MotoGP: Dez pilotos para ficar de olho em 2019

Temporada 2019 se inicia no domingo com o GP do Catar; de candidatos ao título a novatos promissores, veja nomes que devem se destacar durante o ano

Por Gabriel Carvalho

No próximo domingo (10), a MotoGP dá a largada para a temporada 2019. Jovens muito velozes, transferências impactantes, equilíbrio entre as marcas e todos querendo destronar Marc Márquez: eis a receita para um campeonato repleto de emoções.

O circuito de Losail será o primeiro a receber um renovado grid e a expectativa é de uma prova tão disputada quanto a da temporada passada, quando Andrea Dovizioso derrotou Márquez em um duelo que durou até a última curva da última volta.

Em meio a tantas atrações para 2019, o MOTO.com.br preparou uma lista com dez pilotos para o fã da MotoGP ficar de olho durante a temporada que se inicia no domingo. Confira:

1-      Marc Márquez

Desde 2013, quando estreou na categoria máxima do Mundial de Motovelocidade, Márquez só não foi campeão em 2015, quando Jorge Lorenzo chegou ao tricampeonato. O piloto da Honda, por motivos óbvios, é o homem a ser batido em 2019.

Entretanto, ainda há dúvidas sobre a forma física do espanhol, que foi submetido a uma cirurgia no ombro esquerdo no fim de 2018 e iniciou a pré-temporada ainda em recuperação – nos testes da Malásia, o piloto estava claramente se poupando, mas no Catar ele se mostrou em melhor forma. Ainda não se sabe, porém, se o corpo do atual campeão da categoria já está pronto para suportar uma corrida inteira.

2-      Valentino Rossi

O nove vezes campeão mundial entra na 20ª temporada na classe principal e ainda se vê competitivo para buscar o tão sonhado décimo título, mesmo aos 40 anos de idade.

Com uma Yamaha se mostrando mais competitiva nos testes de pré-temporada – Rossi terminou o teste do Catar com o quarto melhor tempo e uma simulação de corrida consistente no último dia de atividades em Losail – não seria nenhuma surpresa ver o veterano no topo do pódio já na abertura do campeonato.

A M1 tem bom histórico no Catar, assim como o italiano, que já venceu por lá em quatro oportunidades. Uma possível briga por título teria de passar por uma melhora significativa da Yamaha, que ainda parece atrás de Ducati e Honda.

3-      Andrea Dovizioso

Vice-campeão nas duas últimas temporadas, Dovizioso é agora o ‘dono’ da Ducati, já que Jorge Lorenzo deixou o time para dar lugar a Danilo Petrucci.

Com uma Desmosedici que parece melhorar a cada ano e que dominou os testes em Sepang, o italiano tem em mãos uma máquina que deve permitir a ele entrar forte na briga pelo título da MotoGP em 2019.

Quando concentrado, o italiano sabe gerenciar o ritmo de prova como poucos no grid atual. Sem o ‘inimigo’ Lorenzo dividindo a garagem e vencendo corridas com a mesma moto – algo que visivelmente o atrapalhou em 2018 – Dovi deve voltar à forma de 2017. Olho no ‘Desmodovi’!

4-      Jorge Lorenzo

A principal movimentação no mercado de pilotos para a temporada 2019 foi, sem dúvida, a transferência de Lorenzo para a Honda. Após dois anos abaixo do esperado na Ducati – ainda que 2018 tenha sido bem melhor do que 2017 – o tricampeão da MotoGP mostra que segue não temendo desafios e vai para o time que até o momento é dominado por Márquez.

O objetivo de Lorenzo? Superar Márquez. Além da necessária adaptação a uma moto completamente diferente da Desmosedici que pilotou nos dois últimos anos, o espanhol ainda busca a forma física ideal, já que sofreu uma fratura no pulso durante a preparação para 2019.

Conhecido como o ‘Gladiador das duas rodas’, Lorenzo não deve ser subestimado. Duvida? Faça uma breve pesquisa sobre o final de semana do espanhol no GP da Holanda de 2013.

5-      Maverick Viñales

Quando estreou na Yamaha, em 2017, Viñales chegou com tudo, vencendo o GP do Catar e mais duas das cinco primeiras etapas daquele ano. Depois, no entanto, o jovem espanhol caiu de produção e só voltou ao topo do pódio no GP da Austrália do ano passado, que acabou sendo a única vitória da Yamaha em 2018.

Para este ano, Viñales deixou o #25 e vai de #12, trocou o chefe de mecânicos e o rider coach. As mudanças parecem ter feito efeito na pré-temporada e o piloto terminou como o mais rápido dos testes finais no Catar. Resta saber se o companheiro de Rossi na Yamaha vai se manter em alta o ano todo ou se vai perder rendimento conforme a temporada seguir.

6-      Danilo Petrucci

Após temporadas como piloto satélite da Ducati, Petrucci finalmente tem a chance de ser piloto oficial da equipe de Borgo Panigale. A chance, no entanto, vem carregada de pressão: com contrato apenas para 2019, o italiano terá de mostrar serviço se quiser manter a vaga para os anos seguintes.

A Pramac, time satélite de onde Petrucci saiu para se juntar à Ducati, tem em Jack Miller e no novato Francesco Bagnaia dois nomes que farão de tudo para chamar a atenção da cúpula ducatista e ‘roubar’ o posto que hoje é de ‘Petrux’.

7-      Alex Rins

Às vésperas de entrar na terceira temporada na MotoGP e na Suzuki, Rins foi um dos mais consistentes durante toda a pré-temporada, sendo rápido tanto em Sepang quanto em Losail.

Com uma GSX-RR cada vez mais potente e sempre muito equilibrada, o espanhol – livre das lesões que o atrapalharam no início na categoria principal do Mundial de Motovelocidade – tem tudo para subir ao topo do pódio pela primeira vez na MotoGP e não deve ser descartado na briga pelo título.

8-      Franco Morbidelli

O ítalo-brasileiro chegou à MotoGP em 2018 pela agora extinta Marc VDS e se sagrou o novato do ano com uma Honda RC213V de 2017, moto reconhecidamente difícil de pilotar.

Para esta temporada, Morbidelli terá em mãos nada menos do que uma Yamaha M1, que muitos consideram uma das motos mais dóceis do grid da MotoGP.

E não é só isso: o ítalo-brasileiro terá a versão 2019 da motocicleta, iniciando o ano em pé de igualdade com Rossi e Viñales – posteriormente, Morbidelli receberá as atualizações da moto com atraso em relação à dupla do time oficial. Mais experiente e com uma moto melhor, não será nenhuma surpresa se o piloto terminar uma corrida entre os três primeiros nesta temporada.

9-      Johann Zarco

Novato do ano em 2017 e sempre incomodando Rossi e Viñales enquanto piloto satélite da Yamaha na Tech3 - que neste ano vai de KTM - Zarco foi contratado pelo time oficial da fabricante austríaca para 2019.

Durante os testes de pré-temporada, o piloto ainda não se mostrou totalmente adaptado à RC 16, terminando muitas das sessões atrás de Pol Espargaró, que vai para a terceira temporada na equipe.

O bicampeão da Moto2 em 2015 e 2016, no entanto, não deve ser subestimado e, se a KTM melhorar durante o ano, pode aparecer nas primeiras posições.

10-   Francesco Bagnaia

Campeão da Moto2 em 2018 com atuações convincentes e demonstrando muita evolução, Bagnaia – mais um pupilo de Valentino Rossi – foi promovido para a MotoGP e disputa a temporada 2019 à bordo de uma Desmosedici GP18, moto utilizada pela Ducati no ano passado.

Apesar de estar na Pramac, ‘Pecco’ tem contrato com o time de Borgo Panigale e, se apresentar bons resultados neste ano, pode alçar voos maiores no ano seguinte.

Moto2, Moto3 e MotoE

O Mundial não se resume à MotoGP, claro. Nas classes de acesso a expectativa é de muitas disputas também. Na Moto2, a principal novidade é a introdução dos motores Triumph 765 em substituição aos Honda de 600cm³. Sam Lowes, Thomas Luthi, Luca Marini, Alex Márquez e Brad Binder são nomes para serem observados e devem brigar pelo título.

Na Moto3, o cenário é mais incerto. O destaque, sem dúvida, é o retorno de Romano Fenati – sim, aquele mesmo que acionou o freio dianteiro de Stefano Manzi em plena reta no GP de San Marino de Moto2 ano passado. Após cumprir suspensão, Fenati foi contratado pela Marinelli Snipers para este ano. Curiosamente, trata-se da mesma equipe que o demitiu na ocasião do incidente com Manzi.

Por fim, a MotoE. A categoria de motos elétricas é uma novidade para 2019 e fará parte da programação de algumas etapas da temporada 2019 do Mundial – a estreia acontece no dia 5 de maio, com o GP da Espanha. O brasileiro Eric Granado é um dos pilotos da categoria. Após um conturbado 2018 na polêmica Forward Racing na Moto2, Granado tem uma nova oportunidade de se destacar em cenário mundial.

As emoções do Mundial de Motovelocidade estão para começar. No domingo, a partir das 11h (de Brasília), a Moto3 dá a largada para a temporada 2019 – as luzes vermelhas se apagam para a MotoGP às 14h (de Brasília). O MOTO.com.br fará a cobertura de toda a temporada, portanto fique ligado em nosso site e em nossas redes sociais!


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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