Vídeo teste Suzuki GSX 650F: Uma esportiva para o dia a dia

Paulo Souza

A Suzuki trouxe para o mercado brasileiro em 2009 a GSX 650F, uma moto reestilizada que preencheu o lugar da antiga GSX 750F. Apesar de 100 cilindradas a menos o modelo ganhou nova cara com design moderno e sem perder a potência de seu motor.

Quando a GSX 650F surgiu nas concessionárias ela não possuía concorrência e dominou por algum tempo as vendas de motos desta categoria, que possui um estilo de esportiva, é ágil e confortável. Hoje o cenário mudou, existem duas fortes concorrentes no mercado e a Suzuki continua apostando em seu modelo, que em três anos não sofreu alterações relevantes.

- Confira o vídeo teste da Suzuki GSX 650F, produzido em parceria com a Post Varejos

A GSX 650F utiliza o clássico motor da Suzuki de 650cc capaz de gerar 85 cv de potência e torque de 6,27 kgf.m a 8.900 rpm, que também é compartilhado em outros modelos da marca.

Na cidade

Andando com a GSX 650F no dia a dia de um grande centro urbano, podemos dizer que é possível se locomover com comodidade, claro que não será ágil como uma naked, mas graças ao seu excelente motor, o trajeto se torna agradável, uma vez que não precisamos realizar trocas constantes de marcha. Foi possível andar no corredor a 50 km/h em sexta marcha sem a necessidade de trocar de marcha.

A afirmação da Suzuki em dizer que esta moto é uma esportiva para o dia a dia pode ser considerada verdadeira. Esta moto é muito fácil de ser pilotada, e o seu motor entrega toda a sua potência de forma gradativa, sem dar sustos, o que facilita a tocada dentro da cidade. Para quem não está acostumado apenas os retrovisores poderão ser um incômodo dentro do trânsito, porém são muito mais precisos ficando a frente do guidão, que por sinal possui um ângulo bom de esterço.

Desing

Um dos pontos mais discutidos nas motocicletas da Suzuki é justamente o design. Algumas pessoas acham ultrapassadas e outras defendem a tradição. Eu não vou ficar em cima do muro e minha opinião quanto aos traços da GSX 650F é que caberia sim uma renovação no seu estilo.

Entendo que houve uma grande evolução neste modelo em comparação a GSX 750F, porém, atualmente existem fortes concorrentes para esta moto com design mais moderno e conjunto mais leve. O seu escapamento assim como em outros modelos da marca já está ultrapassado e pesado em comparação com as motos de atualmente.

Conforto

Um dos pontos fortes desta moto é sem dúvida o seu conforto. Sua posição de pilotagem é bastante agradável e com o conjunto de carenagens e bolha frontal transmitem muito conforto ao piloto para enfrentar tanto trajetos do dia a dia como também em viagens longas.

Na estrada, rodei cerda de 50 quilômetros na Rodovia Castelo Branco sentido a cidade de São Roque. Rodando a uma velocidade cruzeiro de 120 km/h cheguei como se estivesse acabado de subir a moto, me deu a impressão de que conseguiria rodar por algumas horas com o mesmo conforto. No retorno vim com uma pilotagem mais agressiva e também não senti nenhum tipo de desconforto. Realmente me surpreendeu.

O painel de instrumentos é completo e possui uma luz indicadora de rpm (shift-light) que acende ao atingir uma rpm pré-estabelecida. Conta com tacômetro analógico, e tela de LCD digital, que possui velocímetro, hodômetro, medidor de combustível, relógio, hodômetros parciais, aviso de reserva e indicadores de marcha.

Freios, suspensões e considerações

O sistema de freios da GSX 650F é composto por disco duplo flutuante de 310 milímetros na dianteira e um simples de 240 na traseira e realizam uma frenagem eficiente, porém deveriam conter ao menos um sistema de aeroquip, (revestido em malha de aço) já que o modelo não possui a opção de ABS.

O conjunto de suspensões apesar de não ser invertida me surpreendeu, principalmente quando rodei na cidade. São muito macias e absorvem bem as imperfeições do asfalto oferecendo muito conforto de acordo com sua proposta.

Apesar de possuir um estilo meio ultrapassado em relação a concorrência, a GSX 650F é uma ótima moto, que possui como atrativo o conforto e a confiabilidade da Suzuki. O seu preço sugerido é de R$ 29.900.

O jornalista usou nos testes jaqueta, calça, botas e luvas Alpinestar e capacete LS2.

Ficha Técnica
Motor: DOHC, quatro tempos, quatro cilindros em linha e refrigeração líquida
Cilindrada: 656 cm³
Diâmetro x curso: 65,5 x 48,7 mm
Taxa de compressão: 11,5:1
Potência máxima: 85 cv a 10.500 rpm
Torque máximo: 6,27 kgf•m a 8.900 rpm
Sistema de Combustível: Injeção eletrônica
Partida: Elétrica
Câmbio: Seis velocidades
Transmissão: Corrente
Quadro: Tubular, berço duplo em aço
Suspensão:
Dianteira: Garfo telescópico, ajustável e com pré-carga da mola
Traseira: Monoamortecida, com regulagem na pré-carga da mola
Dianteiro: 120/70-ZR17
Traseiro: 160/60-ZR17
Freios:
Dianteiro: Disco duplo de 310 mm, com pinças de quatro pistões opostos
Traseiro: Disco de 240 mm, com pinça de um pistão
Dimensões: CxLxA 2.130 mm x 760 mm x 1.235 mm
Entre-eixos: 1.470 mm
Distância do solo: 125 mm
Altura do assento: 770 mm
Capacidade do tanque: 19 litros
Peso ordem de marcha: 241 kg
Preço: R$ 29.900

Fotos: Post Varejos