Honda ADV: aventureiro e inovador

O MOTO.com.br testou o novo scooter da fabricante, que tem no conjunto de suspensão e no visual os principais destaques

Por Gabriel Carvalho

Texto: Marcio C Viana 

Depois de ser exibida pela primeira vez no Brasil durante o Salão Duas Rodas de 2019, quando chamou a atenção dos visitantes e da imprensa especializada, era questão de tempo para o Honda ADV desembarcar no Brasil. 

A confirmação veio, enfim, no final de 2020. O Honda ADV tem o visual inspirado no maxiscooter X-ADV e o principal destaque é o conjunto de suspensão reforçado, que visa conquistar os que se incomodam com as suspensões de scooters mais convencionais, que com um curso inferior sofrem com o piso irregular das ruas brasileiras. 

Sou entusiasta do modelo scooter para mobilidade urbana, acredito que a transmissão automática torna tudo mais ágil na cidade em diversas situações. No mês passado, tivemos a oportunidade de ter o primeiro contato com o Honda ADV, que utiliza o mesmo motor do PCX. 

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Na novidade, entretanto, mudanças internas foram feitas para privilegiar a entrega de potência. A potência máxima do monocilíndrico de 149,3 cm³ se mantém em 13,2 cv a 8.500 giros, mas o torque máximo de 1,38 kgf.m chega a 6.500 giros no ADV, enquanto no PCX tal torque chega a 5 mil giros.  

Para o teste, saímos de São José dos Campos em direção a São Francisco Xavier, passando por estradas de serra com muitas curvas e em um determinado trecho saímos do asfalto para entramos em uma estrada de terra.  


Foto: Divulgação

Alguns pontos que chamam a atenção no ADV são o design agressivo, o painel LCD Blackout e o guidão alto e largo. Mas o destaque do scooter está mesmo no conjunto de suspensão, especialmente na traseira, que conta com amortecedores Showa com reservatório externo, mola de três estágios e curso de 130 mm, 30 mm a mais do que o PCX. 

Além disso, os pneus de uso misto, da Metzeler, contam com perfil diferenciado: 110/80 na dianteira, com roda aro 14, e 130/70 na traseira, com roda aro 13. Tal perfil, somado ao conjunto de suspensão, passam mais conforto e prazer para o piloto em qualquer tanto no asfalto como em estradas de terra.   

O assento, apesar de mais alto (795 mm) em relação ao do PCX (764 mm), conta com perfil estreito e facilita a tarefa de colocar os pés no solo ao parar o scooter, seja para estacionar ou para esperar a abertura do semáforo. 

Quando me perguntam se vale quanto pesa, eu digo que sim! R$ 17.490 (preço sugerido, sem frete) por um scooter? Se somarmos o que há de tecnologia, suspensão diferenciada, visual semelhante ao do X-ADV e um consumo médio estimado em 50 km/l, estamos falando de um modelo especial. Se fosse possível transformar um PCX e fazer mudanças nos componentes, gastaríamos mais. O ADV já chega com esse DNA aventureiro. 


Foto: Renato Durães

Ficha técnica Honda ADV 

MOTOR 

Tipo: OHC, Monocilíndrico 4 tempos, arrefecimento líquido 

Cilindrada: 149,3 cm³ 

Potência Máxima: 9,74 kW (13,2 CV) a 8.500 rpm  

Torque Máximo: 13,5 N.m (1,38 kgf.m) a 6.500 rpm  

Transmissão: Tipo V - MATIC 

Sistema de Partida: Elétrica 

Diâmetro x Curso: 57,3 x 57,9 mm 

Relação de Compressão: 10,6 : 1 

Sistema Alimentação: Injeção Eletrônica, PGM FI 

Combustível: Gasolina 

SISTEMA ELÉTRICO 

Ignição: Eletrônica 

Bateria: 12V - 5 Ah 

Farol: LED 

CAPACIDADE 

Tanque de Combustível: 8,0 litros 

Óleo do Motor: 0,9 litros (0,8 litro p/ troca) 

DIMENSÕES 

Comprimento x Largura x Altura: 1950 x 763 x 1153 mm 

Distância entre eixos: 1324 mm 

Distância mínima do solo: 165 mm 

Altura do assento: 795 mm 

Peso Seco: 127 kg 

CHASSI 

Tipo: Berço Duplo 

Suspensão Dianteira: Garfo telescópico 

Suspensão Traseira: Dois amortecedores com Twin Subtank Showa 

Freio Dianteiro/Diâmetro: A disco / 240 mm 

Freio Traseiro/Diâmetro: A disco / 220 mm 

Pneu Dianteiro: 110/80 - 14 

Pneu Traseiro: 130/70 - 13 


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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