Teste: Honda atualiza PCX para manter liderança

Modelo da marca japonesa é o scooter preferido no país e aparece com motor novo e visual renovado na linha 2016

Por Aladim Lopes Gonçalves

Até meados de novembro, já haviam sido vendidas 19.819 unidades do scooter Honda PCX 150, segundo dados de emplacamento divulgados pela Fenabrave, federação que reúne os distribuidores de veículos. A quantidade já é superior às 19.560 unidades do modelo licenciados em 2014 e que garantiram ao modelo de 150cc da fábrica japonesa a liderança “folgada” no segmento de scooters no Brasil – como comparação, o segundo mais vendido na categoria no ano passado foi o Honda Lead 110, com 10.137 unidades. 

Para se manter na liderança a Honda fez um completo face-lift no PCX 2016, além de aprimorar alguns pontos importantes do scooter urbano, como a suspensão traseira, que foi reforçada, e o aumento da capacidade do tanque de combustível para 8 litros (antes eram 5,9 l). Outra mudança foi a adoção de um novo motor com a mesma arquitetura (um cilindro com refrigeração líquida), porém, despontando com uma menor capacidade cúbica: passou de 152,9 cm³ para 149,3 cm³.

A redução teve motivos mercadológicos: com menos de 150 cm³, em determinados mercados o PCX com motor “menor” pode ser conduzido por pilotos com menos experiência. A mudança trouxe uma pequena redução nos números de desempenho: a potência máxima agora é de 13,1 cv a 8.500 rpm e o torque máximo de 1,36 kgf.m a 5.000 rpm – contra os 13,6 cv e 1,41 kgf.m da versão anterior.

Mais bonito e eficiente
À primeira vista, o novo visual não chama tanta a atenção. Até que se encontre um PCX anterior: o novo ganhou linhas angulosas mais modernas, uma nova bolha e sistema de iluminação com LEDs. Além de mais bonito, o novo farol é mais eficiente. A luz bem branca ilumina melhor e garante mais segurança, assim como a nova lanterna traseira que, além dos LEDs, tem uma área maior. Os piscas, antes integrados à lanterna, agora estão mais separados e também visíveis. Outro diferencial, ligado à segurança, é a inclusão do pisca-alerta para indicar uma parada emergencial.

Na traseira, uma nova alça para a garupa que, agora, traz um suporte para baú integrado. Outra bem vinda melhoria, pois no PCX antigo era preciso furar o suporte para instalar um baú, que aumentasse a capacidade de carga do PCX. Embora generoso, o espaço sob o banco nesse scooter de 150cc é menor do que no Lead 110. É necessária certa habilidade para acomodar, por exemplo, um capacete fechado e uma jaqueta com proteções. A praticidade fica por conta da abertura do assento por meio de um botão no escudo frontal.

Pilotagem
A experiência de guiar o novo PCX muda ao montar no scooter. O assento tem novo formato e textura. Não há mais o pequeno encosto lombar para o piloto, mas mesmo assim o banco está mais confortável. E o assento está a 76 cm do solo, o que facilita manobras e transmite confiança aos pilotos menos experientes.

Redesenhado, o painel de instrumentos parece com o do Honda Civic: há um mostrador central com velocímetro analógico e uma pequena tela digital com hodômetro total, medidor de combustível, relógio e um computador de bordo, que informa o consumo médio.

O motor de um cilindro, OHC, com duas válvulas e refrigeração líquida aparenta ter um pouco mais de fôlego para arrancadas: de 0 a 60 km/h o PCX sai na frente até de motos de 250cc. E, apesar da menor capacidade cúbica, a velocidade final parece ser limitada, pois há um “corte” no motor quando o velocímetro atinge 110 km/h.

O consumo de combustível diminuiu: chegamos a rodar 37 km/l, na cidade, e 35 km/l, na estrada – no anterior os números eram de 35 e 30 km/l, respectivamente. Com o tanque maior, agora de 8 litros, a autonomia aumentou – podendo chegar a até 280 km – e, assim, não é preciso abastecer com tanta freqüência. Para ajudar na economia, o PCX 2016 manteve o sistema “Idling Stop”, que desliga automaticamente o motor em paradas por mais de três segundos e religa assim que se gira o acelerador.

Outra melhoria foram os novos amortecedores traseiros. Redimensionados, e com curso de 85 mm não bateram no fim de curso quando rodamos com garupa. Na dianteira, o garfo telescópio também foi reforçado e tem 100 mm de curso.

Os freios - a disco, na dianteira, e a tambor, na traseira – contam com o sistema de freios CBS (Combined Brake System), tecnologia que distribui parte da força aplicada ao freio traseiro para o dianteiro.

Evolução
A Honda fez alterações que deixaram o novo PCX mais bonito e eficiente, sem alterar suas características práticas, como câmbio CVT, abertura do tanque e do assento por meio de um botão e ainda instalou um porta-objetos no escudo frontal com uma entrada USB de 12V, que permite carregar celulares e outros aparelhos eletrônicos.

Produzida em Manaus (AM), a PCX chegou recentemente à rede Honda, porém com aumento em torno de 10% em relação ao modelo anterior. A versão avaliada, DLX, vem na cor branca fosca com rodas douradas e tem preço de tabela de R$ 10.699 – a versão DLX (deluxe) do modelo anterior saía por R$ 9.687. Ainda há disponível o modelo standard, nas cores preta e cinza metálica, que tem preço sugerido de R$ 10.299 (antes custava R$ 9.267) e as diferenças se resumem à pintura e à cor das rodas. Os preços têm como base o Estado de São Paulo e não incluem as despesas de frete e seguro. Outra “evolução” foi no período de garantia, que agora passou a ser de três anos, sem limite de quilometragem e com fornecimento gratuito de óleo em sete revisões.

FICHA TÉCNICA
Honda PCX 150 DLX 2016
Motor: OHC, monocilíndrico, 149,3 cm³, quatro tempos, duas válvulas, arrefecimento líquido.
Potência: 13,1 cv a 8.500 rpm
Torque: 1,36 kgf.m a 5.000 rpm
Diâmetro e curso: 57,3 mm x 57,9 mm
Alimentação: Injeção eletrônica
Transmissão: CVT
Suspensão dianteira: garfo telescópico com 100 mm de curso
Suspensão traseira: sistema bichoque com 85 mm de curso.
Freio dianteiro: disco simples de 220 mm de diâmetro com pinça de dois pistões e CBS
Freio traseiro: tambor com 130 mm de diâmetro
Pneus: Dianteiro 90/90-14 e traseiro 100/90-14.
Quadro: Berço em tubos de aço
Dimensões: 1.931 mm de comprimento, 737 mm de largura, 1.103 mm de altura;
Distância entre-eixos: 1.315 mm
Distância mínima do solo: 138 mm
Altura do assento: 761 mm
Peso a seco: 125 kg
Tanque: 8,0 litros
Cores: Branca fosca com rodas vermelha
Preço público sugerido: R$ 10.699 versão DLX


Fonte:
Agência Infomoto

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