Suzuki B-King: Design conceito e potência de sobra
Dona de um design extravagante, é pilotando essa Big Naked que podemos perceber as suas reais qualidades
Por Leandro Lodo
Por Leandro Lodo
Leandro Lodo
Seis anos após ser apresentada ao público no Salão das Duas Rodas de Tóquio em 2001 como moto-conceito, a Suzuki B-King se tornou realidade. Dona de um design extravagante, essa Big Naked, que parece ter saído de um filme de ficção científica, no primeiro momento agrada pelo visual, mas é pilotando que podemos perceber as suas reais qualidades.
Muitos acreditam que grandes dimensões e peso elevado vão na contramão de qualidades como alto desempenho e boa ciclística, para algumas motocicletas isto pode ser verdadeiro, mas apesar do avantajado tamanho, a Suzuki conseguiu reunir todas estas características em uma mesma motocicleta, a B-King.
Força de sobra
O propulsor da B-King foi herdado da sua irmã mais velha, a GSX 1300R Hayabusa. Embora tenha sido amansado, seu motor de 1340 cm3 quatro tempos, de 4 cilindros em linha, DOHC, com refrigeração líquida é capaz de gerar 184 hp (ou 186,55 cv) a 9.500 rpm, com um torque de 14,89 kgf.m a 7.200 rpm, força de sobra para te fazer escorregar no banco em uma arrancada.
Mesmo com o peso elevado, 225 Kg em ordem de marcha, cada cavalo dessa potente máquina é responsável por carregar 1,22 kg, uma potência incrível que é sentida com extremo vigor mesmo nas duas últimas trocas de marcha.
Um toque de tecnologia
Apesar do projeto da B-King ser muito anterior ao das suas concorrentes, a Kawasaki Z 1000 e a Honda CB 1000, alguns itens dessa Big Naked merecem destaque por apresentar um toque de tecnologia que suas concorrentes deixaram a desejar, com destaque para o modo de pilotagem, que permite a escolha de um, entre dois modos (A e B) de acordo com a preferência ou necessidade do piloto.
No modo “A”, você tem toda a potência dos mais de 180 cavalos entregues uma forma espetacular, com uma rápida resposta do acelerador. Já o modo “B” fornece uma menor potência, porém de uma forma suave, perfeito para dias chuvosos ou que o asfalto ainda não tenha secado, vale também para pistas com curvas muito sinuosas onde a resposta do acelerador nas saídas de curvas deve ser bem dosada.
Extremamente completo, o painel dessa Big Naked conta com conta-giros analógico e visor de LCD com velocímetro, indicador de marcha, relógio, hodômetro total e parciais, intervalos de manutenção, tempo de pilotagem, velocidade média, nível de combustível, temperatura do motor e o modo de pilotagem escolhido. Além disso, possui as funções básicas como indicadores de seta, injeção eletrônica, temperatura do líquido de arrefecimento, pressão de óleo, neutro e uso do farol alto.
Entre avenidas e estradas
Pilotamos a Suzuki B-King entre avenidas e estradas e apesar do grande porte, essa Big Naked se saiu bem nas duas condições. Logo que recebemos a B-King para o teste, pensei que caminho faria para voltar para casa já que se aproximava do horário de trânsito intenso! Porém, o bom ângulo de esterço facilita as manobras entre os carros dentro do perímetro e não tive dificuldades para enfrentar as marginais lotadas.
Já nas estradas, temos na mão um verdadeiro “canhão”, impossível não se satisfazer com um motor tão potente. Porém, ao pegarmos curvas muito sinuosas notamos que o peso dessa gigante dificulta um pouco a pilotagem. Além disso, sem sistema de freios ABS, o cuidado deve ser redobrado durante as frenagens.
A realidade de um conceito
Com o projeto da B-King os engenheiros da Suzuki conseguiram tirar do papel uma moto-conceito e torná-la realidade. Gostando ou não, seu design futurista chama a atenção de todos que estão ao redor, principalmente pelas enormes saídas do escapamento.
Apesar da ausência do sistema de freios ABS e do seu projeto ser mais antigos do que os da suas concorrentes, itens como modo de pilotagem e indicador de marcha, presentes no modelo, são diferenciais na concorrência entre as Big Nakeds.
Jornalista veste: Macacão Alpinestars Motegi 2 peças, Botas Alpinestars S-MX 5, Luvas Alpinestars SP-8 e Protetor Alpinestars Bionic Back Protector.
Ficha Técnica
Motor DOHC, 4 tempos, 4 cilindros em linha com 16 válvulas, DOHC, refrigeração líquida
Capacidade cúbica 1340 cm³
Potência máxima 184 cv a 9500 rpm
Torque máximo 14,89 kgf.m a 7.200 rpm
Diâmetro x Curso 81,0 x 65,0 mm
Alimentação Injeção Eletrônica de combustível
Taxa de Compressão 12,5:1
Sistema de Partida Elétrica
Capacidade do Tanque 16,5 litros
Câmbio 6 velocidades
Transmissão Final Corrente
Quadro Dupla trave em alumínio
Suspensão Dianteira Telescópica invertida de amortecimento hidráulico, com 120 mm de curso, mola helicoidal, com ajuste da pré-carga da mola, ajustes de forças de retorno e compressão
Suspensão Traseira Balança articulada, tipo link de monoamortecimento hidráulico,com 137 mm de curso, mola helicoidal, com ajuste de pré-carga da mola, ajustes de forças de retorno e compressão
Freio Dianteiro Duplo disco,flutuante,ventilado,diâmetro de 310 mm, mordido por pinça de quatro pistões opostos de montagem radical
Freio Traseiro Disco ventilado, diâmetro de 260 mm, mordido por pinça deslizante de um pistão
Dimensões
Comprimento: 2.220 mm – Largura: 800 mm – Altura: 1.085 mm
Altura do Assento 805 mm
Altura Mínima do Solo 120 mm
Entre-eixos 1.525 mm
Peso 225 kg
Pneu Dianteiro 120/70ZR17M/C (58W), sem câmara
Pneu Traseiro 190/50ZR17M/C (73W), sem câmara
Cores Preta, Branca e Cinza
Preço Sugerido R$ 49.900
Fotos: Kleber Menezes
Receba notícias de moto.com.br
Envie está denúncia somente em caso de irregularidades no comentário