Honda CBR 650R - Teste MOTO.com.br
Honda CBR 650R apresentou o melhor de dois mundos: divertida para o Track Day e confortável para viagens. Confira o teste completo!
Por Igor Pinfildi
Por Igor Pinfildi
Mais um fim de semana abençoado com um dia lindo e uma bela moto na garagem para testar, e claro me divertir.
A escolhida da vez foi a Honda CBR 650 R, moto que este ano ganhou uma categoria dedicada toda a ela no SuperBike Brasil e para quem acompanha os meninos estão “Secando Arroz” rs rs...
Desde o primeiro minuto, fomos muito bem tratados e recebidos pela a equipe da Honda que antes de entregar a moto a mesma foi toda higienizada.
Como de costume, rodo pelo menos 500 km com a moto para que possamos ter o máximo de infos para dividir e mais uma vez consegui incluir um passeio com garupa, pois acredito que como eu, muitos de vocês também tenham alguém que gosta de passear por aí.
E para facilitar vou novamente separar a matéria assim se quiser alguma utilização específica, encontrará rapidamente.
Eis minha primeira vez com uma Honda nas ruas, e já de cara uma da família CBR
E quando você a olha de frente é como se estivesse olhando para uma CBR 1000 RR – SP. Sou suspeito, pois já quase comprei uma SP, fantástica!
Inicialmente eu ia testar a moto na pista, pois além de ser mais seguro, consigo trazer uma outra visão, principalmente para quem anda sozinho e que curte fazer uns track days, mas por um probleminha de agendas não foi possível (ainda não desisti dessa opção)
Mas mesmo assim, selecionei uma estradinha bem sinuosa para testarmos tudo.
De cara ao sentar na moto percebemos que ela tem uma posição de pilotagem mais ereta e muito confortável, banco bem largo e com pedaleiras perfeitamente alinhadas onde até pilotos de estatura mais alta ficam bem confortáveis.
Pois bem, saio do posto com uma calibragem de 34 psi em cada pneu. Ainda no perímetro urbano já estou dominando o painel que é extremamente completo, pontooo pra Honda!
Ao entrar na estrada, sinto falta do quick shifter, reduzo duas e dou uma estilingada (saudável), o motor da Honda é muito linear e liso na entrega, e logo o shift light me avisa que é hora de passar a marcha, só consegui pensar: “Pena que elas não vem com escapamento esportivo para os testes”, certamente teria me perdido no som que esse motor iria gerar.
No início da rodovia temos ainda alguns trechos muito detonados de asfalto geralmente eu iria reclamar, mas para o teste nos ajuda a entender como a suspensão dianteira se comporta e de cara senti uma firmeza que não esperava, fiz até algumas trocas de marcha nessa parte e nada, ponto para a Honda novamente!
Após mais ou menos 110 km, fazemos (falo fazemos, pois, tenho um grupo de amigos incríveis que estão sempre me ajudando) a primeira parada para abastecimento, o consumo da moto ficou em 15,2km/l, o que é fantástico para a Honda!
Para quem leu a primeira matéria da Ducati 1299S já sabe que saindo desse primeiro posto começa um trecho muito legal de curvas de alta. Partiu!
Ponta dos pés na pedaleira peso para baixo e vamos que vamos, esse trecho fala muito sobre como a moto se comporta em termos de estabilidade e a Honda vai muito bem. A suspa dianteira é Show (sem nenhum tipo de ajuste) e mesmo assim não deixou a desejar em nada, muita diversão nesse trecho.
E para fechar com chave de ouro as curvinhas travadas, já começo dizendo que foi joelho no chão sem sustos. A CBR 650 R aponta muito fácil e deixa bem claro que você está no controle, sem trancos no meio da curva, freio motor perfeito, parece que o motor está sempre pronto para entregar potência e no caso de uma chamada mais forte no freio, a moto automaticamente pisca as setas, o que ajuda muito outros motociclistas.
Mesmo eu não tendo colocado ela na pista, e claro com um campeonato dedicado a apenas esse modelo, fica evidente que é uma moto que iria muito bem para pilotos que estão começando no mundo das pistas e track days, já que a moto possui as assistências necessárias para evitar sustos (Controle de Torque e ABS), no máximo endurece um pouco a suspa traseira e pau!
Retornamos para SP hora de deixar a moto esfriar, o óleo baixar que amanhã tem mais, mas agora com garupa.
Acordei e dessa vez tinha gente mais ansiosa do que eu para o “rolê”, pois é a sra. Pinfildi tava que era uma pilha só! Vestiu a camisa e já está se tornando uma profissional nos reviews.
Completamente paramentada (incluindo protetor de coluna), acessório esse, que conforme falamos na última matéria é imprescindível para o piloto, imagine para a garupa, se você não viu, leia a matéria completa aqui.
Após alterar a calibragem dos pneus Dunlop SportMax que alterei para 38 PSI em ambos os pneus. Partimos em direção ao Santuário de Aparecida, um percurso que tem em média 180 km partindo de SP capital. Essa distância geralmente cansa um pouco mais para a garupa e de cara imaginei que o desafio para a sras Pinfildi seria grande.
Pegamos um trecho urbano para sair de SP, nesse curto trecho a moto foi muito bem, a suspensão muito confortável e o freio Nissin responde rápido, preciso e sem desequilibrar a moto.
Assim que entramos na estrada pude perceber que a amplitude de rotação da moto iria ajudar muito a garupa, o motor é muito macio as trocas de marcha, repassam muito pouco tranco e rodando em um regime de 4 e 5 marcha, é possível deixar o motor na faixa dos 6000 rpm`s, o que lhe dará força e rápida resposta, caso precise. Andando dessa forma a moto ficou com um consumo de 14,7 km/l, o que achei excelente.
Primeira parada no pedágio e ao perguntar como estavam as primeiras impressões fui surpreendido com as primeiras palavras “Tudo perfeito” nussss, seguimos então.
Com piloto e garupa, a moto se comportou muito bem para a estrada e arrisco dizer que deve ser uma das melhores motos para quem gosta de fazer passeios tranquilos com seu parceiro(a), pois a carenagem trás muita estabilidade e conforto ao piloto, o banco traseiro largo e sem exagero de altura, facilitam o conforto da garupa, talvez se o foco seja muito garupa eu endureceria um pouco apenas o amortecedor traseiro (que conta com 10 níveis de ajuste), de resto é pau na máquina.
Quando chegamos em Aparecida veio o veredicto: “A melhor moto que já andei”, a antecessora a ocupar essa posição era minha Kawasaki Z750 e nas palavras da dona da opinião: “Me senti muito confortável, não teve incômodo nenhum e senti muito pouco tranco de acelerações e frenagens” e fui intimado a testar uma Z900 para dar o direito a réplica da Kawasaki, vamos ver!
Fantástico, agora é só pegar seu parceiro correr para a loja e comprar a sua.
Obrigado pela atenção e tempo aqui dedicado, seus comentários, sugestões e opiniões são muito bem vindos e lembre-se: USE PROTETOR DE COLUNA!!!!!!!
Se você é um piloto iniciante está saindo de uma categoria menor – SIM
Se você faz passeios em estradas principalmente com garupa – SIM
Se você preza o conforto - SIM
Se você já é um piloto experiente e busca uma moto com mais potência- NÃO
Se você vai ter essa como uma segunda moto para se divertir – SIM
Se você quer ir para track days para se divertir – SIM
Se você quer participar do SBK BR na categoria – Aí não tem escolha rs rs
Como sempre autonomia é um tema que possui muitas variáveis, porém com base no meu teste que a moto teve uns 15 km/l de consumo é possível rodar em torno de 230 km.
Manual CBR 650 R - Português: Clique aqui para baixar.
Óleo recomendado: Óleo Genuíno Honda sAE 10W-30 sL JAsO MA
Capacidade de carga de 168 kg (Piloto, passageiro, bagagem e acessórios)
Eu não tinha rodado com esses Pneus Dunlop SportMax, porém fiquei bem impressionado, pois no trecho sinuoso do teste a moto se comportou muito bem, e a eletrônica nem precisou atuar. Seria legal ver como ele se comporta na pista, mas primeiras impressões positivas, pneu com boa aderência e provável que boa durabilidade.
Conforme dividi hoje quase todas as motos possuem quick shifter e acho que nessa moto casaria muito bem. A pilotagem ficaria ainda mais suave e confortável.
Dessa vez a Honda se dedicou aos mínimos detalhes, até mesmo acabamentos internos de carenagem de um plástico bem resistente e até com algumas texturas o que dão todo um charme para a moto
Olha eis um ponto que irá dividir opiniões, ainda mais se alguém que esteja lendo já andou nas primeiras Honda Hornet`s. Esse motor da Honda é simplesmente fantástico. Ele é confiável, resistente, responde muito bem, porém para a Honda CBR 650 R achei fraco acho que ela está mais para uma F do que R os 88,4 cv não deixam a desejar, mas merecia um pouco mais de potência.
Falei um pouco sobre no vídeo, a moto tem uma potência bem distribuída e todo o tempo que ela entrega a dianteira está muito firme, creio que não seria necessário. Claro que é sempre um item a mais de segurança, mas preferia que fossem colocados aeroquipes se fossem uma questão de escolha
Acredito que ambas terão uma proposta parecida, e acho que o fator decisivo é a utilização nas estradas. Caso você utilize a moto mais em passeios em estradas sem dúvida alguma CBR 650 R.
Honda Motos, Sra Pinfildi, Fernando, Moretti, Mazzutti, Leandro, Adérito, Cunha, Fábio, Acácio, Cayo, Vinicius, o pessoal da MotoSprint e o pessoal de foto e vídeo do site moto.com.br
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