Teste: Yamaha Ténéré 250 vira flex e fica mais prática

Modelo 2016 da aventureira da fabricante japonesa aparece com motor bicombustível e uma nova traseira

Por Aladim Lopes Gonçalves

A consagrada Yamaha XTZ 250 Ténéré na versão 2016 recebeu diversas alterações que vão do design ao motor. O monocilíndrico de 250cc agora é flex e ganhou novo mapeamento para poluir menos, e a pequena aventureira ainda recebeu melhorias significativas na sua parte traseira, que incluem bagageiro de série e lanterna de LED. 

Junto com as novidades vieram também um preço maior. Enquanto o modelo anterior (2015) era vendido por R$ 13.990, o valor da Ténéré 250 2016 subiu 7,32%: sendo cotada a R$ 15.015 na tabela. Porém, basta uma pesquisa para achar a nova Ténéré 250 com preços que variam entre R$ 14.800 e R$ 15.400 nas concessionárias da cidade de São Paulo. Ou seja, antes de fechar o negócio é indicado consultar várias revendas Yamaha. Se você está em dúvida se vale a pena ou não comprar a moto, ou trocar a sua antiga, pela nova versão, veja como as mudanças da nova Ténéré 250 significam na prática.

Ao subir na moto o painel, que está mais moderno, chama a atenção. O piloto tem apenas um botão para acessar informações armazenadas em três hodômetros (um total e dois parciais) relógio e, se a moto entrar na reserva, totalizador de km percorridos. Em relação às informações o painel anterior era mais prático, principalmente para ver as horas. O grande conta-giros analógico do modelo anterior agora deu lugar a uma barra horizontal. A escala usa números pequenos que exige um olhar atento para saber a rotação do motor. No velocímetro, os números “saltam” aos olhos.

Outra novidade no painel, o aviso “eco” informa se a moto está sendo usada de forma econômica. Na estrada, por exemplo, a troca de marchas deve ser feita em até 6.000 giros, acima disso a luz se apaga. Para ser econômico em uma viagem, pelo menos de acordo com a luz indicadora, o piloto deve manter a velocidade máxima de 90 km/h.

Por falar em apagar, quem roda a noite já deve ter visto muitas motos com lanterna apagada, grande parte por culpa de lâmpadas queimadas. Na Ténéré a possibilidade de isso acontecer é menor, pois o novo modelo utiliza LED na lanterna. Segundo os fabricantes desse tipo de lâmpada, sua durabilidade é até 25 vezes maior em relação à lâmpada convencional. O uso de LED resultou em maior eficiência e luminosidade na traseira.

Bagagem
Em uma moto aventureira como a Ténéré, o transporte de bagagem é fundamental. E nesse quesito houve uma grande evolução a começar pela nova alça para a garupa. O equipamento é mais largo e oferece melhor empunhadura e práticos ganchos para a fixação de esticadores. A moto também ganhou um bagageiro para apoio dos objetos e furação para a instalação de bauleto. Sem dúvida está mais elegante, prática e encorpada se comparada a Ténéré anterior que pecava pela discrição. Além disso, o cliente economizará, pois um bagageiro custa em média R$ 90,00 – dependendo da qualidade.

Consumo e autonomia
Se a autonomia não for uma prioridade, o novo motor da Ténéré – que usa a tecnologia Blueflex – é um grande aliado. Na hora de abastecer é possível usar etanol, gasolina ou a mistura entre os combustíveis. Mas é bom lembrar que é só vale a pena usar etanol se ele custar até 70% do preço da gasolina. Além disso, o etanol oferece menor autonomia.

Abastecida com gasolina, a nova Ténéré 250, fez a média de 27,36 km/litro, rodando na casa dos 110 km/h. Assim sua autonomia ainda é um ponto forte. Com tanque de 16 litros pode rodar mais de 400 km sem preocupações.

Conclusão
A nova Ténéré deverá seguir o caminho de sucesso da versão anterior. Ela está mais confortável, prática e bonita sendo uma opção interessante para quem busca uma moto para viajar e ser usada no dia-a-dia. Falta ao modelo a opção de freios ABS, um sistema que oferece maior segurança, principalmente no uso rodoviário que é seu habitat preferido.

Veja o vídeo:

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Vídeo: Kiko Tokuda/MOTO.com.br

FICHA TÉCNICA
Yamaha XTZ 250 Ténéré
Motor SOHC, um cilindro, duas válvulas com refrigeração mista ar/óleo
Capacidade cúbica 249,45 cm³
Potência máxima 20,7 cv a 8.000 rpm (gasolina); 20,9 cv a 8.000 rpm (etanol)
Torque máximo 2,09 kgf.m a 6.500 rpm (gasolina) ; 2,10 kgf.m a 6.500 rpm (etanol)
Câmbio Cinco marchas
Transmissão final corrente
Alimentação Injeção eletrônica
Quadro berço semi-duplo
Suspensão dianteira Garfo telescópico com 220 mm de curso
Suspensão traseira Um amortecedor com 200 mm de curso
Freio dianteiro Disco simples de 245 mm de diâmetro
Freio Traseiro Disco simples de 203 de diâmetro,
Pneus 80/90 – 21 (dianteira) e 120/80 – 18 (traseira)
Comprimento total 2.135 mm
Largura 830 mm
Altura total 1.375 mm
Distância ao solo 265 mm
Altura do assento 865 mm
Peso em ordem de marcha 154 kg
Tanque de combustível 16 litros (4,8 reserva)
Cores Cinza fosco/branco/azul/marrom metálico
Preço sugerido R$ 15.015,00


Fonte:
Agência Infomoto

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