Kasinski Mirage ganha injeção eletrônica

Versão 2010 da custom de 250cc custa a partir de R$ 15.990 e traz motor de 30 cv.

Por André Jordão

Aldo Tizzani

A compra da Kasinski pela CR Zongshen já apresenta seus primeiros resultados. A empresa sino-brasileira começa a vender a linha 2010 da custom Mirage 250. Como principais mudanças, a moto ganhou injeção eletrônica de combustível, suspensão dianteira de longo curso e guidão com novo formato. O modelo conta ainda com acendimento automático do farol, lampejador de farol alto e pisca-alerta. Na parte estética, a custom recebeu novas entradas de ar e piscas com lente fumê. Além disso, o tanque de combustível de 14 litros foi reposicionado. A Mirage 250 2010 custa entre R$ 15.990,00 (cor sólida) e R$ 16.490,00 (em duas tonalidades de cor).

Apesar de ser comercializada no Brasil com a marca Kasinski desde 2003, a moto é na verdade fabricada pela coreana Hyosung, um gigante asiático do setor de duas rodas. Resultado: a Mirage 250 é um produto mais bem acabado se comparado aos similares chineses. No melhor estilo classic custom traduzido pelo motor de dois cilindros em “V” e pelas peças cromadas – com destaque para o novo escapamento 2 em 1 com catalisador – , a Mirage 250 poder ser uma boa companheira para a dupla jornada. De segunda a sexta-feira serve como opção de transporte e, no final de semana, roda como veículo de lazer, pronta para encarar a estrada.

Mas atenção, muito cuidado ao trafegar pelo corredor formado por automóveis no trânsito urbano, em função do guidão mais aberto é fácil esbarrar o espelho no retrovisor dos outros carros. Mesmo assim, a Mirage 250 roda com desenvoltura e certa agilidade entre os veículos.

Motor injetado de 30 cv

Seguindo a tradição das melhores estradeiras do mundo, a Kasinski Mirage 250 está equipada com motor “V2”, com quatro válvulas por cilindro, DOHC (duplo comando no cabeçote). O propulsor da Mirage tem 249 cm³ e gera, segundo o fabricante, 30,9 cv a 10.000 rpm de potência máxima e 2,25 kgf.m a 7.500 rpm de torque máximo. Em função desta configuração, o motor tem melhor rendimento em médias e altas rotações. A entrega de potência é feita de forma linear e a melhor resposta fica sempre acima dos 5.000 rpm, o que garante bom rendimento no trânsito urbano.

Porém é na estrada que a moto “respira” com mais tranqüilidade – a 100 km/h o motor gira a 8.000 rpm. Entre percursos urbanos e rodoviários, a Mirage 250 fez média de 23 km/l. Com um tanque de gasolina, a moto pode rodar pouco mais de 300 km.

Para completar, a custom da Kasinski ganhou injeção eletrônica de combustível, que lhe confere respostas mais rápidas quando o piloto gira o acelerador. Apesar de trabalhar em altos giro, a vibração gerada pelo conjunto motriz é pouco sentida pelo motociclista, já que o motor é fixado diretamente no chassi. A pouca vibração se dá, segundo o fabricante, devido à qualidade do sistema de balanceamento e também da tecnologia do motor (V2). Na unidade testada o câmbio de cinco velocidades não estava tão preciso, já que apresentou dificuldades para engatar o “neutro”.

Ergonomia e ciclística

Com porte de moto de maior cilindrada, a custom da Kasinski é bastante confortável e ergonômica. Com assento em dois níveis com tecido antiderrapante, pedaleiras avançadas e guidão aberto, a Mirage 250 oferece uma boa postura para pilotos de até 1,75 m de altura. O motociclista roda de forma relaxada, como se estivesse sentado em um sofá. O banco da garupa também serve de encosto para as costas do piloto, ou seja, proporciona maior conforto para encarar a estrada.

Já na parte ciclística, o trem dianteiro recebeu suspensão de longo curso – 120 mm – e freio a disco simples de 275 mm de diâmetro. Na traseira, o tradicional sistema bichoque, com 80 mm de curso e regulagem na pré-carga da mola. Apesar de estarem de acordo com a proposta multi-uso da moto, quando o freio dianteiro é acionado com vigor, a dianteira tende a mergulhar demais. No restante, o conjunto de suspensão é bastante macio, uma característica das custom de alta cilindrada.  Resumindo: nas ruas e avenidas esburacadas a moto sofre um pouco, porém roda confortavelmente em rodovias bem pavimentadas. Para auxiliar no trabalho de absorção de impactos, a moto está equipada com pneus Metzeler Perfect ME 77 - 110/90-16 na dianteira e 140/90-15 na traseira.


FICHA TÉCNICA:
Motor: Dois cilindros em “V”, 4 tempos, DOHC, com arrefecimento ar/óleo
Capacidade: 249 cm³
Diâmetro X Curso: 57,0 x 48,8 mm
Potência Máxima: 30,1 cv a 10.000 rpm
Torque Máximo: 2,25 kgf.m a 7.500 rpm
Câmbio: 5 marchas
Transmissão Final: Corrente
Alimentação: Injeção eletrônica
Suspensão:
Dianteira: Garfo telescópico
Traseira: Bichoque ajustável
Freios:
Dianteiro: Disco simples de acionamento hidráulico
Traseiro: Tambor
Rodas e Pneus:
Dianteiro: 110/90 16 M/C 59S
Traseiro: 140/90 15 M/C 70S
Comprimento: 2.280 mm
Largura: 885 mm
Altura: 1.095 mm
Distância Entre-eixos: 1.520 mm
Tanque de Combustível: 14 litros
Peso: 169 KG
Preço e Cores: R$ 15.990,00 (preto) e R$ 16.490,00 (preto e prata, preto e vermelho)

Fotos: Gustavo Epifanio


Fonte:
Agência Infomoto

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