Review Ducati Monster 937
Teste completo da Ducati Monster 937 com ficha técnica e impressões do colaborador Igor Pinfildi
Por Thiago Dantas
Por Thiago Dantas
E olha eu aqui de novo, abrindo a temporada de testes de 2023 em grande estilo, de Ducati Monster 937.
Quem me conhece sabe que sou grande fã e cliente da marca e poder ter essa experiência foi fantastico (está sem acento pois está em italiano).
Eu já havia tido a oportunidade de andar nas outras versões da Ducati Monster e achei até legal trazer um resumo da evolução da moto.
Comparação rápida:
Monster 796 – 85,8 CV a 8250 RPM
Monster 797 - 75 CV a 8250 RPM
Monster 821 – 112 CV a 9250 RPM
Monster 937 – 111 cv a 9.250 RPM – Porém com 2,1kg a menos que a versão anterior que certamente interferem positivamente na agilidade e torque do novo modelo.
Fui retirar a moto em uma ensolarada sexta feira no escritório da Audi, logo de cara vemos aquelas máquinas incríveis da marca das quatro argolas e ali ao lado, bem pequenina, está a Ducati Monster 937 com o característico vermelho da Ducati. Rapidamente o pessoal faz a vistoria de entrega e estou em posse das chaves...
Eis que começo a ver que o modelo disponibilizado para o teste está cheio de “mimos”, a moto estava com escapamento Termignoni, reservatórios da Rizoma, tampa do óleo e tampas de proteção do motor dentre outros.
Aproveitei que busquei a moto e fui cuidar de algumas coisas pessoais pela cidade de SP, a moto se comportou muito bem, foi confortável, ágil e com ótimo consumo (17 km/l).
Pessoal que estava na correia de entregas encostava do lado e ficava admirando a motoca, alguns até queriam saber que moto era e qual a cilindrada. Passou no teste.
No final da tarde, fui surpreendido por uma bela chuva, a lá Terra da Garoa:
Eis que já fiz alteração do mapa e o comportamento dela assustou de tão segura. “Calçada” com Pneus Pirelli Rosso Corsa IV (que já fizemos matéria á respeito) deu para seguir tranquilamente o percurso.
Quando cheguei em casa parei 10 mim para namorar um pouco o modelo, reparar nos principais detalhes e deixar as configurações certinhas para o passeio no sábado.
Dei aquela boa olhada no manual, não tive grandes problemas para deixar a moto do jeito que eu curto. Incrível como a eletrônica dela é muito parecida com a da Ducati Panigale V4S. Detalhe, tem até modo de largada (DPL – Ducati Power Launch) que funciona muito bem e é muito divertido.
Mas lembre-se sempre de ler o manual, pois são muitas funções e siglas:
ABS | Antilock Breaking System |
DPL | Ducati Power Launch |
DQS | Ducati Quick Shift |
DRL | Daytime Running Lamp |
DSB | Painel de instrumentos |
DSS | Ducati SkyHook System |
DTC | Ducati Traction Control |
DWC | Ducati Wheelie Control |
GPS | Global Positioning System |
Os 3 mapas de condução (Sport, Touring e Urban) são totalmente customizáveis são o suficiente para que o piloto consiga deixar a moto pronta independente da situação que enfrentará.
Acordei daquele jeito, antes mesmo de sair, já achava que o role seria curto para mim (aproximadamente 400km).
Fui para o posto abastecer e calibrar os pneus (coloquei 34psi). Lá encontrei outros amigos que me fariam companhia nesse dia.
Assim como faço com a minha moto, no perímetro urbano deixo ela no mapa cidade e assim que entrei na estrada alterei para o sport (lembrando que esse modelo também permite alterar o modo de condução em movimento desde que com o acelerador fechado e freios soltos).
Bora para a estrada, o meu role de todo fds, com todo o tipo de asfalto, todo tipo de estrada
Saímos de SP pela Av. 23 de Maio, na sequência Marginal Tietê e enfim apontamos na Rodovia Ayrton Senna. Aproveito o radar para a troca de mapa e a moto está pronta para o show.
A curiosidade não permitiu que fosse diferente e logo reduzi 2 e virei o acelerador, (tem uma palavra que gosto muito de usar e aqui vai encaixar muito bem) um belo RECEBA!!!
E se estiver na marcha errada ela vai levantar (a moto tem sistema anti-weeling) massssss se esquecer de ajustar já sabe, vai ter que chamar no freio traseiro.
A moto deu um salto, foi semi-inesperado, já tinha como base o modelo anterior, e mesmo assim veio a surpresa.
Comecei a sentir a moto, testei os freios, esses eu sabia que seriam impecavelmente precisos haja visto que todo o conjunto é Brembo.
Após uns 20 minutos, parecia que a moto era minha a séculos.
Pilotei por cerca de 60 km e fizemos a primeira parada, (a moto dos amigos não chega no destino sem essa parada). Abasteci apenas para não perder o costume, até aqui a moto veio com uma excelente média de consumo (20,2 km/l).
Bati o olho no painel (que é muito completo) revisei as infos da configuração para essa parte da estrada, o sol já começava a ficar forte e o asfalto ia estar tinindo.
Sem muita enrolação voltamos para a estrada e agora vem o percurso mais longo repleto de retas e curvas de alta.
E lá fomos nós, nesse trecho eu pude ver como a Ducati caprichou na ciclística, a moto mostrou uma estabilidade que eu realmente não esperava uma moto superleve e com bastante força. Fica muito visível a força da Monster 937, pois mesmo com o giro folgado, se acelerarmos ela vai responder bem.
E assim percorremos cerca de 120 kms e paramos para encher a barriga e tomar um cafezinho.
Durante o café já tinha gente querendo saber mais pois estava interessado em ser proprietário de uma Monster. E eu só pensando na próxima parte, comemos rapidinho o sol nessa hora já estava “torando” e lá fomos nós, mais um abastecimento (nesse trecho a moto bebeu um pouco mais cerca de 14km/l) e estrada sentido a cidade de Morungaba.
E lá, veio a consagração do modelo, conseguimos ver a Monster se dar bem em mais um tipo de estrada: A sinuosa.
E foi muito legal, vou tentar compartilhar uma situação.
Só imagine, abrimos o acelerador, 1 ª, 2 ª, 3 ª, ajusta o posicionamento reduz, deixa o freio motor agir um pouco (o Termignoni solta alguns pipocos do retrocesso) e inicia a frenagem, inicío o contorno da curva, a moto vai fácil parece até que faria aquilo sozinha sem o Igor e derrepente o joelho já está no chão e a moto lisa na curva, ai é só achar a saída e torcer o acelerador de novo para que o torque dos 2 cilindros em “L” apareça.
Para facilitar isso, meu amigo Leo do Roda Presa registrou isso para facilitar a imaginação.
E assim foram por muitas curvas dessa estradinha fantástica, até pararmos para abastecer em Morungaba, se hidratar e deixar a adrenalina baixar.
Uma verdade seja dita, congratulações para o par de Pirelli Rosso Corsa IV que vem de fábrica, são pneus que atendem muito bem em esportivas imagine nas Nakeds. (fiz o teste na minha V4: clique aqui para ler o teste, OBS: ainda era a versão 2 e já estamos no 4)
O restante do percurso são mais 80km pela Rod. Anhanguera onde conseguimos manter uma boa velocidade e contornar as curvas facilmente, parece até um balé.
Por fim, chegamos a São Paulo, marginal sempre lotada e aí não tem muito mais diversão, entra em cena a atenção multiplicada por 5 (óbvio que o mapa já estava no urban novamente).
Na ida para a Ducati para devolver a moto, ficou um gostinho de quero mais, ainda mais que dessa vez, não consegui fazer o teste com garupa que é sempre muito esclarecedor para quem tem um parceiro (a) que também anda.
A moto ficou linda, tem um motor muito bom e confiável que atende a necessidade da maior parte dos motociclistas, a eletrônica deve estar entre as mais avançadas da categoria (diria até que a mais).
Para quem se pergunta se é uma moto que daria para ter um uso misto (cidade na semana e rolê no fim de semana, sim!
Todos sabem que não falo de preço pois isso é subjetivo, mas ela parte de R$86.990,00 sem frete.
Tipo: bicilíndrico, 4 tempos, Arrefecimento Refrigeração líquida
Válvulas: 4 por cilindro
Cilindradas: 937 cc
Potência máxima: 111 cavalos a 9.250 rpm
Torque máximo: 9,5 kgf.m a 6.500 rpm
Velocidade máxima: 230 km/h
Consumo: 19 km/l
Diâmetro: 94 mm
Curso: 67,5 mm
Taxa de compressão: 13.3:1
Câmbio: 6 velocidades
Embreagem: Semi-deslizante com multi-disco revestida em óleo, servo-assistida com função anti-blocante e acionamento hidráulico.
Tipo: Chassi dianteiro em liga de alumínio
Dianteira: Forquilha invertida de 43 mm
Traseira: Mono-choque progressivo com pré-carga ajustável, balança de berço duplo.
Pneu dianteiro: Pirelli Diablo Rosso III 120/70 ZR 17 Aro 17 polegadas
Pneu traseiro: Pirelli Diablo Rosso III 170/60 ZR 17 Aro 17 polegadas
Tipo: Roda Liga leve
Dianteiro: Disco duplo semi-flutuantes 320 mm, pinças Brembo M4.32 ancoradas radialmente, 4 pistões monobloco, cilindro mestre radial, ASB para curvas.
Traseiro: Disco de 245 mm, pinça Brembo com dois pistões flutuantes, ABS para curvas.
Altura do banco: 820 mm
Distância entre eixos: 1474 mm
Tanque: 14 litros
Peso: 166 kg seco
Protetor de coluna Tryonic Fee
Link Manual Monster 937 (2023) PT-BR: https://downloads.ctfassets.net/oifkva25gsx4/3Qf7CFX4no4tUFuXMG8yBg/df583bf0f236197be0eca66d64dab663/OM_-_Monster_937_-_BR_-_MY23_-_ED00.pdf
Link Manuais Ducati: https://www.ducati.com/br/pt/home/servicos/pos-vendas/manual-do-proprietario
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