Completa para enfrentar o trânsito

Street de luxo da Kasinski, Seta 150cc encanta pelo design e baixo consumo de combustível.

Por Leandro Alvares

Leandro Alvares

Os ingredientes fundamentais para encarar a rotina diária do trânsito urbano, além de alguns acessórios extras para facilitar a pilotagem e também cativar o consumidor. Pode-se dizer que esta foi a receita adotada pela Kasinski na construção da Seta 150, o modelo mais completo e potente da família “street” da fabricante.

Avaliada ao longo de uma semana pela cidade de São Paulo, a motocicleta de visual elegante — reforçado pela presença das rodas de liga-leve — demonstrou muita eficiência na maioria dos itens analisados.

Em termos de força, respondeu bem às expectativas com o motor de 150cc, quatro tempos, monocilíndrico, OHV (Over Head Valves), capaz de atingir potência máxima de 13,6 cv a 9500 rpm e torque máximo de 1,00 kgf.m a 7500 rpm.

Apesar de um pouco barulhento, o propulsor apresenta bom desempenho, tanto em subidas como nas retomadas de velocidade. A faixa média de torque fica em torno das 6.700 e 9.000 rotações por minuto.

A ciclística da Seta não deixou a desejar. Muito boa para os corredores, ágil e ligeira, bem firme e com um guidão de tamanho ideal para superar os espelhos retrovisores dos carros.

O freio dianteiro, a disco com acionamento hidráulico, responde bem quando solicitado. O mesmo vale para o traseiro, a tambor com sapata de expansão. Ambos transmitem a devida segurança, indispensável para qualquer equipamento.

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As suspensões, em especial a dianteira telescópica, mostraram-se duras em excesso, atrapalhando a pilotagem em trechos com ondulações e buracos. Além de um barulho seco ao passar por deformidades do solo, gera um rebote muito estúpido e em algumas ocasiões o piloto chega a sair do banco. Uma solução para isso seria o ajuste das molas com menos tensão.

Um tanto dura, possivelmente por falta de lubrificação, a embreagem do modelo analisado fazia um som estranho ao ser utilizada nas saídas rápidas.

O quesito conforto gerou polêmica entre os dois pilotos de testes que avaliaram a Seta. Leandro Reis considerou o banco um pouco duro — quem andou na garupa também reclamou — e as vibrações da moto incomodaram. “Tem que saber trocar a marcha no tempo certo para evitar a vibração”, disse ele. Leonardo Casalinho, por sua vez, aprovou a maciez do banco revestido com antiderrapante e definiu a posição de pilotagem como bastante confortável.

Sobre o painel, apenas elogios ao fato de ser completíssimo e de fácil leitura. Nele, há marcador de gasolina, hodômetro parcial, indicador de marchas, conta-giros e até um sinalizador de celular, que avisa por meio de uma luz piscante quando algum aparelho telefônico está tocando.

Os manetes possuem um molde para os dedos, detalhe que incomoda no início, mas torna-se imperceptível com a familiarização.

Ponto positivo para o baixo consumo de combustível com um tanque de 13,5 litros. Foram percorridos mais de 400 km com a Seta, que foi devolvida para a montadora sem ser reabastecida — na reserva.

Destaque também para o protetor de escapamento e catalisador e válvula de ar secundário, que diminuem a emissão de poluentes ao meio ambiente.

Bonitas, as rodas de liga leve lembram as da CG 150 Sport da Honda, na opinião das pessoas que a elogiaram pelas ruas. Além disso, foi comparada com a CG 125 FAN pelo tanque, rabeta e lanterna traseira.

À noite, faz falta um farol mais potente. O instalado não ilumina bem, sendo necessário o apelo ao farol alto. Outra melhoria poderia ser feita no pedal de partida, muito pesado, e a instalação de uma trava para capacetes, encontrada em algumas de suas concorrentes.

Apesar de 0 km, a unidade utilizada neste teste estava com o carburador desregulado. Em determinadas situações, a moto simplesmente parava de funcionar após longo período no trânsito e demorava cerca de cinco minutos para ligar novamente.

Disponível nas cores preta e prata, a Kasinski Seta 150 é vendida nas concessionárias autorizadas ao preço sugerido de R$ 5.490,00.

Ficha Técnica

Motor:
4 tempos, monocilíndrico, OHV (Over Head Valves), arrefecido a ar
Potência Máxima: 13,6cv a 9500 rpm
Torque Máximo: 1,0 kgf.m a 7500 rpm
Cilindrada: 149 cm³
Carburador: PZ26
Partida: Elétrica e pedal
Embreagem: Multi-discos banhados em óleo
Transmissão final: corrente
Suspensão Dianteira: Telescópica
Suspensão Traseira: Balança, bi-choque, ajustável
Freio Dianteiro: Disco ventilado, acionamento hidráulico
Freio Traseiro: Tambor com sapata de expansão
Pneu Dianteiro: 2.75-18
Pneu Traseiro: 3.00-18
Rodas: Liga leve, aro 18
Comprimento Total: 2030 mm
Largura Total: 740 mm
Altura Total: 1060 mm
Distância do solo: 149 mm
Peso seco: 115 kg
Tanque de Combustível: 13,5 litros
Cores: Preto e prata
Preço sugerido: R$ 5.490,00

Pilotos de teste: Leandro Reis e Leonardo Casalinho.

Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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