Leandro Alvares
Elas estão cada vez mais em evidência nas ruas do país, sendo utilizadas não somente para o lazer, como também para o trabalho e por pessoas de diversas idades. Elas são as scooters.
Entre os modelos em circulação, um que se destaca é o AN125 Burgman, da Suzuki. Lançada no Brasil em 2005, esta pequena moto alia uma série de qualidades, como beleza, conforto e economia; itens que foram avaliados recentemente pelo MOTO.com.br.
Graças a uma parceria com a fabricante, o “Canal da Moto” recebeu uma Burgman para a realização de uma longa jornada de testes, que serviram principalmente para se constatar “o que é que as scooters têm?”.
Marcio Viana, um dos sócios do Site e Revista, foi o test-driver do equipamento e revelou ter se impressionado com a moto, a qual jamais havia pilotado. “Sempre pensei que fosse uma moto lenta e fraca”, admitiu.
A sensação ao conduzi-la, no entanto, mostrou-se completamente diferente. “A primeira impressão que tive foi a facilidade de pilotagem, pois com o câmbio automático basta acelerar. Também fiquei surpreso com todo um conjunto de aceleração, freio e o pouco peso, além da versatilidade. Por ser uma moto leve, é muito fácil se locomover no trânsito caótico de São Paulo”, destacou.
O AN125 Burgman possui a mesma tecnologia das motos de grande cilindrada da Suzuki. Seu motor de 125cc é um quatro tempos, com refrigeração a ar forçado e alimentado por um carburador Mikuni. Este conjunto produz potência de 12,3 cv a 7.500 rpm e torque de 1,10 Kgf.m a 6.500 rpm, garantindo bom arranque, boa velocidade de cruzeiro e velocidade máxima que ultrapassa os 100 Km/h.
“Antes de andar, acreditava que o propulsor era muito fraco, mas com o uso diário da scooter acabei me surpreendendo com o desempenho, pois em meu trajeto para o trabalho há duas subidas bem íngremes, as quais eu subia sem problemas”, contou Viana.
“O veículo transmite segurança em baixa velocidade ou a 100 km/h. Ele também é muito estável. O banco largo aumenta muito o conforto e é possível andar várias horas durante o dia sem sentir incômodo”, acrescentou o piloto de testes.
Para Viana, a única queixa em relação ao modelo diz respeito às rodas. “São muito pequenas para as ruas de muito buraco, como em São Paulo. É preciso reduzir bem a velocidade para passar pelos obstáculos”.
No trânsito, uma constatação interessante: “Reparei o aumento do numero de mulheres pilotando a Burgman 125, e conversei com algumas. A satisfação era geral”.
Exemplos de versatilidade e praticidade
“Em um dia de recorde de trânsito em São Paulo, eu precisava chegar ao centro da cidade em menos de 30 minutos, saindo do Shopping Morumbi em direção à rua 7 de Abril. Saí com a scooter no meio dos carros e cheguei em 15 minutos. Consegui comprar o que precisava e coloquei tudo em baixo do banco, nem precisei de mochila”, disse Marcio Viana.
“Outro fato curioso foi em uma reunião que tive na Vila Olímpia, na qual três participantes chegaram a bordo de suas Burgman 125, apesar de todos terem motos speed. Questionei a respeito da coincidência e me falaram o seguinte: ‘a scooter não é visada para roubo é uma excelente opção para a nossa cidade’”.
Veículo família
“Minha mulher sempre teve muito medo de andar na garupa de moto. Por isso, peguei a Burgman para ensiná-la a pilotar, e ela ficou fascinada. Tenho um filho menor que sempre gostou de moto, mas eu tinha receio de colocá-lo em uma 125 com marchas, então também o ensinei a pilotar a scooter. No final da tarde dos dois estavam pilotando a moto”, declarou Viana.
Equipamento completo
A Burgman sai de fábrica completa: partida elétrica, rodas de liga-leve, painel completo, transmissão automática e, ainda, porta objetos sob o banco, porta luvas e farol multi-refletor. São três opções de cores: amarela, vermelha e preta.
O preço sugerido da scooter — disponível em todas as concessionárias autorizadas Suzuki — é de R$ 5.990,00.
Ficha Técnica
Motor: 4 tempos, monocilindro com 2 válvulas, OHC, refrigeração a ar forçado
Cilindrada: 124 cm³
Diâmetro e curso: 52,0 x 58,6 mm
Taxa de compressão: 10.2:1
Potência máxima: 12,3 cv a 7.500 rpm
Torque máximo: 1,1 kgf.m a 6.500 rpm
Transmissão: variável automática "cvt"
Sistema de transmissão: correia em "v"
Sistema de lubrificação: cárter úmido
Alimentação: carburador mikuni BS26SS - a vácuo
Ignição: eletrônica digital
Sistema de partida: elétrica e pedal
Comprimento: 1.772 mm
Largura: 682 mm
Altura: 1.112 mm
Distância entre eixos: 1.255 mm
Distância do solo: 120 mm
Altura do assento: 740 mm
Peso seco: 112 kg
Suspensão dianteira: telescópica de amortecimento hidráulico
Suspensão traseira: balança de monoamortecimento hidráulico tipo "link" regulável
Freio dianteiro: disco ventilado de 180mm, com acionamento hidráulico mordido por pinça deslizante de pistão simples
Freio traseiro: tambor de 120mm, acionamento mecânico com sapatas expansoras internas
Pneu dianteiro: 3.50 - 10 51j sem câmara
Pneu traseiro: 3.50 - 1051j sem câmara
Tanque de combustível: 7,8 litros
Óleo do motor: 0,85 litros (com troca do filtro)
Cores: amarela, preta, vermelha
Equipe MOTO.com.br
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