MotoGP: Viñales derrota Márquez e Yamaha volta ao topo; Rossi abandona
Fabricante, que não vencia desde o GP da Austrália de 2018, volta ao topo e vence pela primeira vez na temporada; Rossi tem pior sequência desde 2011
Por Gabriel Carvalho
Por Gabriel Carvalho
A Yamaha volta a sorrir na MotoGP. Neste domingo (30), Maverick Viñales recolocou a fabricante no topo e venceu o GP da Holanda, dando à fabricante a primeira vitória de 2019, encerrando um jejum que durava desde o GP da Austrália do ano passado.
O espanhol venceu uma batalha acirrada contra Marc Márquez para voltar a vencer na MotoGP. Fabio Quartararo, que largou na pole, enfrentou problemas de estabilidade ainda no início da prova e teve de se contentar com o terceiro lugar.
Do outro lado da garagem da Yamaha, porém, o clima era totalmente diferente. Para Valentino Rossi, a corrida terminou prematuramente em um incidente com Takaaki Nakagami, quando o italiano ainda estava fora do top-10. Foi o terceiro abandono seguido de Rossi, igualando uma sequência vista pela última vez em 2011.
Os melhores na largada foram os dois pilotos da Suzuki, com Rins assumindo a liderança, seguido por Joan Mir, Quartararo e Viñales no fechamento da primeira volta. Márquez tentou superar o compatriota da Yamaha na primeira volta, mas se manteve em quinto.
Andrea Dovizioso foi outro destaque da largada, saltando de 11º para sexto. Lá atrás, Valentino Rossi ganhou uma posição no primeiro giro e subiu para 13º.
A 24 voltas do fim, Rins cometeu um erro sozinho e caiu, sofrendo um duro golpe no campeonato. A corrida quase virou uma tragédia para a fábrica de Hamamatsu quando Mir saiu do traçado e perdeu a liderança para Quartararo, que era seguido por Márquez, Viñales e Dovizioso.
Duas voltas depois, a fase de Rossi continuava de mal a pior quando o italiano se envolveu em um incidente com Takaaki Nakagami e ambos abandonaram - é a primeira vez desde 2011, quando ainda estava na Ducati, que Rossi abandona em três corridas consecutivas.
Faltando 18 voltas para o final da corrida, o grupo da frente seguia formado por Quartararo, Márquez, Viñales e Dovizioso, que aos poucos se juntava ao trio da frente. Mir tinha dificuldades para acompanhar o quarteto e era pressionado por Danilo Petrucci, que crescia na prova e, um giro depois, deixou o novato da Suzuki para trás.
A 16 giros do fim, Quartararo perdeu estabilidade no meio da reta oposta e Márquez assumiu a ponta da prova sem fazer muito esforço. Na abertura da volta seguinte, entretanto, o francês da Yamaha SRT reassumiu a primeira posição e Viñales se juntou novamente à dupla depois de ter cometido um pequeno erro voltas antes. A esta altura, Dovizioso tinha dificuldades para acompanhar o ritmo do trio da frente.
Três voltas depois, na freada para a chicane que antecede a reta dos boxes, Viñales deixou Márquez para trás e subiu para segundo. Mais dois giros e o espanhol se aproveitou do problema de Quartararo na reta oposta para tomar a liderança da prova.
Márquez, temendo que Viñales pudesse sumir na frente, logo superou Quartararo e passou a pressionar o compatriota no que parecia se tornar uma disputa entre os dois pela vitória. Um erro de Viñales na curva 1, porém, facilitou a vida do líder do campeonato, que subiu para o primeiro lugar pela primeira vez na prova.
Viñales tirou vantagem do melhor rendimento no quarto setor de Assen e deu o troco em Márquez, retomando a primeira posição. Quartararo, ainda que sofrendo com o problema na reta oposta, conseguia se manter relativamente perto dos ponteiros.
Nas voltas finais, Viñales conseguiu se distanciar de Márquez, que parecia satisfeito com o segundo posto. Com isso, o piloto da Yamaha seguiu com relativa tranquilidade nas voltas finais para vencer pela primeira vez na temporada.
Márquez foi o segundo e Quartararo, mesmo com os problemas iniciais, completou o pódio. Dovizioso foi o quarto e Franco Morbidelli superou Petrucci na chicane final para fechar o top-5 em Assen.
No campeonato, vida ainda mais tranquila para Márquez, que foi a 160 pontos. Dovizioso segue em segundo, mas agora tem 44 pontos de desvantagem em relação ao espanhol. Petrucci subiu para terceiro, com 108, enquanto Rins e Rossi permaneceram com 101 e 72, respectivamente.
Na Moto2, Augusto Fernandez venceu pela primeira vez na carreira, enquanto na Moto3 a vitória foi de Tony Arbolino.
A próxima etapa da MotoGP é o GP da Alemanha, que acontece já no próximo domingo, dia 7 de julho.
Confira o resultado final do GP da Holanda:
Pos. | Pontos | Num. | Piloto | Equipe | Moto | Tempo/Dif. |
1 | 25 | 12 | Maverick VIÑALES | Monster Energy Yamaha MotoGP | Yamaha | 40'55.415 |
2 | 20 | 93 | Marc MARQUEZ | Repsol Honda Team | Honda | 4.854 |
3 | 16 | 20 | Fabio QUARTARARO | Petronas Yamaha SRT | Yamaha | 9.738 |
4 | 13 | 4 | Andrea DOVIZIOSO | Ducati Team | Ducati | 14.147 |
5 | 11 | 21 | Franco MORBIDELLI | Petronas Yamaha SRT | Yamaha | 14.467 |
6 | 10 | 9 | Danilo PETRUCCI | Ducati Team | Ducati | 14.794 |
7 | 9 | 35 | Cal CRUTCHLOW | LCR Honda CASTROL | Honda | 18.361 |
8 | 8 | 36 | Joan MIR | Team SUZUKI ECSTAR | Suzuki | 24.268 |
9 | 7 | 43 | Jack MILLER | Pramac Racing | Ducati | 26.496 |
10 | 6 | 29 | Andrea IANNONE | Aprilia Racing Team Gresini | Aprilia | 26.997 |
11 | 5 | 44 | Pol ESPARGARO | Red Bull KTM Factory Racing | KTM | 28.732 |
12 | 4 | 41 | Aleix ESPARGARO | Aprilia Racing Team Gresini | Aprilia | 34.095 |
13 | 3 | 88 | Miguel OLIVEIRA | Red Bull KTM Tech 3 | KTM | 34.181 |
14 | 2 | 63 | Francesco BAGNAIA | Pramac Racing | Ducati | 34.249 |
15 | 1 | 55 | Hafizh SYAHRIN | Red Bull KTM Tech 3 | KTM | 34.494 |
16 | 53 | Tito RABAT | Reale Avintia Racing | Ducati | 48.357 | |
17 | 17 | Karel ABRAHAM | Reale Avintia Racing | Ducati | 1 volta | |
Não completaram | ||||||
5 | Johann ZARCO | Red Bull KTM Factory Racing | KTM | 10 voltas | ||
30 | Takaaki NAKAGAMI | LCR Honda IDEMITSU | Honda | 22 voltas | ||
46 | Valentino ROSSI | Monster Energy Yamaha MotoGP | Yamaha | 22 voltas | ||
42 | Alex RINS | Team SUZUKI ECSTAR | Suzuki | 24 voltas |
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