Panigale V2 e Streetfighter V4 são destaques da Ducati World Première
Além da sucessora da 959 Panigale e da nova naked topo de linha, fabricante atualizou Panigale V4 e revelou nova versão da Multistrada 1260
Por Gabriel Carvalho
Por Gabriel Carvalho
Nesta quarta-feira (23), aconteceu a Ducati World Première, evento organizado pela fabricante italiana no qual a marca apresenta a linha 2020 para o mundo.
Uma das novidades que já se sabia que seria apresentada era a versão de rua da Streetfighter V4, naked que tem como base a Panigale V4, a agora superesportiva topo de linha da família. Outro destaque confirmado na Ducati World Première foi a Panigale V2, que substitui a 959 Panigale.
Além disso, a fabricante de Borgo Panigale apresentou a Multistrada 1260 S Grand Tour, atualizou as Panigale V4 e V4 S com a carenagem e as asas da Panigale V4 R e revelou uma Diavel 1260 S vermelha.
A grande estrela do evento, como anunciara a própria fabricante há algum tempo, foi a nova naked topo de linha da marca, a Streetfighter V4. Foram apresentadas duas versões, a Streetfighter V4 e a Streetfighter V4 S.
Tanto a Streetfighter V4 quanto a V4 S compartilham design - as asas presentes na versão que disputou a prova de Pikes Peak estão nas duas opções de rua - e o motor Desmosedici Stradale, que na naked desenvolve 208 cv de potência a 12.750 giros e torque de 12,5 kgf.m a 11.500 giros.
Na parte de eletrônica, a Streetfighter V4 conta com o pacote eletrônico da Panigale V4, que inclui quickshifter bidirecional, controle de tração e ABS atuantes em curvas, controle de slide, controle de freio-motor, controle de largada e anti-wheelie, além dos modos de pilotagem.
O que diferencia os modelos é a suspensão eletrônica da Öhlins, presente apenas na versão V4 S - a Streetfighter V4 standard conta com Sachs na dianteira e Showa na traseira - além das rodas Marchesini, presentes também apenas na V4 S. Com as diferenças, a Streetfighter V4 S é mais leve do que a Streetfighter V4: 199 quilos em ordem de marcha, contra 201 quilos da standard.
Essa era uma novidade esperada e que até já havia sido flagrada em testes, mas que se confirmou na Ducati World Première: a Panigale V2 passa a ser a moto de entrada na família de superesportivas da fabricante, substituindo a 959 Panigale.
Ao atualizar a 959, a Ducati optou por mudar o nome e padronizar a família, como acontecia antes com a 1299 Panigale e a 959 Panigale, por exemplo. Como hoje a topo de linha é a Panigale V4, a fabricante seguiu a filosofia e agora a Panigale V2 é a irmã menor da moto que chegou recentemente ao Brasil.
Além das mudanças no design, aproximando-a da Panigale V4 não somente no nome, a Panigale V2 teve o propulsor de dois cilindros atualizado para se adequar às normas Euro5 de emissão de poluentes e entrega lá fora 157 cv de potência a 10.500 giros e torque máximo de 10,61 kgf.m de torque a 9 mil giros - contra 152 cv e 10,37 kgf.m da 959 Panigale nas mesmas faixas de rotação do motor.
A Panigale V2 recebeu mais recursos eletrônicos do que a antecessora, graças à introdução de uma central inercial. ABS com atuação em curvas, quickshifter, controle de tração, controle de freio motor e antiwheelie estão entre as ajudas eletrônicas para o piloto, que pode controlar os recursos e os três modos de pilotagem através do novo painel TFT de 4,3 polegadas que possui design semelhante ao da Panigale V4.
Não foi desta vez, no entanto, que chegou a Multistrada com radar. Já era de conhecimento público que a Multistrada V4 não seria apresentada nesta edição da Ducati World Première, mas especulava-se que o recurso de monitoramento do que acontece ao redor da moto fosse exibido em uma nova Multistrada 1260 S.
A Multistrada 1260 S Grand Tour, porém, traz malas laterais de série, faróis de neblina, aquecedores de manopla, assistente de parada em aclives, cruise control, antiwheelie, controle de tração, quickshifter bidirecional, ABS que atua em curvas e faróis de curva, além de suspensão eletrônica.
As novidades mais 'radicais', digamos, devem ficar para a Multistrada V4 - que chega, segundo a fabricante, em 2021.
A superesportiva, grande atração da edição anterior do evento quando teve a versão V4 R apresentada - tal variante foi lançada para que a fabricante pudesse promover a estreia da V4 no Mundial de Superbike nesta temporada - recebeu pequenas atualizações para 2020.
Entre modificações menos visíveis - redução da rigidez no chassi, modificação na dureza das molas e elevação do centro de gravidade em 5 mm, por exemplo - a marca de Borgo Panigale adotou em todas as versões da superesportiva a carenagem da versão V4 R.
Isso significa que desde a versão V4 standard a topo de linha da família Panigale passa a contar com as asas na porção dianteira da moto. De acordo com a Ducati, as pequenas aletas localizadas ao lado dos faróis dianteiros produzem 30 quilos de pressão aerodinâmica a 270 km/h. Por fim, todas as versões passam a adotar o controle de tração Evo2, uma das apostas da fabricante.
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