Motos da Primeira Guerra Mundial
Bem resumido, dá para ter uma boa idéia a respeito e do surgimentos de alguns modelos.
Por Trinity Ronzella
Por Trinity Ronzella
Inicialmente vamos deixar bem claro que o assunto não é a guerra, suas causas ou quem fez ou falou qualquer coisa, a proposta desse texto é simplesmente mostrar alguns detalhes das guerras que ouvimos falar e associar com os modelos de moto usados na época. Devido a elas, mudaram alguns cenários em relação as motos que nos permite desfrutar dos modelos atuais.
Já citei em alguns textos sobre motos antigas em que os fabricantes deixaram de produzir motos para produzir armas ou outros veículos, por outro lado, alguns fabricantes aumentaram a produção para atender a demanda dos exércitos, as vezes aliados, ou ainda, se viram obrigados a produzir para os inimigos.
A própria Harley Davidson esteve envolvida na produção de motos para guerra, como relatamos em matéria que vale a leitura, é bem interessante saber que a Harley teve um lado off road. Para chegar na matéria é só clicar aqui
Temos o caso da BSA também, que inicialmente produzia armas, munição, bicicletas além de moto, mas teve que suspender a produção de um modelo incrível para dar ênfase em munições e bicicletas para guerra. Sim, bicicletas!
A história é bem interessante, e pode ser acessada clicando aqui
As motocicletas começaram pra valer mesmo no início do século XX, antes disso eram peças artesanais praticamente. Logo a partir de 1901 surgiram marcas famosas como Indian e Harley e os modelos foram se aprimorando a ponto de sairem das pistas para serem militarizadas.
Devido ao assunto do momento, muito infelizmente ser a guerra, vamos entender a relação das motos com elas, e melhor, conhecer algumas obras primas que deram início aos modelos que vemos hoje! Vamos lá?
Nesse período se usou muito a moto para agilizar tanto o “leva e traz” de informações, como também, facilitando a retirada de ferido e transporte de médicos. Eram usadas também, motos com Sidecar, e ainda, algumas com macas adaptadas que levavam pessoas, munição e mantimentos para o campo de batalha e ainda, as "Machine gun".
A velocidade da informação fazia muita diferença na época, tanto que para isso, a Indian Motorcycles, maior fabricante de motos da época, produziu a Military Powerplus, fundamental para os Estados Unidos, que comprou quase 50.000 delas durante a guerra. Isso fez com que toda a dedicação da Indian fosse direcionada para guerra, sem perceber que seus revendedores quase não tinham motos para vender. Foi aí que a Indian perdeu espaço no mercado.
Já a Harley-Davidson ficou na produção com 20.000 motos para a guerra e manteve seus revendedores abastecidos, o que fez toda diferença ao final da guerra. Esse episódio fez a grande diferença entre as duas marcas, foi onde a HD deslanchou.
Siegfried Bettmann, imigrante alemão, fundou a Triumph em Coventry (Grã-Bretanha) e uma filial em Nuremberg (Alemanha), no final do século XIX, mas sua primeira moto saiu da linha de montagem em 1902, antes do início da guerra. Muito conhecida atualmente, na época da guerra também esteve presente com toda sua produção de 30.000 motos. Um detalhe interessante é que, a filial alemã da Triumph, produzia motos conhecida como TWN (Triumph Werke Nürnberg).
Fora tudo isso, foi a britânica Douglas Engineering Company, dos irmãos Douglas Willian e Eduard, fundada em 1882, que ficou famosa com seus motores boxer bi-cilíndricos, entrando pesado na guerra produzindo 70.000 motos.
A Royal Enfield também foi importante para o Exército Britânico. Motocicletas com Sidecar foram usadas como ambulância mas, o mais notável foram as metralhadoras Vickers montadas em uma plataforma reforçada. testemunhas oculares dos campos de batalha perto de Ypres em 1915 relatam sobre o “serviço inestimável” prestado por uma bateria de Royal Enfield com metralhadoras, combatendo várias ondas de ataques inimigos!
As motos estiveram presentes até na Revolução Mexicana (1910), do famoso Pancho Villa, que entendeu que as Indians poderiam fazer diferença para seus ataques, que buscavam muito resumidamente, a reforma agrária e a revalorização da cultura indígena mas, em um episódio pontual, Villa matou dezesseis americanos e os Estados Unidos invadiu o México levando algumas Harley, mas não acharam Villa com as Indian.
A Primeira Guerra Mundial serviu de divisor de águas e veio a mecanização, fortalecendo a idéia de que as motos eram os mais viáveis substitutos para os cavalos, até porque, salvo uma ou outra situação pontual, o uso dos cavalos não foram tão bem sucedidos contra carros blindados e tanques fortemente armados.
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