A naked mais potente do mundo
Suzuki B-King GSX 1300 traz um motor de quatro cilindros e 1.340 cm³ semelhante ao da Hayabusa.
Por Leandro Alvares
Por Leandro Alvares
Arthur Caldeira
A Suzuki B-King é mais um dos muitos casos de motos conceito que se tornaram realidade. Quando foi apresentada no Salão de Tóquio em 2001, gerou uma grande reação do público, afinal trazia um motor turbo e um design ousado e futurista.
A fábrica de Hamamatsu, famosa por suas inovações, topou então o desafio de criar uma moto de série a partir do revolucionário protótipo. Foi preciso muito trabalho de desenvolvimento até que a B-King fosse lançada na Europa em meados de 2007.
O maior desafio, segundo os engenheiros da marca, era fazer uma moto naked estável com um motor tão potente.
A B-King desembarcou no Brasil no primeiro semestre deste ano. Agora tivemos a chance de testá-la por aqui para descobrir porque essa naked estava conquistando tantos fãs mundo afora e também em nosso País, pois ela já foi eleita a “Moto do Ano 2008”, em concurso promovido pela revista “Duas Rodas”.
Motorzão
Além do design bastante arrojado, caracterizado pelas duas saídas de escape sob o banco e pelas setas embutidas no tanque, o motor da Suzuki B-King à mostra — bem ao estilo naked — é seu grande destaque. Também não é por menos.
O enorme propulsor de quatro cilindros em linha e exagerados 1.340 cm³ que equipa a B-King é nada mais nada menos o mesmo da última geração da superesportiva Suzuki GSX 1300R Hayabusa, uma das motos mais velozes do mundo.
Com refrigeração líquida, injeção eletrônica, dupla borboleta de aceleração e outros atributos, é capaz de produzir 184 cv de potência máxima a 9.500 rpm. Número que faz da Suzuki B-King a motocicleta naked mais potente do mundo. O torque também merece menção: 14,89 kgf.m a 7.200 rpm.
Para “domá-la”, a marca dotou a naked com um sistema de seleção do modo de pilotagem (o tal do Suzuki Drive Mode Selector, S-DMS). Assim o motociclista pode escolher entre dois modos: “A”, potência total; ou “B”, com a potência limitada e entregue de forma mais suave.
Ao acelerar a B-King no modo “B”, ela já parece uma moto suficientemente rápida e potente. Mas ao selecionar o modo “A” percebe a bestialidade deste motor. Sem a proteção aerodinâmica de uma superesportiva, a aceleração é vertiginosa. Na reta de cerca de 800 m da pista da Pirelli, no interior de São Paulo, o velocímetro digital atingiu mais de 230 km/h de forma espantosa. Uma “ignorância”, que justifica o título de naked mais potente do mundo.
Ciclística
Para fazer da B-King uma moto apta para rodar em ruas e estradas, a Suzuki desenvolveu um moderno quadro de dupla trave em alumínio. Nas suspensões também não economizou: garfo telescópico invertido (upside-down) na dianteira e um monoamortecedor fixado por links na balança traseira, ambos da marca Kayaba e totalmente ajustáveis. Um conjunto ciclístico digno de uma superesportiva.
Ao se acelerar e contornar curvas com a B-King, quase nem se nota os 235 kg (a seco) da moto. Ela é bastante ágil e garante diversão a pilotos que gostem de esportividade.
Se há muita potência e torque, a Suzuki também caprichou nos freios. Para parar essa enorme naked há dois discos flutuantes de 310 mm de diâmetro na dianteira que são mordidos por pinças radiais de quatro pistões opostos da marca Nissin. Na roda traseira, uma pinça simples segura um disco de 265 mm. Na prática, basta cutucar o manete de freio para que o sistema estanque a B-King com bastante segurança e eficácia.
Design e preço
Além de todos os seus atributos exagerados, a B-King traz ainda um desenho diferenciado que chama a atenção. Apesar da classificação naked, não tem nada do estilo clássico do segmento. Seu farol é excêntrico e traz praticamente incorporado um painel com conta-giros de leitura analógica e velocímetro digital. Sob o tanque há ainda o contato para se ligar a moto, o bocal de abastecimento e o seletor de pilotagem.
Ainda no tanque, outra solução inovadora são as setas integradas. Tão inovadoras quanto as duas saídas de escape na traseira em forma de losango. Apesar de muitos considerarem as linhas futuristas da B-King uma de suas qualidades. O design é do tipo ame-o ou odeie-o.
Criada para ser um objeto de desejo daqueles que curtem o estilo naked — ou roadster — e um grande motor de quatro cilindros em linha, a B-King está disponível em duas cores: totalmente preta (como a que testamos) ou prata. O preço sugerido pela Suzuki é de R$ 69.615.
Ficha Técnica
Motor: Quatro cilindros em linha, 16 válvulas, DOHC, com refrigeração líquida
Capacidade cúbica: 1.340 cm³
Potência: 184 cv 9.500 rpm
Torque: 14,89 kgf.m a 7.200 rpm
Câmbio: 6 velocidades
Alimentação: Injeção eletrônica
Quadro: Dupla Trave em alumínio
Suspensão dianteira: Telescópica invertida, com ajuste de pré-carga da mola, retorno e compressão
Suspensão traseira: Monoamortecedor fixado à balança por link, com ajuste de pré-carga da mola, retorno e compressão
Comprimento: 2.220 mm
Largura: 800 mm
Altura: 1.085 mm
Distância entre eixos: 1.525 mm
Altura do banco: 805 mm
Tanque de combustível: 16,5 litros
Peso (a seco): 235 quilos
Freio dianteiro: Duplo disco flutuante de 310 mm com pinças de 4 pistões
Freio traseiro: Disco simples de 260 mm, com pinça de 1 pistão
Pneu dianteiro: 120/70 – 17
Pneu traseiro: 200/50 – 17
Cores: Preta e prata
Preço Sugerido: R$ 69.615,00
Fotos: Gustavo Epifânio.
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