Ezpeleta diz que corridas só serão reagendadas com cenário de certeza
CEO da Dorna diz novas datas só serão confirmadas quando a realização das corridas for dada como certa; equipes da Moto3 e Moto2 recebem ajuda financeira
Por Gabriel Carvalho
Por Gabriel Carvalho
A esta altura, a MotoGP já deveria ter iniciado a temporada 2020 e realizado os GPs do Catar, no dia 8 de março, e da Tailândia, no dia 22 de março. Entretanto, a pandemia do novo coronavírus se espalhou pelo mundo e obrigou a Dorna, dona da categoria, a cancelar a etapa de abertura para a classe principal - Moto2 e Moto3 só correram porque já estavam em Losail - e a adiar, pelo menos até o momento, os GPs da Tailândia, Américas, Argentina e Espanha.
As corridas em Buriram, Austin e Termas de Río Hondo foram reagendadas para o final do ano, mas a prova no circuito de Jerez ainda não tem data definida. E o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta, explica porque novas datas não têm sido anunciadas.
Em entrevista ao portal espanhol 'AS.com', Ezpeleta admite que não é possível estabelecer novas datas para as corridas com a incerteza do cenário atual no mundo.
"Não podemos reagendar as corridas enquanto não soubermos com certeza que poderemos correr. Seria arriscado anunciar alguma data agora. O principal agora é que nos recuperemos e vejamos como as coisas estarão. Então, quando tivermos a certeza de que poderemos correr, ajustar o calendário da melhor maneira possível", disse Ezpeleta.
Para ser considerado um campeonato mundial, 13 etapas precisam ser realizadas no mínimo. Ezpeleta destaca, entretanto, que o mais importante no momento é não prejudicar a temporada 2021. "Realizaremos as corridas assim que pudermos, mas sem colocar muita tensão no final do ano, que já está bastante ocupado. Teremos uma temporada mais curta neste ano para podermos fazer o máximo possível ano que vem", afirmou.
A temporada 2021 já é motivo de preocupação para o dirigente mesmo que até lá o cenário mundial já permita a realização das corridas. “Temos de ver o que poderemos fazer nas próximas temporadas, porque o mundo não será o mesmo depois disso", ressaltou Ezpeleta, referindo-se à pandemia do novo coronavírus.
Sem corridas, as equipes independentes, especialmente na Moto2 e Moto3, podem sofrer e falir em casos mais extremos. Segundo Ezpeleta, a Dorna está de olho nisso e já oferece suporte financeiro para os times das categorias menores.
"Estamos tentando ajudar as equipes privadas com as folhas de pagamento. Entendemos que o maior valor de nosso campeonato são as pessoas que o compõem. Muitas pessoas trabalham nisso e temos que tentar manter os ânimos. Na Moto2 e na Moto3 já colocamos € 25.000 (R$ 143.280 em conversão direta) por piloto até o momento", revelou.
"Na MotoGP há um trabalho para pagar os salários dos funcionários. Neste caso, os valores são definidos por equipe, não por pilotos. Temos que entender o total de gastos por mês e tentar ajudar economicamente pelo menos pelos próximos três meses", completou.
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