Royal Enfield Himalayan tem potencial para brigar no mercado de trails

Modelo, robusto e de design que divide opiniões, mostra qualidades para brigar no mercado de trails

Por Gabriel Carvalho

Um dos modelos mais aguardados no mercado brasileiro, a Royal Enfield Himalayan finalmente desembarcou no Brasil. Em janeiro, o modelo foi apresentado no país e a fabricante nutre a expectativa de que o modelo se tornará o carro-chefe da marca por aqui, assim como acontece em outros países.

O motor que equipa a Himalayan é o inédito LS 410 de 411 cm³, que alcança 25 cv de potência máxima a 6.500 giros e torque máximo de 3,26 kgf.m entre 4.000 e 4.500 giros, com câmbio de cinco velocidades.

Tal receita se mostra eficiente em perímetro urbano, entregando agilidade e tornando fácil a vida do piloto em saídas e retomadas. Na estrada, a Himalayan perde um pouco de fôlego e não permitiria ir muito além dos 130 km/h caso essa velocidade fosse permitida em nossas rodovias. Para a proposta da motocicleta, o conjunto se mostra eficiente.

Um item que faz falta, entretanto, é a sexta marcha - em alguns momentos, o piloto buscou o pedal de câmbio para subir mais uma marcha, mas a Himalayan já estava na quinta. 

A Royal Enfield diz que a Himalayan, que possui tanque de 15 litros, tem autonomia de até 450 quilômetros. No teste feito pelo MOTO.com.br, a trail rodou basicamente em perímetro urbano e alcançou média de 28 km/l. Com esse número, a motocicleta chega aos 420 quilômetros de autonomia, marca que se aproxima do que a fabricante divulgou.

As suspensões - de garfo convencional na dianteira e um inédito link monoamortecido na traseira - têm curso longo, como era de se esperar de uma motocicleta do gênero: 200 mm na dianteira e 180 mm na traseira.

Bem calibrado para as condições do asfalto brasileiro, o conjunto copia bem as imperfeições e transmite conforto para o condutor, permitindo também aquele passeio na terra que quem busca uma motocicleta do segmento tanto gosta de fazer.

Em termos de ciclística, trata-se de uma moto que passa confiança para o piloto, seja no asfalto ou no fora de estrada, mesmo com o peso elevado em relação às concorrentes - são 185 quilos de peso seco, 191 quilos em ordem de marcha. Não é a motocicleta mais ágil do mercado, mas não passa sustos para o piloto.

Os freios, com discos de 300 mm na dianteira e 240 mm na traseira, contam com ABS - que não pode ser desligado. O acionamento do freio dianteiro requer um pouco mais de pressão para uma frenagem eficiente. Nada, porém, que comprometa o sistema, que está adequado ao desempenho da Himalayan.

O assento, a 800 mm do solo, é confortável e permite rodar grandes distâncias sem que o piloto se canse demasiadamente. 

Em um mercado no qual terá rivais como a Honda XRE 300 (preço sugerido partindo de R$ 18.200) - mais leve e praticamente com a mesma potência, mas com menos torque - e a Yamaha Lander 250 ABS (preço sugerido de R$ 16.990), que também é mais leve e tem números de torque inferiores, a Himalayan tem potencial para entrar na briga no segmento.

Resta saber se a fabricante, que abriu recentemente uma concessionária em Brasíla - além das duas que já existiam em São Paulo - conseguirá passar confiança para o consumidor brasileiro. Qualidades para cair no gosto dos motociclistas - ainda que o visual divida opiniões - a Royal Enfield Himalayan possui.

Confira o vídeo:

 

 


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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