Supermotard de fábrica

Nova Yamaha XTZ 125X traz de série itens que reforçam seu visual moderno e ousado.

Por Leandro Alvares

Arthur Caldeira

Toda vez que estacionava a nova Yamaha XTZ 125X pelas ruas de São Paulo, logo se formava uma roda de curiosos em volta dessa supermotard de 125cc. “Você que transformou?”, muitos perguntavam. Surpresa geral quando a resposta era negativa: “vem assim de fábrica”.

Baseada na versão de uso misto (XTZ 125), as rodas raiadas de 17 polegadas, cromadas, em conjunto com as suspensões de longo curso garantem o título de supermotard desta nova Yamaha.

A cor preta predomina nos plásticos e cobre também a balança traseira e as canelas da suspensão dianteira. Grafismos vermelhos, protetores de bengala rígidos e lentes cristais nos piscas completam as mudanças da nova 125X em relação a sua irmã.

Como não se trata de uma “transformação”, mas sim de um projeto original de fábrica, sobram palpites sobre o lançamento. “As rodas poderiam ser pretas também”, opinam alguns. “Colocaria um pneu mais largo atrás”, dizem outros. O fato é que o visual da nova XTZ 125X chama a atenção por onde passa.
 
Mesmo motor

Depois das perguntas sobre o design da supermotard, todos querem saber sobre o desempenho. Velocidade final e aceleração são praticamente iguais aos outros modelos de 125cc da Yamaha. Afinal, o motor é o mesmo monocilíndrico quatro tempos de 123,7 cm³, comando simples no cabeçote, refrigerado a ar.

Capaz de produzir 12,5 cv de potência máxima a 7.500 rpm, o propulsor não surpreende e iguala-se ao de outras motos da mesma categoria. Tem como vantagem a confiabilidade, já que desde 1999, o motor equipa a street Yamaha YBR 125.

Em subidas íngremes, o torque de 1,19 kgf.m a 6.500 rpm não é suficiente para manter a velocidade. Porém, em ruas planas e saídas de semáforo, está de bom tamanho, pois a 125X é bastante leve: 105 kg a seco.

Outra preocupação dos potenciais proprietários recai sobre o consumo. Também com o litro da gasolina custando R$ 2,50, até mesmo nas motos esse item conta na hora de escolher qual comprar. Entretanto, isso não é problema para a XTZ 125X.

Assim como o desempenho, o consumo é o mesmo das outras 125 da marca. Em todas as medições, ficou acima dos 30 km/l — chegando até mesmo a percorrer 35 km com um litro de gasolina.

Na prática

Além de todas as mudanças no visual, a XTZ 125X sofreu alterações na parte ciclística, que influenciaram muito a pilotagem. As rodas de 17 polegadas, calçadas com os pneus Pirelli MT 75 (nas medidas 100-80/17, na dianteira, e 110/80-17, na traseira), transmitem mais confiança nas curvas fechadas e também nas frenagens, uma vez que oferecem mais aderência do que pneus on/off-road.

Em conjunto com o ângulo de cáster reduzido para 27° e o entre-eixos mais longo (1345 mm), a supermotard da Yamaha ficou bem mais ágil no trânsito urbano. As mudanças de direção foram facilitadas em relação à versão de uso misto, já que o efeito giroscópico das rodas aro 17 é menor — a XTZ 125 trail usa aro 21 na frente e 18 atrás.

Outra diferença, que é fruto das rodas menores, é o banco mais baixo: 810 mm na nova 125X contra 840 na trail. Isso, além de facilitar a vida dos mais “baixinhos”, contribui para se pilotar de forma mais radical, bem ao estilo motard, colocando o pé no chão para se contornar as curvas.

Duas versões

Com um visual moderno e que chama a atenção por onde passa, juntamente com sua proposta urbana, a XTZ 125X segue as atuais tendências mundiais de supermotards (motos com suspensões trail, mas rodas e pneus street).

Oferecida em apenas uma opção de cor (preta com grafismos vermelhos), mas em duas versões (K e E), o lançamento da Yamaha surge como opção para quem quer se diferenciar entre os milhões de motos que circulam por nossas vias.
 
Os freios a disco na dianteira e a tambor na traseira são de série. A XTZ 125X K vem apenas com o pedal de partida e está cotada a R$ 7.167. Já a versão E, que traz partida elétrica, tem preço sugerido de R$ 7.961. Ambas já estão disponíveis na rede de concessionárias Yamaha.

Ficha Técnica

Motor: 4 tempos, OHC, monocilíndrico, 2 válvulas por cilindro, arrefecimento a ar
Capacidade cúbica: 123,7 cm³
Diâmetro e curso: 54,0 x 54,0 mm
Taxa de compressão: 10,0 : 1 
Alimentação: Carburador Mikuni VM 20SS
Potência máxima: 12,5 cv a 7.500 rpm
Torque máximo: 1,19 kgf.m a 6.500 rpm 
Câmbio: 5 velocidades 
Transmissão final: corrente
Partida: Elétrica
Quadro: Tipo diamante em aço
Suspensão dianteira: Garfo telescópico de 180 mm de curso
Suspensão traseira: Balança monoamortecida, com curso de 180 mm
Freio dianteiro: Disco de 220 mm com pinças de dois pistões
Freio traseiro: Tambor de 130 mm de diâmetro
Pneu dianteiro: Pirelli MT 75 100/80-17
Pneu traseiro: Pirelli MT 75 110/80-17
Comprimento total: 1.965 mm
Largura total: 810 mm
Altura total: 1.100 mm
Distância entre-eixos: 1.395 mm 
Distância do solo: 215 mm
Altura do assento: 810 mm
Peso seco: 105 kg
Tanque de combustível: 10,5 litros
Cor: Preta
Preço: R$ 7.961,00 (versão E com partida elétrica), R$ 7.671,00 (versão K com partida a pedal)


Fonte:
Agência Infomoto

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