Mini-custom da Sundown na versão 2008

VBlade é opção para motociclistas emergentes que se cansaram de pilotar motos 125cc.

Por Leandro Alvares

Aldo Tizzani

O segmento de 250 cilindradas é o que mais cresce no Brasil. O motivo é óbvio: os motociclistas que têm motos de 100, 125 e 150 cilindradas querem migrar para modelos de maior porte, potência e valor agregado. É a tal ascensão social.

Do total de motos comercializadas no país, 9,2% estão na faixa entre 151 e 250 cilindradas. Para atender a estes pilotos “emergentes”, a Sundown disponibiliza a VBlade, uma legítima custom equipada com motor “V2”, que oferece conforto e muitas peças cromadas.

Com preço sugerido de R$ 13.490,00, a custom da Sundown traz ainda pedaleiras plataforma, guidão alto, banco em dois níveis e painel integrado (com hodômetro e marcador digital de gasolina) sobre o tanque e rodas de liga-leve.

Apresentada no Salão Duas Rodas de 2005, a versão 2008 do modelo top de linha da fabricante sofreu pequenas alterações, entre elas, na geometria do chassi de berço duplo. A tampa do tanque agora é emborrachada, assegurando melhor vedação. Já a caixa lateral está arredondada, conferindo um melhor visual ao produto.

Houve também modificação nas bengalas da suspensão dianteira, agora mais macia. Apesar da marca ter feito algumas mudanças estéticas, o pára-lama traseiro continua parecendo não pertencer a esta moto, já que é quadrado e demasiadamente alto. A VBlade ficaria mais bonita se o pára-lama fosse mais curto e arredondado.

Ergonomia

O grande destaque da VBlade é seu conforto e ergonomia. Diferentemente do que acontece na grande maioria das motos, nos modelos custom o piloto vai confortavelmente sentado e não montado.

O banco em dois níveis com sissy-bar (encosto para a garupa) original de fábrica é uma benção para qualquer “passageiro”. Para o piloto, nada melhor que encarar o trânsito carregado ou a estrada com braços abertos e pés posicionados mais à frente.

Outro diferencial desta mini-custom são as pedaleiras, do tipo plataforma, muito utilizadas em motos custom de grande porte. Elas estão bem posicionadas, assim o motociclista mais arrojado pode até dar uma abusadinha na inclinação das curvas.

Mesmo fixadas por meio de coxins de borracha, as pedaleiras transmitem um pouco de vibração para o piloto. Resumindo: a moto é fácil de pilotar e oferece bom nível de conforto. Porém, a montadora deveria ter mais cuidado com o acabamento.

Mecânica e Ciclística

O motor com dois cilindros em V a 70º, com comando simples no cabeçote (duas válvulas), de 248 cm³, gera uma potência de 19,5 cv a 8.500 rpm e torque declarado de 1,57 kgf.m a 6.000 rpm.

De mecânica simples, o propulsor trabalha redondo, porém falta um pouco de fôlego, principalmente nas arrancadas. Na estrada, a VBlade roda tranqüilamente a 100 Km/h, sem precisar forçar o motor.

Os comandos são macios e o câmbio de cinco marchas tem engates precisos. Para facilitar a vida do piloto, os pedais de câmbio e de freio são ajustáveis.

Em função do bom trabalho do conjunto de suspensões — garfo telescópico na dianteira e monoamortecimento na traseira —, a moto enfrenta bem a buraqueira dos grandes centros urbanos. Já os freios do modelo avaliado — disco simples na frente e a tambor atrás — poderiam ser um pouco mais eficientes. Mas nada que uma boa regulagem não possa corrigir.

Concorrência

Além da Vblade, o mercado de duas rodas oferece outras opções de motos custom de 250cc. Por exemplo, a Kasinski Mirage Premier. Mais cara, encorpada e potente, a Mirage conta com motor “V2” de 249 cm³, que gera 27,9 cv a 10 mil rpm e custa R$ 14.890,00.

Já a chinesa FYM FY 250 traz motor de dois cilindros paralelos de 233 cm³, que produz 17cv a 8.500 rpm de potência máxima e tem preço sugerido de R$ 9.800,00. Temos ainda a Amazonas AME C1 250, que fez sua estréia no Salão Duas Rodas 2007 e está equipada com motor monocilíndrico de 249,2 cm³ e 21,5 cv a 6.700 rpm. Custa cerca de R$ 13.000,00.

Além disso, há a Traxx JH 250E-5, de dois cilindros em linha e 233 cm³. O modelo gera potência máxima de 19,7 CV a 8.000 rpm e torque de 1,8 kgf.m a 6.500. O preço gira em torno de R$ 9.000,00. Detalhe: Honda, Yamaha e Suzuki estão fora deste nicho de mercado. Até quando?

Ficha Técnica

Motor: SOHC, 4 tempos, refrigerado a ar
Capacidade cúbica: 248cc
Potência máxima: 19,7 cv a 8.000 rpm
Torque máximo: 1,57 kgf.m a 7.500 rpm
Câmbio: 5 velocidades
Transmissão final: Corrente
Alimentação: Carburador
Partida: Elétrica
Quadro: Berço duplo
Suspensão dianteira: Garfo telescópio
Suspensão traseira: Monoamortecida
Freio dianteiro: Disco simples de 270 mm de diâmetro e acionamento hidráulico de duplo pistão
Freio traseiro: Tambor , com 160 mm
Pneu dianteiro: Metzeler 3.00 - 18 - 47 S
Pneu traseiro: Metzeler 130 - 90 - 15 MC 66S
Comprimento: 2.260 mm
Largura: 930 mm
Altura: 1.300 mm
Distância entre-eixos: 1.570 mm
Distância do solo: 155 mm
Altura do assento: 750 mm
Peso seco: 163
Tanque de combustível: 14 litros (3 litros de reserva)
Cores: Prata e preta 
Preço: 13.490,00

Fotos: Caio Mattos.

Fonte:
Agência Infomoto

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