Teste: Ducati Diavel, mamma mia!

Primeiro modelo montado pela marca no Brasil impressiona pelo visual agressivo e por seu potente motor de 162cv

Por Leandro Lodo

Leandro Lodo

O segmento de motocicletas Premium no Brasil está em alta, principalmente comparado a outros mercados como o Europeu, que apresentou uma queda significativa no último ano. Com esse cenário atraente, marcas como a Ducati se estabelecem no país e quem sai ganhando com isso é o motociclista, que tem um leque maior de opções na hora de comprar uma nova moto.

Comercializada em três versões (Standard, Carbon e a recém lançada Cromo), a Ducati Diavel é a primeira motocicleta da marca montada no país, na fábrica da Dafra em Manaus (AM). O modelo que reuniu um visual agressivo com um potente motor e muita tecnologia chega com preço sugerido a partir de R$ 58.900 e promete agradar o consumidor brasileiro. Confira nossa avaliação e saiba tudo sobre a Ducati Diavel!

- Confira o vídeo teste do MOTO.com.br com a Ducati Diavel produzido em parceria com a produtora Cine Photo

Visual e Motor

Com visual extremamente moderno, a muscle bike da fábrica de Bolonha não se enquadra em nenhuma classificação. Suas grandes medidas e distância entre eixos referem-se a um modelo custom, já seu motor de 162 cv ao de uma superesportiva. Capaz de atingir uma velocidade de 0 a 100 km/h em 2,6 segundos, a Ducati Diavel é mais rápida até mesmo que sua irmã das pistas, a Panigale.

Impossível passar despercebido com a Diavel, seu motor dois cilindros em "L"de exatos 1.198,4 cm3 emite o som peculiar dos modelos da Ducati, que impressiona pelo seu desempenho. Com um torque de 13 kgfm, fica difícil não se surpreender com cada arrancada capaz de te arremessar da moto, não fosse o monoposto para te segurar.

No Brasil, a Ducati Diavel é oferecida em três versões. A Versão mais cara, a Carbon (R$ 69.900), traz rodas Marchesini forjadas e pesa 5 kg a menos que o modelo avaliado, o Standard (R$ 58.900 e 234 kg em ordem de marcha). E ainda há uma terceira versão, a recém lançada Cromo (R$ 63.000), que como o nome diz traz detalhes banhados em cromo como o tanque, a parte inferior do farol duas pequenas faixas no para-lama dianteiro e a descrição "cromo" marcada a laser em cada uma das entradas de ar.

Tecnologia

Outro ponto que impressiona é toda tecnologia embarcada no modelo, que possui sistema de freios ABS, três modos de pilotagem (Urban, Touring e Sport) e oito níveis de controle de tração, todas essas opções proporcionam mais de uma centena de combinações que se adequam de acordo com o tipo de pilotagem e ambiente.   

Ideal para cidade, o modo de pilotagem mais adequado é o Urban, como o próprio nome diz. Nesse modo, a potência do motor é limitada em "apenas" 100 cv e as respostas são mais suaves. Nesse modo, o ajuste pré-definido mantém o controle de tração totalmente ativado e o ABS ligado, mas nesse ou em qualquer um dos modos de pilotagem essas opções podem ser alteradas.

No modo Touring, o motor despeja toda sua potência dos 162 cv disponíveis, mas as respostas ainda não são tão abruptas como no modo Sport. E apesar do modelo ter uma "cara"de uma Custom do futuro, no modo Sport com todos os controles desligados você tem uma verdadeira máquina de enrugar asfalto, basta "queimar" um pouco a embreagem e esse monstro vem no peito. 

Ciclística e Desfecho

Devido suas grandes medidas  (2.235 mm x 860 mm x 1.192 mm) e seu largo pneu traseiro de 240 mm que impressiona pelo tamanho, a moto é um pouco "dura" nas entradas e saídas de curvas, como se quisesse sair pela tangente. Apesar disso, não demora muito para se adaptar, sendo até mesmo possível fazer  curvas raspando a pedaleira.

Seu chassi em treliça mantém uma rígida e confiável estrutura e em conjunto com a suspensão dianteira com garfo telescópico invertido e traseira com balança monobraço em alumínio ajustável, ambas com 120 mm de curso, mantém a moto totalmente estável mesmo em alta velocidade. Os freios da marca Brembo com ABS também surpreendem pela eficácia nas frenagens.

Difícil não se impressionar com esse canhão italiano agora "abrasileirado". Até mesmo quem não gosta do estilo, fica rindo a toa com tamanha potência, sem falar em seu visual inovador. Porém, em meio a tantos pontos positivos, dois deixam a desejar: a falta de conforto do garupa e claro, o preço. Salvo suas exceções, "mamma mia"que moto!

O jornalista utilizou nos testes calça e botas HLX, jaqueta e luvas Race Tech e capacete LS2 Carbon.

Ficha Técnica

Motor: Dois cilindros em "L", 1.198,4 cm³, 4 válvulas/cilindro, refrigeração líquida.

Potência: 162 cv a 9.500 rpm.

Torque: 13 kgfm a 8.000 rpm.

Câmbio: Seis marchas.

Alimentação: Injeção eletrônica.

Dimensões: 2.235 mm x 860 mm x 1.192 mm (CxLxA).

Suspensão dianteira: garfo telescópico invertido Marzocchi DLC com 50 mm de diâmetro e 120 mm de curso

Suspensão traseira: monobraço traseiro em alumínio com amortecedor ajustável e 120 mm de curso.

Freio dianteiro: dois discos de 320 mm de diâmetro com pinça monobloco Brembo de quatro pistões com ABS

Freio traseiro: disco de 265 mm de diâmetro com pinça de dois pistões e ABS

Pneus: Dianteiro 120/70-17 e traseiro 240/45-17.

Peso: 234 kg em ordem de marcha.

Tanque: 17 litros.

Preço: R$ 69.900 (Carbon), R$ 63.000 (Cromo) e R$ 58.900 (Standard)

Fotos/Imagens: Cine Photo


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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