MotoGP: dez pilotos para ficar de olho em 2018

Temporada tem início no final de semana, no Catar; disputa promete ser acirrada

Por Gabriel Carvalho

Depois das férias e dos testes de pré-temporada, finalmente a Temporada 2018 da MotoGP está para começar. No próximo final de semana, o circuito de Losail será o palco do GP do Catar, prova de abertura do campeonato.

Nos dois últimos anos, Marc Márquez foi o campeão. Apesar de iniciar a disputa deste ano como favorito, o espanhol precisará não só da velocidade que lhe é característica, mas também de muita regularidade, já que o nível dos pilotos é alto e a competitividade cada vez maior.

Posto isto, o MOTO.com.br indica dez nomes para o leitor ficar de olho na Temporada 2018 da MotoGP. Vamos a eles:

- Marc Márquez

O espanhol começa 2018 como o favorito a repetir os títulos conquistados em 2013, 2014, 2016 e 2017. A Honda se mostrou forte na pré-temporada, especialmente em ritmo de corrida. Com melhorias no motor para enfrentar a força da Ducati nas retas e a já comprovada competência de Márquez, é difícil não colocar a Honda e o piloto na briga pelo campeonato desde as primeiras voltas no Catar.

- Andrea Dovizioso
O vice-campeão de 2017 – em uma campanha que surpreendeu a muitos – volta com força para lutar pelo título novamente. O italiano foi consistente na pré-temporada e elogiou a GP18 após o teste final em Losail, colocando-se como um dos favoritos à vitória na primeira corrida do ano. Com uma Ducati novamente forte, Dovizioso não só pode como deve figurar com protagonismo entre os postulantes ao título da temporada 2018 da MotoGP.

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 - Valentino Rossi

Aos 39 anos e com contrato renovado até o final de 2020, o “Doutor” não apresenta o menor sinal de desânimo. Entretanto, o desempenho da Yamaha é uma incógnita. Nos testes de pré-temporada, a performance em Sepang foi satisfatória. Na Tailândia, a M1 não correspondeu e em Losail o italiano terminou com o segundo melhor tempo no combinado dos três dias. Rossi, no entanto, ressalta que a equipe precisa trabalhar melhor o gerenciamento do pneu traseiro, que sofre muito desgaste e limita o desempenho da moto na fase final das corridas. Será que o time de Iwata conseguirá dar a volta por cima e o italiano chega ao tão sonhado décimo título mundial? A ver.

- Maverick Viñales
O jovem espanhol estreou na Yamaha com tudo, vencendo as duas primeiras corridas de 2017. Depois, mais uma vitória na França e então a campanha do piloto passou por bons e maus momentos – especialmente na parte final do campeonato – ficando fora da batalha de forma precoce e sendo constantemente superado por Rossi no duelo interno. Na pré-temporada, Viñales não se mostrou nem um pouco satisfeito com a M1 de 2018 – as palavras do piloto, além da linguagem corporal, foram categóricas. Se a Yamaha acertar a moto, no entanto, Viñales estará entre os candidatos ao título.

- Jorge Lorenzo
2018 é um ano importante para o tricampeão da MotoGP. Lorenzo cresceu na reta final de 2017 e se mostrou capaz de lutar pelas principais posições e até por vitórias. No primeiro teste deste ano, o espanhol assustou os adversários ao marcar o melhor tempo em Sepang, estabelecendo um novo recorde. Em Buriram e Losail, porém, Lorenzo voltou a sofrer com a Ducati – tendo até testado com o chassi de 2017 na Tailândia. O piloto ainda parece não se adaptar a algumas características da Desmosedici, enquanto Dovizioso entende melhor a moto. Lorenzo deve vencer corridas e andar com mais consistência na frente, mas o título parece distante no momento.

- Dani Pedrosa
O diminuto espanhol, que completa 200 grandes prêmios no Catar, está desde 2006 na equipe oficial da Honda. Apesar de algumas vitórias no currículo, a inconsistência e as lesões tem marcado as campanhas de Pedrosa. Com o contrato por vencer no final deste ano, o piloto precisa buscar bons resultados para garantir com tranquilidade a permanência no time – Márquez renovou com a Honda até o final de 2020. Com um adversário muito forte já na garagem ao lado, Pedrosa tem uma dura tarefa pela frente.

- Andrea Iannone
Iannone é mais um, assim como Pedrosa, que precisa mostrar serviço em 2018. Contratado para ser o líder do projeto da Suzuki na temporada passada, o italiano esteve aquém do que se esperava, recebendo duras críticas – como as do ex-piloto Kevin Schwantz, que classificou o 2017 de Iannone como “inaceitável”. Com uma GSX-RR melhorada, o piloto precisa de bons resultados, especialmente tendo Alex Rins saudável e veloz ao lado. Caso decepcione novamente, o italiano dificilmente seguirá na Suzuki em 2019.

- Johann Zarco

Um piloto de equipe satélite brigando pelo título? Não parece provável, pois com o decorrer da disputa as equipes oficiais vão desenvolvendo as motos e Zarco utiliza a M1 de 2016, tendo apenas o motor da versão 2018, além de algumas partes aerodinâmicas. Com a Tech 3 encerrando a parceria de 20 anos com a Yamaha no fim da temporada, é difícil imaginar a fabricante fazendo grandes esforços para ajudar o francês, ainda que o piloto tenha sido veloz e consistente em toda a pré-temporada. Entretanto, não é impossível ver o bicampeão da Moto2 e novato do ano na MotoGP em 2017 beliscando pódios e, quem sabe, vitórias.

- Cal Crutchlow
Entrando na quarta temporada com a LCR, o britânico tem pela primeira vez o suporte oficial da Honda, recebendo a mesma RC213V de Márquez e Pedrosa. Após uma forte campanha em 2016, quando venceu as duas primeiras corridas da carreira na MotoGP, Crutchlow teve uma temporada irregular em 2017. Com uma moto teoricamente no mesmo nível das da equipe oficial, o piloto pode aparecer entre os postulantes a vitórias na temporada 2018.

- Jack Miller

2018 marca uma mudança importante para Miller, que pela primeira vez desde que saltou da Moto3 direto para a MotoGP, vai pilotar uma moto que não é Honda. Para este ano, o australiano tem uma Ducati GP17 à disposição – moto com a qual Dovizioso brigou pelo título até a última prova. Apesar de ser uma motocicleta com um ano de defasagem, Miller foi veloz durante a pré-temporada e elogiou bastante a Desmosedici. A última vez que a MotoGP viu a estreia da combinação entre piloto australiano e Ducati? 2007, com Casey Stoner. O que aconteceu? Veio o primeiro dos dois campeonatos do agora piloto de testes do time de Borgo Panigale. Veremos o mesmo com Miller? Provavelmente não, mas olho no novo piloto da Pramac.

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Presença brasileira no grid
A temporada 2018 da MotoGP terá um toque brasileiro no grid: Franco Morbidelli, campeão da Moto2 em 2017, foi promovido para a classe principal na mesma equipe que o levou ao título, a Marc VDS. Com uma Honda 2017, o ítalo-brasileiro deve beliscar alguns pontos durante o ano.

Na Moto2, a presença volta a ser totalmente brasileira. Eric Granado, que participara do Mundial entre 2012 e 2014, retorna como piloto da Forward Racing. Tendo optado pelo chassi Suter, o time do brasileiro terá trabalho pela frente, como o próprio piloto admitiu em entrevista exclusiva ao MOTO.com.br.

A Temporada 2018 do Mundial de Motovelocidade promete. Acompanhe todas as disputas e emoções conosco! 


Por Gabriel Carvalho/MOTO.com.br


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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