Carmelo Ezpeleta explica detalhes para possível início da MotoGP

CEO da Dorna fala sobre o número de etapas, países, contingência e testagem (Covid-19) para possível início de temporada em julho

Por Gian Calabrese

Diretor-executivo da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta aguarda resultado da proposta junto ao Governo Espanhol, que prevê o início da temporada 2020 em Jerez de la Frontera.

Tal medida, como já citamos no último artigo sobre, sugere duas etapas de MotoGP e uma de Superbike, a serem realizadas em três finais de semana. Hoje, 11 de maio, os rumores são de que quatro países poderão fazer parte do calendário: Espanha, República Checa, Áustria e Itália.

"Tivemos uma reunião com o vice-presidente do governo regional de Andaluzia e o prefeito de Jerez, e concordamos com as condições de propor a realização de dois eventos de MotoGP e um evento de Superbike, entre os dias 19 de julho e 2 de agosto. Nós discutimos sobre os procedimentos e como poderíamos executá-los", disse Camelo Ezpeleta, na semana passada.

Contudo, a Dorna já vem considerando a realização de alguns GPs no mesmo circuito, todos na Europa. "Estamos considerando esta possibilidade. Talvez fazer - não durante o mesmo fim de semana de corrida - mas em dois ou mais fins de semana consecutivos no mesmo circuito", afirma o CEO.

Segundo o dirigente as conversas também tem sido realizdada entre fabricantes, equipes e pilotos.

"Temos contato regular com todos. Há duas semanas, tivemos uma reunião com todos os fabricantes juntos e decidimos a situação técnica para 2020 e 2021 para as três categorias. Conversamos regularmente com todos sobre nossos planos para o futuro próximo. Alguns pilotos me ligam e fico feliz em discutir a situação com eles. Devo dizer que todos estão saudáveis ​​e ansiosos para começar o mais rápido possível. Eles entendem que a situação é diferente e todos estão felizes por um possível início o mais rápido possível, mas de maneira segura. Neste primeiro estágio estamos pensando na possibilidade de viagem rodoviária, se necessário, mas acho que até julho, com muitas medidas de segurança sendo adotadas, será possível voar dentro da Europa", destacou.

Outra preocupação serão os procedimentos durante os GPs, a ideia inicial é que todos permaneçam em quarentena nos hotéis, façam translados e todos os procedimentos de testagem de coronavírus. Para isso a Dorna encomendou testes de covid-19 para as provas em Jerez, e limitará o número de integrantes das equipes, caso aconteçam.

"Encomendamos 10 mil testes com a Bridgepoint. Então, vamos criar um protocolo e com um número limitado de pessoas trabalhando no paddock, o que também nos dará mais possibilidades em relação ao transporte, acomodação e hospitalidade. A ideia é que todos serão testados antes de sair e casa, depois testados quando chegarem ao circuito e também quando voltarem para casa".

"Conversamos com as equipes e chegamos a um consenso de que o número máximo para uma equipe de fabricantes de MotoGP será 40, para equipes satélite ou independentes serão 25, 20 para Moto2 e 15 para Moto3. Ao todo serão cerca de 1600 pessoas. Nesse período também precisamos ver o que irá acontecer, e principalmente acompanhar para ver se as corridas fora da Europa serão possíveis depois de novembro. No pior caso, se não for possível viajar para fora da Europa, pelo menos manteremos um campeonato de pelo menos 10 a 12 corridas," completa Carmelo Ezpeleta.


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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