Bruno Corano testa motos do Mundial SBK em Portimão

Confira o piloto brasileiro da equipe Gillette Desodorante SuperBike Team acelerando forte com a Ducati 1198

Por Aladim Lopes Gonçalves

Bruno Corano

Ducati 1198 - Tenho que reconhecer que ninguém pode questionar a eficiência da 1198, projeto que vem de seus modelos antecessores ultra vencedores. Anos e anos de campeonatos conquistados. Os mais recentes nas mãos de Troy Bayliss e agora nas mãos de Carlos Checa.

Andar na moto campeã 2011 sem dúvida era algo que me despertava curiosidade, mas no fundo embora eu tenha todas as garantias de que a moto estava exatamente no mesmo set-up que o Carlos tinha terminado a prova no dia anterior, o set-up é muito estranho. Além de eu já não ser muito fã, e muito menos familiarizado com a condução das motos 2 cilindros, uma seqüência de características não me agradaram.

As suspensões eram extremamente macias, o que praticamente me impedia de conseguir avaliar os pneus. O desenho do tanque extremamente estreito (típico da Ducati) não se parece em nada com todas as outras motos. Por último a brutalidade das reações na reaceleração é absurda. Precisaria de mais uns dias para me adaptar a moto, já que todas essas minhas percepções em nada altera o fato da moto ser eficiente e competitiva, pois os resultados durante esse ano mostraram isso.

Algo interessante foi descobrir que o chefe de equipe de Checa tem uma prima que mora no Brasil. O que gerou aquele clima de simpatia a mais por eu ser brasileiro.

A característica marcante e positiva da Ducati é que ela parece uma bicicleta quando o quesito é movimentação. Vira de um lado para o outro sem o menor esforço, e deita com uma facilidade impressionante. Mas parecia que queria ir para o chão.

Tudo nela é específico. Suas soluções em todos os aspectos são feitas dentro de casa. Seu sistema Magneti Marelli é diferente das motos dos competidores. Tudo visivelmente mais do que customizado. Simplesmente feito para a Ducati.

O som da moto é totalmente diferente de todos os outros modelos. Som que alguns amam e outros não simpatizam tanto. A diferença é que o som de metal da 1198 de uso de rua é multiplicado por 3 na versão SuperBike.

Diferente do modelo de rua, que não é muito elástico, sendo um tanto curto nas tentativas de esticar as marchas, a moto de Checa transmita a sensação de que a moto era infinita. Crescia sem fim, e com força durante todo o regime. Já na reaceleração em curvas de baixa velocidade minha dificuldade de manter a moto tracionado para frente ao invés de derrapar foi enorme. O que seu quadro favorece na agilidade para se entrar nas curvas, dificulta para reacelerar.

De qualquer forma andar em uma moto campeã, com tantas conquistas, tão desejada e tradicional foi algo especial.

Ganhei um livro do Chefe de Equipe do Checa que justamente mostra e defende a trajetória da fábrica nos últimos 20 anos de SuperBike, categoria a qual os engenheiros da Ducati que estavam presentes declararam ter maior paixão, pois é onde existe total proximidade com o que se leva para os clientes usarem nas ruas.


Fotos: Moto School - Y.Sports/Divulgação

 

Atenção: Não perca nessa quinta-feira no site MOTO.com.br o último teste do piloto brasileiro Bruno Corano com as máquinas do Mundial SBK na pista de Portimão com a Honda CBR 1000RR.


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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