Kasinski Mirage 650: Estilo e potência

Rodamos 800km com o modelo, avaliando desempenho e ciclística, na cidade e na estrada.

Por André Jordão

Roberto Brandão Filho

Fomos ao interior paulista, na cidade de São Carlos, a bordo do  modelo Mirage 650 da Kasinski. Pilotamos nas rodovias e rodamos no centro da cidade, testando  e avaliando seu comportamento e desempenho em cada um dos ambientes .

A fabricante claramente buscou  inspiração nos modelos Harley Davidson. O design da Mirage 650i lembra muito o da V-Rod, com os tubos do quadro passando sob o tanque. Além disso, ela utiliza a transmissão por correia dentada de fibra de carbono, o que garante silêncio ao rodar.

Suas linhas são modernas e seu objetivo não é ser uma custom clássica, a exemplo de seu pneu traseiro, que  é extralargo. O modelo explora as peças cromadas e as duas caixas de entrada de ar conferem uma bela aparência.

Sendo uma custom, a motocicleta não pertence ao transito das grandes cidades, principalmente de São Paulo, cujos asfaltos parecem o solo da Lua de tantas crateras que possui. Apesar de sua suspensão dianteira telescópica invertida com ajuste de amortecimento, e sua suspensão traseira com balança bi-choque ajustável, o modelo sofre bastante com os buracos do asfalto, principalmente por conta da sua proximidade ao solo, que é de apenas 160 mm.

Embora seu guidão seja grande, largo e afastado da coluna de direção, ele proporciona ao piloto uma posição confortável e de fácil movimentação. Todavia, em alguns momentos a distância entre uma ponta e outra do guidão pode ser tornar um problema, pois a motocicleta perde sua mobilidade, principal ponto positivo das motos nas metrópoles.  A moto pode se tornar um pouco beberrona neste tipo de ambiente hostil, e seu tanque de 16 litros rodou em média cerca de 180 km

Para testá-la na estrada, um roteiro com grandes retas e um ótimo asfalto foi escolhido propositalmente, a rodovia dos Bandeirantes e a Washington Luís, cerca de 220 km de estrada. Nada muito longe, mas que já mostra que seu ponto forte são as grandes distancias. 
 
Um dos principais pontos positivos dessa motocicleta é seu motor DOHC de 2 cilindros em “V” a 90 graus, com injeção eletrônica de combustível. Ele atinge a potência de 80,74 cv a 9.250 rpm com um torque de 6,90 kgf.m a 7.250 rpm,, quase o dobro de potência dos modelos custom da mesma faixa de cilindrada. Porém, seu peso exagerado de 214 kg compromete boa parte do desempenho, bem como a falta de proteção aerodinâmica.

O motor cresce de giro com vigor e acima de 8.000 rpm, ele dispara. Apresenta poucas vibrações, que são levemente sentidas nos pés e nas mãos. Seu largo pneu traseiro e sua distância entre eixos a torna muito estável nas curvas, porém, por ser muito baixa, é fácil de raspar suas pedaleiras no asfalto. Ela possui rodas de liga leve com freios dianteiro e traseiro a disco, com acionamento hidráulico.
 
O piloto fica bem apoiado no banco e de posição ereta. Os pés ficam avançados e apoiados em pedaleiras convencionais. A posição é bem confortável, transformando-a numa moto que pode ser pilotada por horas a fio.

Já o garupa é prejudicado. A altura da pedaleira é muito próxima ao banco, deixando o joelho do passageiro mais alto que a posição de sua cintura, tornando um percurso longo, num passeio desconfortável.

Com este modelo, a Kasinski consertou um erro do passado e com seu painel digitalizado que vem com regulagem de luminosidade, diminui o efeito do sol na tela de cristal liquido.

Outro destaque desse modelo é a potencia de seu farol. A distância alcançada pela fonte de luz é extremamente importante numa motocicleta que nasceu para rodar nas rodovias, a lâmpada funciona muito bem iluminando bastante o caminho à frente. 

Na estrada, a Kasinski Mirage 650 teve um consumo menor de combustível, como já esperado. Seu tanque de 16 litros percorreu em média 220 km.

 A conclusão final: é um modelo que impressiona tanto no estilo quanto na potência e é ótimo na estrada. Pode ser uma boa opção para aqueles que preferem os modelos custom, principalmente por seu preço sugerido de R$ 26,500.00. Disponível em duas cores, preta e vinho.

Especificações técnicas:
Comprimento Total:
2.430 mm
Largura Total: 848 mm
Altura Total: 1.155 mm
Distância entre eixos: 1.665 mm
Distância livre do solo: 160 mm
Peso a seco: 214 kg
Motor: TipoDOHC, 4 tempos, 2 cilíndros em "V", 8 válvulas
Refrigeração: Arrefecimento a água
Capacidade volumétrica: 647 cm³
Diâmetro do cilindro: 81,5 mm
Curso do cilindro: 62 mm
Alimentação: Injeção eletrônica
Potência Nominal: 73,4 cv / 9.250 rpm
Potência Máxima: 80,7 cv / 9.250 rpm
Torque Máximo: 6,90 kgf.m a 7.250 rpm
Lubrificação: Bomba de óleo
Câmbio: 5 velocidades
Transmissão final: Correia dentada de fibra de carbono
Partida / Tipo de ignição: Elétrica
Embreagem: Multidiscos banhados em óleo
Acionamento da embreagem: Manual
Bateria: 12 V / 12 Ah
Rodas: Liga leve
Freio Dianteiro: Duplo disco, com acionamento hidráulico
Freio Traseiro: Disco, com acionamento hidráulico
Pneu Dianteiro: 120/70 - ZR - 18 59S
Pneu Traseiro: 180/55 - ZR - 17 73W
Suspensão Dianteira: Telescópica invertida (Upside Down Fork)
Suspensão Traseira: Balança bi-choque ajustável
Capacidade do tanque de combustível: 16 litros – gasolina
Cores - 2 opções: Preta, Vinho
Preço sugerido ao consumidor: R$ 26.500,00


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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