Honda CG 150 Fan ganha o sistema Flex

Nova versão da motocicleta urbana mais vendida no Brasil agora pode rodar com álcool ou gasolina no tanque

Por Aladim Lopes Gonçalves

Aldo Tizzani

Em 2009, a Honda lançou a CG 150 Titan Mix, primeira moto bicombustível produzida em série no mundo. Na sequência, a marca nipônica apresentou a NXR 150 Bros, modelo trail que também usa o sistema Flex. Hoje, 100% da linha 150 cc fabricada pela Honda roda com gasolina e etanol, em qualquer proporção. Sem muito alarde, a montadora colocou no mercado a CG 150 Fan com injeção eletrônica de combustível e sistema Flex. Esta versão, mais simples, não conta com a carenagem de farol usada na tradicional família Titan (ESD e EX), mas como qualquer outra moto de sua linhagem, esbanja agilidade, economia e emite baixos níveis de poluentes. A CG 150 Fan ESDi traz como diferencial o freio dianteiro e preço sugerido de R$ 6.590.

Visualmente, a 150 Fan segue a tradição da linha CG, sem frescura, já que abdicou da moldura do farol, mas traz piscas integrados à rabeta. Para reforçar seu caráter urbano, a CG 150 Fan ESDi está equipada com motor monociclíndrico, OHC (comando simples no cabeçote), quatro tempos, arrefecido a ar e câmbio de cinco velocidades, além de partida elétrica.

Ciclística acertada
Na prática, o modelo street da Honda apresenta, de cara, uma ciclística bastante equilibrada, eficiente e que transmite segurança ao piloto. O conjunto de suspensões é formado por garfo telescópico de 130 mm de curso na dianteira e, na traseira, duplo amortecedor, com 101 mm de curso. Firme, o conjunto garante estabilidade, além de copiar bem as imperfeições do piso. Os amortecedores traseiros oferecem regulagem da tensão da mola. Enfim, uma boa notícia para quem usa a moto como ferramenta de trabalho. Para ajudar neste trabalho de absorção de impactos, a moto está calçada com pneus nas medidas 80/100 - 18 (D) e 90/90 -18 (T).

Com relação ao sistema de freios, a Fan ESDi traz disco simples de 240 mm de diâmetro, com cáliper de dois pistões. Na traseira, freio a tambor de 130 mm de diâmetro. O conjunto é simples, mas dá conta do recado, principalmente se o piloto adotar uma atitude mais defensiva e não abusar da velocidade.

Um dos grandes segredos da linha CG está no quadro estampado, do tipo diamante, que oferece bom nível de resistência a torções e, consequentemente, boa estabilidade. Isso se reflete em uma maior agilidade nas mudanças de direção ou em manobras em baixa velocidade. Outro ponto positivo da Fan ESDi é a ergonomia. O motociclista fica bem posicionado na moto, já que o tanque tem formato anatômico, permitindo o encaixe das pernas do piloto. Melhor que o banco em dois níveis, é a densidade da espuma do assento, que ajuda o piloto a rodar centenas de quilômetros por dia sem se cansar.

Motor OHC
A CG 150 Fan traz motor monocilíndrico, 149,2 cm3 e equipado com balancins roletados, que minimizam as vibrações. Confiável e de baixa manutenção, o propulsor de comando simples no cabeçote gera 14,2 cv a 8.500 rpm de potência máxima e 1,32 kgfm a 7.000 de torque máximo (com gasolina) e 14,3 cv a 8.500 rpm de potência máxima e 1,45 kgfm a 6.600 rpm de torque máximo (com etanol). A nova Fan ganhou injeção eletrônica PGM-FI (Programmed Fuel Injection). Com o sistema, o comportamento do motor oferece acelerações mais progressivas e lineares. Isso sem falar em uma maior economia de combustível. Ou seja, este motor trabalha “redondo”, sem engasgos e experto para largar na frente dos carros quando o farol está verde. O câmbio é preciso e com engates suaves. O modelo faz, em média, 40 Km/l. Detalhe: o tanque tem capacidade para armazenar 16,1 litros de combustível.

Painel de instrumentos e preço
Sim, para não falar espartano, o painel de instrumentos da Fan 150 ESDi traz o básico: velocímetro, hodômetro total, marcador de combustível, luzes-espia, além da lâmpada de diagnóstico da injeção eletrônica. Para auxiliar o motociclista em relação ao funcionamento da tecnologia Flex, abaixo do conta-giros é possível visualizar a luz “ALC”. Ela acenderá sempre que houver no tanque mais de 80% de etanol (álcool). A luz piscará em condições de temperatura ambiente abaixo de 15°C.

Hoje, o segmento de motos de até 150 cc domina o mercado, com 88% de todas as motos vendidas no Brasil. Entre as principais marcas, estão disponíveis mais de 20 modelos de uso urbano. A disputa é acirrada, mas a linha CG 150 da Honda detém 37,90% do market share do segmento street. De janeiro a agosto foram emplacadas exatas 294.459 unidades desta tradicional família.

Disponível nas cores preta, vermelha metálica e prata metálica, a CG 150 Fan ESDi tem preço sugerido de R$ 6.590. O modelo tem um ano de garantia, sem limite de quilometragem.

Ficha Técnica
Motor: OHC, 149,2 cm³, monocilíndrico, quatro tempos, arrefecido a ar.
Potência máxima: 14,3 cv a 8.500 rpm (etanol).
Torque máximo: 1,45 kgfm a 6.500 rpm (etanol).
Alimentação: Injeção Eletrônica PGM-FI.
Partida: elétrica
Câmbio: Cinco marchas com embreagem multidisco em banho de óleo.
Suspensão: Dianteira com garfo telescópico com 130 mm de curso; traseira com duplo amortecedor com 101 mm de curso.
Freios: Dianteiro a disco, 240 mm de diâmetro, e cáliper de dois pistões; traseiro a tambor com 130 mm de diâmetro.
Pneus: Dianteiro 80/100-18M/C 47P; traseiro 90/90-18M/C 57P.
Chassi: Tipo diamante.
Dimensões: Comprimento x largura x altura 1.992 x 730 x 1.098mm
Peso seco: 118,2kg (ESDi)
Tanque: 16,1 litros
Cores: Preto, vermelho metálico e prata metálico
Preço: R$ 6.590

Fotos: Mario Villaescusa


Fonte:
Agência Infomoto

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