Pequena notável - Parte 4

Confira o penúltimo capítulo do teste-viagem realizado para avaliação da Yamaha XTZ 125.

Por Leandro Alvares

Sou um cara de sorte. Acabei de ler que existe um projeto de lei que vai tentar proibir motocicletas de 125 e 150 cilindradas de trafegarem em rodovias.

Pois bem, saímos de Joanópolis (SP), eu e a Yamaha XTZ 125, com destino a Ubatuba pela rodovia Don Pedro I. De lá seguimos para a Carvalho Pinto e logo em seguida a Dutra, até chegarmos a Taubaté. Dali fomos pela Osvaldo Cruz até a BR 101.

Todo o trajeto foi feito a 80/90 km/h e eu em todo o percurso assistindo de camarote e ao mesmo tempo achando muito estranho às Speedys passarem coladas pela 125cc a 290 km/h. Eles podem andar nas estradas, enquanto que nós das pequenas cilindradas estaremos muito em breve impossibilitados de, por exemplo, ver o mar.

Se os motoboys, enlouquecem nas capitais, as speedys barbarizam nas rodovias. Nesse caso e traçando um paralelo, Albert Einstein tem toda a razão quando afirma que as paralelas se encontram no infinito. Eu e a XTZ na verdade só estávamos viajando e aproveitando ao máximo a chance que nos foi dada de curtir a paisagem, e foi dessa forma que chegamos a Ubatuba. Fomos para o norte parando na Praia do Puruba e depois seguimos também por estrada de areia até a praia do Estaleiro do Padre.

Rodando à noite pela BR 101 rumo a praia do Lazaro, onde pousaria, fui experimentando o farol, alternando o alto e o baixo. O conjunto óptico é de boa clareza, mas acredito que valeria à pena a instalação de lâmpadas de Xenon, e quem sabe até um milha sarado que estaria voltado para a lateral direita da pista. Quanto às luzes de freio e pisca não vi problema algum, são eficientes e bem posicionadas.

Domingo, com tempo carrancudo, subimos pela serra de Taubaté. Quem já passou por lá sabe que é pedrada;  trecho até o topo da Cruz de Ferro é pauleira com curvas em “U” e cotovelos radicais.

Nesse pedaço, a XTZ 125 não fez milagre, subiu gemendo com marchas engatadas em primeira e até no máximo terceira, porém, a maioria dos carros que subia também chorava na rampa. Com base nisso, achei normal o pouco desempenho da motocicleta Yamaha, que por prudência não foi forçada chegando com fôlego ao topo da despencada Serra.

Amanhã, o último episódio.

Reinaldo Baptistucci.

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Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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