Teste: Honda PCX 150 é um scooter que esbanja tecnologia
Modelo urbano da marca japonesa no Brasil oferece soluções inéditas no segmento com praticidade e conforto
Por Aladim Lopes Gonçalves
Por Aladim Lopes Gonçalves
Aladim Lopes Gonçalves
A fabricante japonesa Honda deu uma cartada interessante no segmento de scooters no mercado brasileiro com o lançamento do PCX 150, um veículo moderno e que se destaca pela tecnologia Idling Stop System, que desliga o motor em paradas rápidas e o religa automaticamente quando acionado o acelerador. O equipamento é conhecido em carros como dispositivo start-stop, mas é a primeira vez que aparece em motos no Brasil.
Outro trunfo do PCX 150 é o preço sugerido de R$ 7.990, que tem potencial para atrair um número cada vez maior de pessoas interessadas em substituir o automóvel por uma motocicleta de estilo, versátil e barata. Atributos que sobram na motoneta da marca japonesa, que ciente dessas qualidades investe em publicidades que exaltam executivos e belas modelos usando o scooter na cidade.
À primeira vista, o PCX 150 se diferencia dos outros modelos de scooters pelo seu design que remete mais agressividade e modernidade em relação aos demais modelos que fazem parte desse segmento de veículo com características mais urbanas. O protuberante conjunto óptico, a farta carenagem e plásticos compõem o visual externo.
O painel de instrumentos oferece uma boa leitura das informações com velocímetro no centro e display digital para marcador de combustível, hodômetro, indicadores de setas, luz espia da injeção eletrônica e aviso do sistema Idling. Um diminuto para-brisa impede que sol prejudique a visualização do painel e ajuda a desviar o vento nos deslocamentos. O Guidão e mesa cromados formam um belo conjunto. O assento inteiriço conta divisor da lombar para a posição do piloto e garupa.
Ao dar a partida no PCX 150 a impressão que se tem é ter ligado um scooter elétrico, pois o motor tem um funcionamento bastante silencioso. A arrancada inicial e as acelerações surpreendem, inclusive em aclives, com força surpreende. Dificilmente você fica para trás nas saídas de semáforos em relação a outras motos nessa faixa de cilindrada.
O nível de conforto é bom, mas ao passar em obstáculos urbanos como valetas, lombadas e buracos, tão constantes em grandes cidades como São Paulo e outras capitais, o acerto da suspensão não consegue fazer milagres e alguns trancos e solavancos são transferidos do scooter para a castigada e sofrida coluna do piloto e do garupa. Lembre-se que desvios inteligentes são sempre bem vindos nessas situações.
O comportamento do motor monocilíndrico de 152,9 cm³, com injeção elétrica, arrefecimento líquido, é muito eficiente no deslocamento urbano. Quem fizer comparações com outros scooters com cilindrada semelhante vai se surpreender positivamente. Com potência anunciada de 13,6 cavalos a 8.500 rpm e torque de 1,41 kgfm a 5.250 rpm, o PCX 150 consegue atingir rapidamente uma velocidade de 120 km/h.
O câmbio automático CVT V-Matic (sem relações definidas de marcha) é mais uma facilidade e praticidade para o motociclista encarar o trânsito pesado e enfrentar as constantes paradas nos semáforos. Apesar de um pouco maior em relação a outros scooters, o PCX 150 se revela bem versátil para encarar o trânsito intenso e desviar dos carros nos congestionamentos com segurança, por ter um bom raio de giro do guidão e por ser relativamente leve e estreito.
Os freios da PCX 150 contam com o novo sistema CBS Combined Brake System, que realiza o acionamento simultâneo dos freios dianteiro e traseiro. Quando o piloto aciona o freio traseiro o sistema automaticamente ativa o freio dianteiro e faz uma equalização na proporção de 70% na roda traseira e 30% na roda dianteira. Já quando é acionado apenas o freio dianteiro ele realiza a frenagem somente na roda dianteira.
O sistema Idling, que desliga e liga o motor, também se mostrou um recurso interessante para a economia de combustível. A cada parada de semáforo ou maior do que três segundos, o sistema desliga o motor e o liga automaticamente ao se acionar normalmente o acelerador. Um processo praticamente imperceptível para o motociclista e que a Honda diz que pode ajudar a economizar até 5,5% de combustível. Um cuidado importante é que ao parar no meio de um cruzamento, uma situação delicada, o piloto pode optar por desligar o Idling momentamente por um botão no punho direito.
Se o Idling é um recurso para economizar combustível, o PCX 150 ainda tem o reforço do ESP (Enhanced Smart Power) que atua no sentido de baixar a rotação do motor (alongando as relações de marcha) ao identificar uma velocidade constante no scooter. Mais um dispositivo curioso e que certamente deve ter contribuído para uma média de consumo de 40 km por litro durante nosso teste, cumprindo com louvor esse quesito.
Outro aspecto curioso do PCX 150 é o botão de acionamento da buzina, que fica acima do seletor das setas de direção, e por isso pode causar um pouco de confusão ao fazer esses procedimentos. Enfim, nada que não se resolva com pouco de tempo para se familiarizar com a posição dos dispositivos. E para quem não abre mão de porta objetos o scooter da Honda oferece 25 litros de espaço sob o assento, suficiente para guardar um capacete fechado e um pequeno compartimento no lado esquerdo da coluna do guidão.
A Honda parece que tem grandes planos para o PCX 150 no Brasil já que a expectativa de vendas é de 10 mil unidades até o final de 2013. Para quem imagina que o scooter menor Lead 110 está com os dias contados a marca japonesa diz que os planos são manter os dois modelos em linha, pois diz que são produtos distintos e direcionados para públicos diferentes. O resumo da ópera é que o PCX 150 é o scooter moderno e pode ser mais uma opção interessante para quem deseja ingressar no mundo das duas rodas.
Em tempo: Os curiosos e fãs do novo scooter da Honda podem conseguir informações importantes e trocar experiências com os integrantes do Clube PCX no site pcxclube.com.
O jornalista utilizou no teste capacete MT, jaqueta, calça e luvas Joe Rocket e botas Off Road´s
Cotação de Seguro (*)
(*) Perfil médio: Homem, 25 a 35 anos, casado, sem filhos, com garagem em casa e no trabalho, morador de São Paulo e com residência em região razoável (bairro da zona sul ou zona oeste, por exemplo).
Fotos: Paulo Souza
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