Honda XRE 300 e Yamaha Lander 250 ABS: as versáteis que conquistam

Novas gerações das trails de Honda e Yamaha povoam sonhos de motociclistas e têm pontos fortes distintos; confira a análise

Por Gabriel Carvalho

Honda XRE 300 e Yamaha Lander 250 ABS estão entre os modelos mais vendidos do segmento trail e são bastante desejados pelos motociclistas brasileiros.  

Em maio, segundo os números da Fenabrave, o modelo da Honda foi o terceiro mais vendido do segmento, com 2.213 unidades, enquanto a nova geração da trail da Yamaha foi a quinta mais vendida, com 1.519 emplacamentos. No ano, ambos já superaram a marca de cinco mil unidades emplacadas até o final de maio. 

Para 2019, tanto XRE 300 quanto Lander 250 mudaram. Se na primeira as modificações foram mais sutis – com destaque para a iluminação full LED – a segunda ganhou uma nova geração que trouxe uma moto praticamente nova quando comparada à Lander anterior. Além do design, a Lander 250 ganhou sistema ABS na roda dianteira e ‘aposentou’ a Ténéré 250, que deixou de ser produzida pela Yamaha. 

Mudadas, as duas motos foram avaliadas pelo MOTO.com.br e cada uma, à sua maneira, apresentou pontos positivos que justificam o desejo por ambas. 


Foto: Gabriel Carvalho/MOTO.com.br

Números da XRE 300 levemente superiores 

Ao olhar a ficha técnica dos dois modelos, a moto da Honda leva vantagem pela cilindrada levemente superior do monocilíndrico: 291,6 cm³ contra 249,5 cm³ da motocicleta da Yamaha. Com isso, a XRE tem 25,4/25,6 cv de potência a 7.500 giros (gasolina/etanol) e torque de 2,76/2,80 kgf.m a 6.000 giros (gasolina/etanol). 

A Lander 250 ABS, por sua vez, tem 20,7/20,9 cv de potência a 8.000 giros (gasolina/etanol) e torque de 2,1 kgf.m a 6.500 giros. Em perímetro urbano, nota-se levemente a diferença entre as duas, que apresentam bom desempenho para o uso na cidade. 

Na rodovia, entretanto, a potência e o torque superiores da XRE 300 fazem a diferença nas subidas, retomadas e dão um pouco mais de fôlego para manter a velocidade máxima permitida nas rodovias brasileiras, que é de 120 km/h.  

Consumo praticamente igual 

O motor de cilindrada menor da Lander 250 ABS se mostrou ligeiramente mais econômico do que o da XRE 300, mas as duas motos apresentaram números respeitáveis. Em trajetos majoritariamente urbanos mas com um pouco de rodovia, a moto da Yamaha registrou média de 37 km/l.  

Já o modelo da Honda foi a 35 km/l, média considerada boa também. Os tanques de 13,6 litros para a Lander e 13,8 litros para a XRE levam as duas motocicletas a superarem os 450 quilômetros de autonomia com facilidade. 

É importante lembrar, porém, que o consumo de combustível em uma moto depende de alguns fatores, como o peso que a moto carrega e o modo como ela é pilotada. 


Foto: Gabriel Carvalho/MOTO.com.br

Ciclística da Lander 250 ABS é destaque; XRE 300 tem ABS nas duas rodas 

A Lander 250 ABS ficou mais com jeito de Ténéré 250, mas sem a bolha na dianteira e com um farol diferente. A ciclística, um ponto forte da Yamaha, é destaque na nova geração da trail. A moto se mostra na mão do piloto e é ágil nas mudanças de direção. 

Não que isso seja um problema na XRE 300, pelo contrário. O modelo da Honda também possui boa ciclística e é equilibrada. A diferença é sutil, nem todo piloto vai perceber.  

As suspensões das duas motocicletas estão bem calibradas para o propósito de ambas, que é proporcionar conforto para o piloto e curso para pequenas aventuras off-road. 

Falando em aventuras no fora de estrada, o sistema de freios das duas motos têm pequenas diferenças. A Honda XRE 300 tem ABS nas duas rodas, o que torna o sistema como um todo mais seguro, mas como não pode ser desligado tira um pouco da liberdade do piloto no off-road. 

Já a Yamaha Lander 250 ABS possui o sistema que impede o travamento nas frenagens apenas na roda dianteira. Para quem vai sair do asfalto e buscar a terra, ter a liberdade de usar o freio traseiro sem a interferência do ABS é positivo. Porém em uma frenagem de emergência na rua, ainda que a maior parte da força esteja na dianteira, a falta de ABS na traseira pode fazer diferença. 


Foto: Gabriel Carvalho/MOTO.com.br

Um detalhe no qual a Honda encontrou uma solução mais adequada foi o posicionamento do cabo do freio traseiro. Na XRE 300, o cabo passa por cima da balança traseira, enquanto na Lander 250 ABS o cabo passa pela parte de baixo. No off-road, com a possiblidade de impacto na região, o piloto pode ter dores de cabeça. 

Preços e conclusão 

Quando o assunto é preço, a Lander 250 ABS sai mais em conta. O preço sugerido do modelo da Yamaha, sem frete, é de R$ 16.990. A Honda XRE 300 parte de R$ 18.471, também sem frete. A Honda oferece três anos de garantia para a XRE 300, enquanto a Yamaha oferece quatro anos de garantia para a Lander 250 ABS. 


Foto: Gabriel Carvalho/MOTO.com.br

As duas motocicletas mudaram – com a Lander se tornando praticamente uma outra moto em relação ao modelo anteiror – e apresentam qualidades que as tornam bastante atraentes aos olhos do consumidor. 

Cabe a ele, então, decidir qual é a escolha mais apropriada para as próprias necessidades, mas seja qual for a escolhida o motociclista terá uma boa moto nas mãos. 


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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