Vulcan 900 Custom: Moto com forte apelo visual
Modelo cruiser da Kawasaki esbanja personalidade para rodar com estilo e conforto na cidade e na estrada
Por Aladim Lopes Gonçalves
Por Aladim Lopes Gonçalves
Aladim Lopes Gonçalves
A linha cruiser da Kawasaki, composta pelo modelo Vulcan 900 nas versões Classic, Classic LT e Custom, chegou ao Brasil ainda como uma opção importada, mas passou a ser nacionalizada no final de 2010 sendo montada na sua fábrica em Manaus (AM), ampliando a gama de modelos da marca japonesa oferecida no mercado nacional. As motos oferecem apelo estradeiro, visual bacana e uma boa combinação de potência e conforto para encarar até as viagens médias e longas com tranquilidade.
De olho no novo consumidor brasileiro de motos, que cresce a cada ano, a Kawasaki aposta suas fichas na série Vulcan para conquistar o motociclista que busca uma moto premium com forte apelo visual e uma relação de custo e benefício compensadora para as suas necessidades. Nesse sentido a estradeira da fabricante japonesa tem os preços sugeridos para a Região SP de R$ 30.848 (Classic), R$ 31.914 (Classic LT) e R$ 32.881 (Custom).
Para realizar esse teste com a Vulcan, optamos pela versão topo de linha, a Custom, que apesar de mais cara apresenta um conjunto visual no melhor estilo chopper, com guidão drag-bar, garfo alongado e pintura fosca. Mecanicamente todas as versões das motos são equivalentes, com algumas diferenças pontuais nos pacotes de equipamentos e acessórios.
Por causa de sua proposta viajante, a pilotagem é bastante confortável, com o piloto ficando com o corpo mais posicionado para trás, com a coluna reta e os pés levemente flexionados. Somando design e a posição do motociclista, a Vulcam Custom é agradável de ver e prazerosa de pilotar.
Com porte avantajado, pintura na cor laranja com a estrutura mesclando preto fosco e brilhante e detalhes cromados, a Vulcan Custom pode até assustar à primeira vista, mas a moto da marca japonesa é bastante dócil até mesmo no trânsito pesado e congestionado de mega cidades, como São Paulo. A grande distância entre-eixos de 1,65 m e o peso de 278 kg não causam estranheza na sua condução.
A construção da Vulcan conta com quadro de dupla trave em aço, garfo telescópico, na dianteira, suspensão monochoque na traseira (com amortecedor oculto) oferecendo diversas regulagens para evitar trancos e solavancos até mesmo na hora de rodar nos pisos mais irregulares.
Essa custom japonesa apresenta rodas de liga leve aro 21 com pneu estreito na frente e aro 15 com pneu mais largo na traseira. O painel de instrumentos instalado sobre o tanque é mais um detalhe estético interessante, trazendo as informações como as luzes de sinalização, velocímetro analógico e marcador de combustível. A visualização é fácil apesar da quantidade de informações.
As estradas mais calmas e com longas retas são um verdadeiro convite para rodar horas a fio com a Vulcan. As pedaleiras elevadas ajudam a evitar o contato com o chão e as indesejadas raspadas no asfalto nas curvas. O tanque de 20 litros acaba de vez com qualquer desculpa para o medo de encarar as rodovias com postos de combustíveis mais escassos. No ambiente rodoviário o consumo ficou na faixa de 21 km/litro a uma velocidade média de 90 km/h e a medição na cidade foi de cerca de 16 km/litro.
O motor da Vulcan Custom oferece um bom rendimento, bem de acordo com a sua proposta e sem ser muito ruidoso. Com 903 cm³ de cilindrada este V2 possui cilindros inclinados a 55° graus, refrigeração líquida, injeção eletrônica, comando simples no cabeçote, oito válvulas (quatro por cilindro), que produz a potência de 50 cavalos a 5.700 rpm e torque de 8,0 kgf.m a 3.700 rpm. O câmbio de cinco velocidades tem uma relação de marchas bem acertada e com engates justos que entram fácil.
Os freios da Vulcan são a disco nas duas rodas, sendo que na dianteira a medida é de 300 mm e na traseira é de 270 mm, ambos equipados com pinças de pistões duplos, que ajudam a controlar melhor as frenagens, ainda mais se tratando de uma motocicleta pesada e que pode receber malas laterais de carga. O modelo não dispõe do sistema ABS (antitravamento), o que poderia tornar a frenagem ainda mais segura.
Além da Kawasaki Vulcan, entre as opções de motos custom, considerando cilindrada e faixa de preço, o motociclista se depara com Yamaha Midinight Star XVS 950 A (R$ 29.990), a Honda Shadow 750 (R$ 28.880 sem ABS e R$ 31.380 com ABS) e a Suzuki Boulevard M 800 R (R$ 31.900). A decisão de que moto comprar depende muito do estilo, da relação com a marca e da utilização da moto se mais para a estrada ou mais para andar na cidade. Um dilema que todo o apreciador de motos custom gostaria de ter.
- Confira o vídeo de apresentação da Kawasaki Vulcan 900 Custom
GOSTAMOS
Guidão
Posição do bocal de combustível
Posição do piloto
NÃO GOSTAMOS
Rodas de desenho diferentes
Combinação de brilhante e fosco
Freios
O jornalista usou nos testes capacete, jaqueta, calça e luvas Joe Rocket e botas Tutto Moto, que podem ser encontrados nas lojas Nacar Motorcycles e no site www.nacar.com.br
OPINIÃO
“A moto é muito bonita e interessante. Ela vem equipada com diversos acessórios bacanas, como amortecedor embutido softail, as espadas laterais integradas e correia dentada. O design do tanque também agrada bastante. É quase um Stretch, de uma HD.”
Ricardo Medrano, bike design da Johnny Wash
SERVIÇOS
Kit de peças
Filtro de óleo: R$ 40
Filtro de ar: R$ 114,11
Pastilha dianteira: R$ 208,28
Pastilha traseira: R$ 208,28
Lâmpada do farol: R$ 60,96
Pneu dianteiro original: R$ 414,45
Pneu traseiro original: R$ 679,60
Kit relação: R$ 1.404 (correia), R$ 2.002,18 (polia) e R$ 260 (polia/pinhão)
Cotação em 20/06 na concessionária Studio Motors Kawasaki (11) 5096-7000 (www.studiokawasaki.com.br)
Seguro (*)
Cobertura R$ 1.638 (à vista)
Franquia R$ 2.795,94
(*) Perfil médio: Homem, 25 a 35 anos, casado, sem filhos, com garagem em casa e no trabalho, morador de São Paulo e com residência em região razoável (zona sul ou zona oeste, por exemplo).
Cotação feita pela Cycle Assessoria e Corretora de Seguros (11) 3159-0733 (www.cycleseguros.com.br)
Ficha técnica
Motor 4 tempos, V2 cilindros a 55° graus, refrigeração líquida
Cilindrada 903 cc
Diâmetro x curso 88,0 x 74,2 mm
Taxa de compressão 9,5:1
Sistema de válvulas SOHC, 8 válvulas
Potência máxima 50 CV a 5.700 rpm
Torque máximo 8,0 kgf.m a 3.700 rpm
Sistema de combustível Injeção eletrônica
Partida elétrica
Lubrificação Forçada (cárter úmido)
Transmissão 5 velocidades
Sistema de acionamento Correia dentada
Sistema de embreagem Multidisco, em banho de óleo
Tipo de quadro Dupla trave tubular em aço
Suspensão dianteira Garfo telescópico de 41 mm
Suspensão traseira Uni-Trak com pré-carga da mola ajustável em 7 níveis
Curso da suspensão dianteira 150 mm
Curso da suspensão traseira 100 mm
Pneu dianteiro 80/90-21M/C 48H
Pneu traseiro 180/70-15M/C 76H
Freio dianteiro Disco simples de 300 mm, pinça com pistão duplo
Freio traseiro Disco simples de 270 mm, pinça com pistão duplo
Dimensões C x L x A 2.465 mm x 1.005 mm x 1.065 mm
Distância entre-eixos 1.650 mm
Distância do solo 135 mm
Altura do assento 680 mm
Capacidade do tanque 20 litros
Peso 278 kg (em ordem de marcha)
Cores Laranja (Candy Sparkling Orange) e Preto (Metallic Flat Spark Black)
Preço Sugerido R$ 32.881 (região de São Paulo, frete não incluso)
Fotos: Paulo Souza
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