MotoGP: tudo sobre a motocicleta da MotoE

Conheça a Energica Ego Corsa, que chega a 250 km/h e vai alinhar no grid da nova categoria do Mundial de Motovelocidade

Por Gabriel Carvalho

Os fãs dos roncos dos motores da MotoGP podem até torcer o nariz, mas a eletricidade chegou às pistas de motovelocidade. A partir de 2019, juntamente com as demais categorias do Mundial de Motovelocidade (MotoGP, Moto2 e Moto3), será disputada a MotoE, exclusiva para motos elétricas. 

Batizado de FIM Enel MotoE World Cup, o campeonato terá a princípio cinco provas, que acontecerão juntamente com as etapas europeias do Mundial. No primeiro ano, as corridas terão no mínimo dez e no máximo 12 voltas com 18 motos no grid. 

A moto

Todas as motos serão da marca italiana Energica, escolhida como fornecedora oficial das motos. Produzindo motos elétricas desde 2009, a Energica tem hoje três modelos no seu line-up, entre eles a superesportiva Ego, que servirá como base para a Ego Corsa, a versão de pista que disputará a categoria MotoE. 

O coração “verde” da Ego Corsa é um motor resfriado a óleo com magnetos permanentes. Produz uma potência contínua máxima de 110 kW (147 cv) e um torque de 20,4 kgf.m. Números capazes de fazer a Ego Corsa acelerar de 0 a 100 km/h em três segundos para alcançar uma velocidade máxima de até 250 km/h.

A moto não tem uma caixa de câmbio ou uma embreagem. Tudo é regulado pelo sistema "ride-by-wire", que permite controlar a aceleração do motor e a desaceleração com base no torque regenerativo ou no freio motor. A Ego Corsa tem também uma central eletrônica, chamada de VCU, que monitora constantemente a bateria, o inversor, o carregador e o ABS da moto.

Esta unidade de controle de veículo (VCU) adapta a energia a vários mapas e regula cuidadosamente a potência do motor de acordo com o impulso no acelerador 100 vezes por segundo durante a condução. O ABS eletrônico de última geração é capaz de limitar o torque regenerativo máximo em caso de asfalto liso ou piso molhado – o sistema verifica a aderência e, no caso de condições escorregadias, limita o torque máximo de regeneração das baterias.

As baterias recarregáveis de 50 kWh, por sua vez, foram acomodadas em uma caixa selada que conta com uma placa de arrefecimento para evitar superaquecimento e a consequente diminuição de seu desempenho. Suficiente para uma corrida, as baterias podem ser recarregadas completamente em apenas 30 minutos. Para isso, a empresa de energia Enel, patrocinadora do campeonato de motos elétricas, irá instalar postos de recarga com energia limpa nas pistas onde serão disputadas as provas da MotoE. 

Outras peças, como suspensões e freios, serão desenvolvidas ao longo deste ano. Um dos pontos preocupantes é o peso excessivo da Energica Ego em sua versão de rua, 258 kg. Carenagens de fibra de carbono e novos materiais no quadro em treliça devem ser utilizados para reduzir esse número. 

Estão previstos testes e apresentações com a Energica Ego Corsa durante a temporada 2018 do Mundial de Motovelocidade para atrair a atenção do público, além de testes privados. O futuro da motovelocidade promete ser eletrizante.


Fonte:
Equipe MOTO.com.br / Agência Infomoto

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