Emplacamento de motos cai mais de 4% no primeiro trimestre
Impacto da pandemia do novo coronavírus já é sentido no mercado de motos
Por Gabriel Carvalho
Por Gabriel Carvalho
O mercado de motos no Brasil já começa a sentir os impactos da pandemia do novo coronavírus. A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) divulgou nesta quinta-feira (2) os números de emplacamentos dos três primeiros meses de 2020.
Quando somado todo o mercado de veículos automotores, a queda no primeiro trimestre de 2020 foi de 7,06% em comparação com o mesmo período de 2019 - 840.800 unidades emplacadas agora contra 904.698 no ano passado.
No mercado de motos, no entanto, a queda foi um pouco menor: foram emplacadas 246.832 motocicletas de janeiro a março deste ano, retração de 4,59% na comparação com os três primeiros meses de 2019, quando o total foi de 258.719 motos emplacadas.
O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, ressaltou o impacto da pandemia do novo coronavírus nos resultados do primeiro trimestre, especialmente no mês de março. “Nosso Setor, que representa 4,5% do PIB e gera, diretamente, mais de 315 mil empregos, por meio de 7,3 mil concessionárias, está, praticamente, paralisado, em função dos decretos de quarentena. Apenas algumas concessionárias estão com as oficinas abertas, para atender caminhões, ambulâncias e outros veículos essenciais para serviços de primeira necessidade, como os ligados à saúde e alimentação”, disse.
Ainda segundo o dirigente, o setor pode ter perdas significativas devido à imprevisibilidade do cenário atual. “Sabemos que a prioridade é a saúde da população, mas, a continuar como está, em um mês de estagnação, cerca de 20% dos empregos do nosso Setor podem ser comprometidos, pois os concessionários estão sem receita e, ao contrário, têm despesas fixas. Por enquanto, as concessionárias estão segurando a situação como podem, antecipando férias, utilizando banco de horas, mas, chegará um momento em que isso não se sustentará”, comentou.
Tendo isso em mente, a entidade já solicitou aos governos e prefeituras medidas de exceção, como a autorização do funcionamento de oficinas. Além disso, a Fenabrave também tem feito outros pedidos para que o setor consiga se manter financeiramente, como suspensão do pagamento do IPVA e linhas de crédito especiais para empresas do setor.
Por fim, a Fenabrave diz que as concessionárias estarão prontas para voltar a operar quando forem autorizadas, respeitando as recomendações dos órgãos de saúde.“A Fenabrave criou um Guia Prático, contra a disseminação do Coronavírus, disponibilizado para as Concessionárias, para que garantam a saúde de seus colaboradores e clientes, com orientações sobre a devida assepsia dos ambientes, equipamentos, peças, acessórios e veículos, até os cuidados no trato pessoal, oferecendo álcool em gel em todas as áreas de permanência dos clientes, distância mínima de 1,5m entre as pessoas, entre outros cuidados, preconizados pelo Ministério da Saúde e OMS”, finalizou Assumpção Júnior.
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