Testamos a nova Ducati Panigale V4S 2023 na pista!
O nosso colaborador Igor Pinfildi foi até o Autódromo de Capuava acelerar a nova Ducati Panigale V4S 2023. Confira essa experiência.
Por Thiago Dantas
Por Thiago Dantas
5 julho de 2018, o dia que montei na primeira Ducati, jamais imaginaria que poderia ter uma, tão pouco que estaria participando do lançamento de uma das motos mais incríveis da atualidade.
Pois é isso, com um pouco de nostalgia inicio esse review. Que eu sou fã, cliente e admirador da marca não daria para esconder, mas aqui precisarei ser neutro e assim como sempre fiz, trazer minhas reais impressões.
Eu já tive a V4s 2019 (fandangos), estou com a 2021 atualmente, e me sinto suficientemente munido de conhecimento para fazer as respectivas comparações que vos trago.
Sábadão, 7h da manhã já estávamos na estrada, aquele friozinho gostoso de 15°C, quem acompanhou no canal do moto.com.br no Instagram deve ter visto eu e o Thiago a caminho do Autódromo Fazenda Capuava. Fizemos um suspense e é muito legal quando vocês interagem em real time conosco, obrigado.
Aquela região é incrivelmente abençoada, o clima ajuda a compor um ambiente perfeito para um encontro quase romântico rs rs.
Chegamos no evento da Ducati, logo fomos recebidos no andar superior dos boxes no Autódromo, um café da manhã bem leve e gostoso. Ao sair no terraço, olhei para baixo e vi aquela fila de Ducatis V4s perfeitamente alinhadas paras os testes, pneus ainda com cera, o sol batia e o inebriante vermelho da Ducati se destacava.
Em pouco tempo começava a encher o espaço do evento, muitos rostos conhecidos bate papo e amenidades e enfim fomos chamados para a apresentação.
César Barros (Instrutor Chefe do DRE BR) foi o responsável por nos passar todas as mudanças que a Ducati trouxera para o modelo.
A apresentação foi aberta por um vídeo com os pilotos profissionais andando e falando sobre a moto (quase não empolga sabe).
Acabou a apresentação e foi hora de fazer o primeiro contato com a moto que eu iria pilotar no teste (moto de número 4) com seus apenas 10km de hodômetro total.
Montei na moto e de cara senti algo diferente, algo que interfere diretamente na pilotagem, o tanque de combustível. Ele está com um pouco mais estreito, o que facilita o encaixe durante as curvas e de quebra, passou a ter 17l (16 anteriormente).
Outro ponto é que o assento está mais plano (15mm) isso nos deixa menos projetados sobre a moto que facilita muito em frenagens mais fortes pois reduz a força que o piloto precisa fazer para manter o posicionamento.
Me senti no direito de alterar algumas configurações (para a moto ficar como costumo andar com a minha pois, isso facilitaria a comparação) e chegou a hora de ir para a pista.
Comecei a fuçar, a Ducati é a moto mais fácil de o piloto se entender com todos os ajustes e as funções de cada assistência (é muito intuitivo).
Cada mapa (4 no total) pode ser customizado como o piloto quiser e dentro das configurações temos os Mapas de entrega de potência, agora são 4 (Low, Medium, High and Full), quando li FULL, meu coração até acelerou, essa configuração determina quão suave será a entrega de potência.
Importante destacar que se for selecionado o modo “Low” a potência da moto fica limitada a 150 cv.
Capuava é um circuito mais travado, sendo assim, não adianta andar com toda a potência que vai ser desgastante fisicamente e não conseguiria sentir a moto.
Selecionei o mapa de entrega de potência médio, baixei o controle de tração para 2 (DTC), deixei o anti-weeling no 1 (DWC), o freio motor no 3 (EBC) para a moto ficar mais solta e o ABS no 2, pois queria evitar uma empolgação extra.
O instrutor Thiago (Ticão) ficou responsável pelo grupo avançado (me senti honrado em fazer parte deste com apenas 4 pilotos).
Primeira volta bem na manha, para aquecer os pneus, sentir como estavam os freios e se encaixar para iniciar o teste.
Assim que nos preparamos para abrir a primeira volta já me lembro de verificar a 1ª e 2ª marchas que foram alongadas e de cara a surpresa: em média 30km/h a mais por marcha (163 km/h e 195km/h respectivamente) não preciso nem explicar que não deu para sentir a 6ª né?
E dá-lhe freio e reduzidas no final da reta, e nesse quesito a Ducati nunca deixou a desejar o freio é fantástico e o câmbio muito preciso, e de quebra percebemos que o novo ângulo do banco ficou fantástico.
Volta após volta eu já me sentia mais confiante na moto e assim fomos por 15 minutos.
Saí da pista estava até que bem inteiro fisicamente, e com todo mundo que andou e eu perguntei sentiu a mesma coisa: “A moto está mais fácil de tocar, ela empurra muito com uma linearidade” está mais progressiva. Quem já andou de 1000cc em Capuava sabe como é desgastante e foi aquele momento de sintetizar as ideias para podermos gravar.
Levei minha moto para colocarmos ao lado e ficar fácil de fazermos algumas comparações. Pois vamos lá, resuminho:
Essa foi a experiência em testar a moto, espero ter conseguido passar um pouco disso para vocês e fazer com que se sentissem lá comigo.
Um agradecimento especial a 2 pessoas que tornaram esse meu sonho realidade.
MUITO Obrigado André Prado e Bruno Sciciliano por abrirem as portas para mim e acreditarem nas minhas ideias, isso jamais será esquecido.
Página Ducati: https://www.ducati.com/br/pt/motos/panigale/panigale-v4
Link Manuais Ducati: https://www.ducati.com/br/pt/home/servicos/pos-vendas/manual-do-proprietario
Quais versões da Ducati Panigale V4 temos no Brasil?
R: Para o nosso mercado temos a V4s (usada na matéria) e a V4 SP (que substituiu a R)
Quais as cores disponíveis?
R: Apenas vermelha.
Sentiu falta de alguma informação no painel?
R: Com as duas configurações (pista e estrada) fica fácil de adaptar a necessidade. O painel de pista que foi totalmente reformulado ficou show de mais, praticamente igual ao visual dos campeonatos mundiais.
A moto é apenas para um piloto?
R: Não, a Ducati entrega a moto com essa configuração, mas junto na compra vem o banco e as pedaleiras da garupa.
Qual escapamento é homologado para a Ducati V4s?
R: Para quem gosta de mexer na moto, o Akrapovic libera mais 12.5 cavalos deixando a V4 com 228cv.
A ergonomia é boa?
R: EU tenho 1,86 é uma das motos mais confortáveis que já andei. O joelho firma muito bem no tanque e a posição de pilotagem é bastante tranquila.
A bolha original atende a necessidade dos mais altos?
R: Sim, sobra espaço no banco e conseguimos ficar bem protegidos atrás.
Capacete – Scorpion EXO
Macacão - https://www.motosprint.com.br/macacao-revit-apex-one-piece-black-white/p
Protetor de coluna – https://www.motosprint.com.br/protetor-de-coluna-tryonic-feel-grey-blue/p
Bota – https://www.motosprint.com.br/bota-forma-ice-pro-flow-black/p
Luva – https://www.motosprint.com.br/luva-revit-jerez-3-black-white/p
Motor: V4 90° equipado com o Desmosedici Stradale, de 1.103 cm3 (inclinado 42° para trás na horizontal).
Cilindradas: 1.103 cc
Potência: 217 cv a 13.000 rpm
Torque: 12,6 Ngm (@10.000 rpm)
Sistema desmodrômico: para ao acionamento das válvulas de admissão e escape, sem o uso de molas.
Virabrequim contra-rotativo: girando na posição contrária às rodas.
Ignição “Twin Pulse”: os dois cilindros do lado esquerdo disparam juntos, assim como os dois do lado direito.
Transmissão
Caixa de velocidade: 6 velocidades
Chassis e ergonomia da Panigale V4 S
Quadro dianteiro: é o mesmo que o da Panigale V4 R, seguindo as especificações de meta de rigidez da Ducati Corse.
Chassi: mais flexível, com subestrutura leve de magnésio frontal e subestrutura da sede de alumínio fundido com casca (presa à estrutura frontal na parte superior e aparafusada aos cabeçotes do banco traseiro de cilindros.
Baricentro mais alto e maior ângulo de tração da corrente: com inclinação de 24,5 ° e uma trilha de 100 mm, a geometria da direção permanece inalterada.
Suspensão e amortecedor: sistema Öhlins Smart EC 2.0 de segunda geração, com novo OBTi (Objective Based Tuning Interface), garfo Öhlins NIX-30 e amortecedor traseiro Öhlins TTX36
Suspensão dianteira: Öhlins NIX 30 Ajustável 43mm
Suspensão traseira: Öhlins TTX36 com sistema Smart EC 2.0
Rodas: liga de alumínio forjada de 3 raios
Pneu dianteiro: Pirelli Diablo™ Supercorsa SP 120/70 ZR17
Pneu traseiro: Pirelli Diablo™ Supercorsa SP 200/60 ZR 17
Sistema de travagem com pinças monobloco Brembo Stylema®: desenvolvida com as pinças M50
Eletrônica da Panigale V4 S
Controles eletrônicos de última geração:
ABS Cornering EVO
Ducati Traction Control (DTC) EVO 2
Ducati Slide Control (DSC)
Ducati Wheelie Control (DWC) EVO
Ducati Power Launch (DPL)
Ducati Quick Shift up/down (DQS) EVO 2
Engine Brake Control (EBC) EVO
Ducati Eletronic Suspension (DES) EVO
Estratégias dos Modos de Pilotagem Ducati: três estilos de pilotagem diferentes predefinidos para desempenho possa ser adaptado ao motociclista, à pista e às condições climáticas. São eles:
Corrida: para pilotos experientes que desejam usar todo o potencial da moto em pistas de alta aderência
Sport: permitem que pilotos menos experientes desfrutem de um manuseio eficaz e espetacular
Urbano: apresenta uma configuração de suspensão adequada para estradas irregulares ou sem deformidades
O piloto pode personalizar os parâmetros de acordo com seu estilo de pilotagem ou restaurar as configurações de fábrica da Ducati.
Instrumentação TFT de última geração: tela brilhante de alta definição (186,59 PPI – 800xRGBx480). Além do menu clássico, apresenta outro menu no canto inferior direito, que pode executar duas funções: exibição / indicação de parâmetros alinhados ao modo de pilotagem definido ou modificação rápida dos parâmetros DTC, DWC, EBC e DSC.
Os indicadores são do tipo ‘desligamento automático’, que acionam automaticamente após a conclusão da curva ou, se um indicador for acionado acidentalmente, desligam-se depois que a motocicleta estiver em linha reta por uma certa distância (de 200 a 2000 metros, dependendo da velocidade da motocicleta quando o indicador foi ligado).
Pesos e medidas
Peso seco: 174 kg
Altura do banco: 830 mm
Distância entre eixos: 1.469 mm
Capacidade do tanque de combustível: 16 l
Consumo
Consumo médio: 14.5 km/l
Receba notícias de moto.com.br
Envie está denúncia somente em caso de irregularidades no comentário