
Potência Máx.: 123 cv (90.5kW) a 11.750rpm
Torque Máx: 79 Nm a 9.350rpm
Alimentação: Injeção eletrônica de combustível sequencial multiponto com SAI (Injeção de Ar secundária). Controle eletrônico da aceleração.
Exaustão: Sistema de escapamento 3 em 1 de aço inoxidável, silenciador lateral em aço inoxidável.
Transmissão final: Corrente X ring
Embreagem: Embreagem úmida com vários discos e slip-assist
Câmbio: 6 velocidades com o Auxílio de Troca de Marchas da Triumph
Quadro: Dianteiro - Viga de alumínio com perfil duplo. Traseira - 2 peças fundidas de alta pressão
Braço oscilante: Dupla face, liga de alumínio fundido
Roda dianteira: Liga de alumínio fundido, 5 raios, 17 x 3,5 pol
Roda traseira: Liga de alumínio fundido, 5 raios, 17 x 5,5 pol
Pneu dianteiro: 120/70 ZR17
Pneu traseiro: 180/55 ZR17
Suspensão dianteira: Garfo de pistão grande de 41 mm invertido (BPF), amortecimento, retorno e pré-carga ajustáveis
Suspensão traseira: RSU Ohlins STX40 com reservatório piggyback totalmente ajustável
Freio dianteiro: Discos flutuantes duplos de 310 mm, pinças monobloco radiais de 4 pistões M50 Brembo
Freio traseiro: Disco único 220 mm, pinça monobloco de um pistão Brembo, ABS acionável
Painel de instrumentos e funções: Painel de instrumentos colorido TFT de 5" com 4 estilos de visualização e opções de alto/baixo contraste
Largura: 775 mm
Altura sem espelho: 1085 mm
Altura do assento: 825 mm
Distância entre eixos: 1405 mm
Inclinação: 23,9º
Trail: 100 mm
Peso seco: 166 kg
Capacidade do tanque: 17.4L
Consumo de Combustível: 5,2l/100 km (55,4 MPG) = 19,23 km/l mpg
CO2 Figures: Norma EURO 5: CO2 119 g/km e consumo de combustível medidos de acordo com a norma 168/2013/CE. Os valores de consumo de combustível são derivados de condições de teste específicas e servem somente para fins comparativos. Eles podem não refletir resultados reais de pilotagem. g/km.
Fonte: https://www.triumphmotorcycles.com.br/motocicletas/roadsters/street-triple/specification
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