MotoGP congela desenvolvimento de motores e aerodinâmica em 2020

Fabricantes devem iniciar 2021 com as mesmas motos; medidas de congelamento também foram anunciadas na Moto2 e na Moto3

Por Gabriel Carvalho


Foto: MotoGP/Divulgação

Nesta quinta-feira (16), a Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e a Dorna, dona dos diretos comerciais da MotoGP, anunciaram uma série de medidas para conter os custos nas três categorias do Mundial de Motovelocidade em meio à pandemia do novo coronavírus.

Para a classe principal, a MotoGP, o congelamento envolve os motores e aerodinâmica. Nem mesmo as fabricantes com concessões para trabalhar sem restrições nos motores - casos de Aprilia e KTM, que ainda recebem benefícios para se equipararem às demais - vão poder trabalhar nos propulsores.

As partes aerodinâmicas e os motores homologados em março não poderão, portanto, sofrer alterações até o início da temporada 2021, quando os mesmos protótipos serão utilizados.

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A diferença é que em 2021 o desenvolvimento volta a valer com as regras atuais - as fabricantes com concessões vão poder trabalhar nos motores e cada piloto pode receber uma atualização aerodinâmica por temporada. Vale dizer que, de acordo com o regulamento, as fabricantes podem homologar motores diferentes para as equipes independentes.

Isso signfica que, antes do início da temporada 2021, as fabricantes podem optar pelo motor escolhido em 2020 para a equipe oficial ou utilizar a especificação destinada inicialmente para os times independentes.

As medidas anunciadas visam reduzir os custos em meio à pandemia do novo coronavírus. Devido à pandemia, a temporada 2020 da classe principal sequer começou e a próxima prova agendada, o GP da Alemanha, está sob risco: o governo alemão vetou a realização de eventos que reúnam grande número de pessoas até o dia 31 de agosto.

Como a prova em Sachsenring está agendada para 21 de junho, é pouco provável que a prova seja realizada nessa data, mesmo sem público - só para realizar as corridas já seria necessário reunir um contingente significativo, o que iria contra a orientação do governo local.


Foto: MotoGP/Divulgação

Moto2 e Moto3

As classes intermediária e menor do Mundial de Motovelocidade também adotam medidas de congelamento. Na Moto2, os motores já são os mesmos para todos, fornecidos pela Triumph. Há, entretanto, fornecedores diferentes de chassi e o congelamento atinge esse componente: carenagens e chassis homologados em 2019 ou no começo de 2020 devem ser mantidos até o final de 2021.

Na Moto3, que conta com Honda, KTM e Husqvarna, as motos homologadas antes do GP do Catar - Moto3 e Moto2 disputaram a prova de abertura da temporada - deverão ser mantidas sem modificações até o fim de 2021, como na Moto2. 


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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