Uma viagem pelo norte do Brasil em uma V-Strom 650 - parte 1

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Por Gabriel Carvalho

FOTO: Divulgação

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Ronaldo José

Novamente a ansiedade estava tomando conta de mim, por vários meses antecedentes a minha partida em dezembro/18 para rodar nos quatro últimos estados brasileiros que me restavam, com as graças de Deus mais um sonho iria se tornar realidade em minha vida. Os estados de Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima, totalmente desconhecidos, intrigantes e desafiadores, fizeram com que eu estudasse os roteiros há algum tempo - creio que desde a última viagem de Midnight XVS950 a todo o Nordeste em 2015, publicado também aqui no MOTO.com.br. 

Decidira por um trajeto de ida por Aparecida do Tabuado/MS, para passar por Primavera do Leste/MT, para encontrar uns amigos. Caminho esse que já conhecera há algum tempo, deixando a volta programada por Cuiabá/MT, seguindo na BR163 e passando por Coxim/MT para rever outro amigo, o que não veio a ocorrer devido mudanças do percurso durante a viagem. Meses antes começara todos os preparativos necessários como de costume, agora para uma viagem mais longa em dias e em quilometragens, cuidados esses tanto com a moto para evitar problemas na estrada como também com meu próprio condicionamento físico, para que a viagem se tornasse menos cansativa. 


Foto: Ronaldo José/Acervo Pessoal

Dois meses antes já começava sentir a viagem se concretizando, meu patrão Luís Aurélio me presenteou com pneus novos, pastilhas de freio, kit relação e vários outros acessórios tão importantes para uma viagem desse porte. Seria uma viagem em estados talvez com menos recursos técnicos, era necessário eu sair com a moto zerada para não ter problemas futuros. Tive também apoio da empresa em que trabalho, uma boa gratificação e antecipação de minhas férias coletivas para que pudesse viajar tranquilo e estar de volta para passar o natal com minha família. Agora sim, já com os dias livres, a moto revisada, mapas, bagagem, tudo pronto, era só segurar a ansiedade para partir rumo a esse novo desafio. 

30/11/2018 - Saída: Assis/SP x Alto Taquari/MT 

Consegui antecipar ainda em mais um dia minha saída, depois de fazer a via sacra despedindo de alguns amigos motociclistas, saí com tranquilidade no dia 30 de novembro de Assis/SP com o tempo quente porém muito nublado e por volta de 9h30 da manhã já estava pegando a estrada SP284 para Paraguaçu Paulista/SP, seguindo sentido Jales/SP e chegando até Santa Fé do Sul/SP pela SP320, divisa com o Mato Grosso do Sul, onde atravessei o rio Paraná, alcançando a primeira cidade: Aparecida do Taboado/MS.

Fui seguindo conforme uma viagem minha anterior pela MS306 passando nas cidades de Parnaíba/MS, Cassilândia/MS divisa com Goiás, Chapadão do Sul /MS, região toda plana com estradas retas - em alguns trechos a estrada é tão plana que se perde de vista o final da estrada.

Outros trechos seguem também margeando com a divisa com Goiás e cheguei após os 780 quilômetros rodados para pernoitar no primeiro dia em Alto Taquari/MT.

01/12/18 - Alto Taquari/MT X Chapada Dos Guimarães/MT 

O dia amanheceu com muita chuva, mas já cedo peguei estrada com destino à Primavera do Leste/MT, que mesmo saindo um pouco da rota era onde pernoitaria naquele dia e iria rever um amigo. Peguei uma estrada tão ruim nessa manhã chuvosa, que além das muitas carretas que vão trocando de faixa a fim de evitar os buracos, a chuva permanecia constante.

Esses transtornos duraram todos os 63 quilômetros até chegar na cidade de Alto Araguaia/MT. Dali em diante pela BR364 rumo à Rondonópolis/MT a situação melhorou muito, menos chuvas e um pouco mais intercaladas. O tráfego de caminhões ainda era grande, mas as pistas já eram muito melhores. Passei pela cidade de Pedra Preta/MT região montanhosa muito bonita e cheguei a Rondonópolis/MT. Resolvi continuar na idéia de sair do trajeto e nos 130 quilômetros para Primavera segui pela MT130 passando por Poxoréo/MT e Coité/MT, chegando à Primavera do Leste/MT por volta de umas duas horas da tarde.

Meu amigo de lá, o “Cascão”, um motociclista bacana, recebeu-me com muita satisfação, convidando até para que ficasse em sua casa, mas novamente a chuva voltou e resolvi então fazer render mais esse dia em que saí da rota e continuei rodando mais um pouco pela BR070 até Chapada dos Guimarães/MT, percurso esse de uns 180 quilômetros que passei com as chuvas mais fortes da viagem. No fim, foi tranquilo e já a noitinha estava bem hospedado em umas das inúmeras pousadas existentes. 


Foto: Ronaldo José/Acervo Pessoal

02/12/18 - Chapada dos Guimarães/MT x Vilhena/RO 

Acreditava que amanheceria tempo bom, mas o domingo amanheceu novamente totalmente nublado e chuvoso, tempo melhor que o dia anterior, mas que prometia chuvas o dia todo. Saí cedo pela BR174 e depois na BR364 para rodar os 820 quilômetros até Vilhena/RO. Dei uma parada rápida em Cuiába/MT para rever o Estádio Arena do Pantanal, o qual já tinha visto em 2015, e fui seguindo pela BR em meio à quantidade de imenso tráfego de carretas que rodam por lá além dos vários animais mortos de dar dó que se vê jogados à beira da estrada.

De Cáceres/MT em diante a chuva foi dando uma trégua e a viagem foi seguindo mais gostosa, mas o tanto de carretas continuava a mesma coisa. Passei pelas cidades Pontes e Lacerda/MT, Conquista do Oeste/MT e Comodoro/MT, e já na BR364 alcancei no final da tarde a cidade de Vilhena/RO, primeira cidade após divisa com Mato Grosso, restando apenas três Estados para rodar. Entrei na cidade e achei sem demora um hotel ali mesmo próximo a BR, saída à noite só mesmo num pequeno Shopping próximo para conhecer e tomar um lanche e voltei ao hotel para um bom descanso. 

03/12/18 – Vilhena/RO x Porto Velho/RO 

Hora de começar a seguir para capital Porto Velho/RO, agora com o tempo já mais quente. Continuei pela BR174 para finalizar nesse dia os 700 quilômetros de percurso e me acomodar em um bom lugar na capital, pois seria estadia na ida e na volta do Acre. Nesse trajeto já tinha visto antes que entre Pimenta Bueno e Cacoal havia uma ponte interditada devido à estrutura precária.

Por isso, passaria por um desvio na chegada em Pimenta Bueno, saindo da BR pela RO-010 sentido Nova Estrela de Rondônia e depois na RO-383, aumentando em pouco mais de 40 quilômetros o trajeto. Nesse desvio em estrada vicinal, mais carretas nos dois sentidos, tudo com velocidade reduzida, pista simples sem acostamento, esburacada, isso por vota do meio-dia com o sol rachando. Com paciência e cuidado, completei esse desvio e retornei a BR já em Cacoal.

Daí em diante a viagem fluiu, fui passando por várias cidades dentre as quais Pres. Médici, Ji-Paraná, e Ariquemes, chegando tardezinha nessa famosa capital. Foi só chegar e parar pra uma foto na entrada e a chuva voltou dar as boas vindas. Defini um bom hotel em local estratégico de fácil acesso, bem próximo ao entroncamento BR364 e BR319, que me facilitaria sair para o Acre e depois retornar. Fiquei no Hotel Caribe, preço bom, ótimo atendimento, café da manhã espetacular, um lugar que eu recomendo. 

04/12/18 – Porto Velho/RO x Manoel Urbano/AC 

Deixei umas bagagens guardadas no hotel para ir com menos peso na moto, pois iria ao final do Acre e retornaria para o mesmo lugar alguns dias depois. Cedinho tomei um bom café e parti novamente pela BR364 sentido final do Acre, passei por Jaci Paraná, Jirau e após uns 160 quilômetros estava passando num dos trechos mais difíceis da viagem, principalmente na volta devido às chuvas.

Parte da rodovia com meia pista de tráfego, sendo aterrada para tentar conter as alagações constantes nas épocas de chuvas, aterramento esse com um tipo de areia grossa “tabatinga” que veio a comer ainda mais rápido minhas pastilhas de freio. Depois de uns 40 minutos parado na barreira consegui atravessar com velocidade reduzida e filas de veículos e carretas esse trecho.

Seguindo pela BR cheguei no ponto da travessia de balsa o Rio Madeira em Abunã – que inclui também um pedacinho da Bolívia. Mais alguns 150 quilômetros rodados já estava atravessando a divisa Rondônia /Acre, ficando restando Amazonas e Roraima. Entrei no Acre com rodovias planas e muitas retas, logo estava passando pela capital Rio Branco seguindo sentido Cruzeiro do Sul. Rodei até a noitinha pernoitando em uma cidadezinha chamada Manoel Urbano, lugar muito humilde, com mínimo de infraestrutura, já realçando mesmo o que é o interior do Acre

Até que achei um hotelzinho um pouco melhor, mas o dono sem muito interesse não me deu opção onde guardar a moto. Entre ficar com a moto na frente do hotel e com preocupação optei por um lugar bem inferior na companhia de pernilongos, mas com garagem. 


Foto: Ronaldo José/Acervo Pessoal

05/12/18 – Manoel Urbano/AC x Mâncio Lima/AC x Guajará/AM 

Um café com tapioca em um barzinho na cidade e já estava pronto a continuar pela BR634 para rodar os 460 quilômetros até meu destino final dessa primeira etapa da viagem. Quase nenhum posto de abastecimento nesses trechos, passei por Feijó/AC e mais adiante na região de Tarauacá/AC a estrada estava um tanto esburacada, trecho de uns 40 ou 50 quilômetros ruins, que levaram certo tempo para percorrer, mas o restante mesmo sendo em pista simples está em perfeitas condições.

Já pela hora do almoço num certo ponto avistei um carreteiro parado em uma casinha restaurante na beira da rodovia, aí foi um convite só, parei também e almocei uma comida caseira deliciosa com peixe tambaqui,conversas boas e segui viagem sempre vendo as inúmeras casinhas em palafitas as margens da rodovia, chegando em Cruzeiro do Sul/AC entrei para conhecer e tirar algumas fotos.

Restando agora só uns 40 quilômetros para chegar ao meu destino final fui com tranquilidade novamente em estrada vicinal, asfaltada mas um pouco precária, e finalmente cheguei à Mâncio Lima, estava na última cidade ao final do Acre, extremo ocidente do Brasil, local próximo a Serra do Divisor divisa com Peru.

Cidade pequena de uns 20 mil habitantes, final da linha para mim, dali em diante somente de barco se fosse seguir para outras regiões. O destino mais famoso é um passeio na Serra do Divisor, mas teria que ter mais tempo pois a viagem é de uns dois ou quatro dias de ida e volta dependendo do barco, uns três dias para conhecer e fazer os passeios, inclusive ao marco da divisa Brasil e Peru.

Não foi possível, mas já estava por demais satisfeito e realizado em ter chegado até ali de moto. Conversei com muitos barqueiros, apreciei bastante aquele lugar, fiquei um tempão na cidade, fiz lanches, dei uma revisada na moto e bagagens e tive o prazer de encher o tanque com a gasolina mais cara de toda a viagem - R$ 5,78 o litro.

Como estava tão perto do Amazonas, porque não dar um pulinho lá pra conhecer Guajará e assim concluir o Brasil? Não pensei duas vezes e logo estava atravessando a divisa chegando nessa cidadezinha. Arrumei um quarto um tanto ruim - os pernilongos tive que mandar sair pra eu entrar - mas pelo menos o veneno de tomada que minha mulher pôs nas minhas bagagens funcionou. Que bom ela ter insistido em eu levar!

06/12/18 – Guajará/AM x Acrelândia/AC 

Entrar no Amazonas, último estado que me faltava foi muito marcante, apesar do pernoite desgramado que tive. Mas adeus Guajará, hora de começar o caminho de volta para Porto Velho e tentar rodar pela BR319 para Manaus. Antes parei numa casinha onde servia um café da manhã típico da região - quantas variedades - e aí sim tive a recompensa de passado por essa cidade, extremos que se completam num mesmo lugar.

Passei novamente por Cruzeiro do Sul e pé na estrada para rodar o quanto pudesse nesse dia, queria chegar o mais próximo da divisa com Rondônia. Fui seguindo na BR364 relembrando as paisagens vistas anteriormente, em minhas viagens sempre tento traçar trajetos de ida e volta diferente, mas dessa vez não foi possível, nem nesse trecho Porto Velho x Cruzeiro do Sul, nem no próximo ainda por vir entre Manaus x Pacaraima, são trajetos de uma única via de acesso.

Rodando na estrada, pouco antes de Tarauacá, de longe eu vi um macaco bem no meio da pista, totalmente livre, aí já sabe né, um tempão parado num sítio ali vizinho apreciando esse animal, o Miterram, um carinha bacana de lá, me apresentou esse macaco o Ribamar, que aos poucos foi fazendo amizade e pegando confiança, só assim que pude tirar várias fotos.

Logo estava passando pelas partes esburacadas da estrada, novamente com cuidado e sem pressa, fui passando pelas cidades Feijó, Manoel Urbano e Sena Madureira chegando a capital Rio Branco, onde entrei para passar no banco e abastecer no mesmo posto de dias atrás. O fim da tarde estava ali e resolvi rodar mais um pouco até achar um lugar para pousar em um posto na BR mesmo, já na região de Acrelândia/AC bem próximo a divisa do estado de Rondônia, este dia rendeu bem, restando pouco mais de 300km para chegar em Porto Velho. Pernoitei em um posto ali mesmo na beira da BR com sistema de hotel, só que contrário de Guajará os apartamentos ali eram de primeira categoria. 

07/12/18 – Acrelândia/AC x Porto Velho/RO 

Já cedo o tempo estava ruim e chuvoso, tomei café, abasteci e poucos quilômetros depois já estava enfrentando aquele trecho ruim no levantamento da pista após travessia de balsa em Abunã, mas desta vez foi tornou ainda mais difícil, pois, além da pista sendo aterrada a chuva voltou a castigar forte, o movimento estava muito grande, tanto em veículos e carretas como de máquinas nas obras, exigindo cuidados redobrados.

Com calma fui passando esse pedaço e pegando novamente asfalto, mas com chuva forte no lombo ainda. Passei pelas cidades de Jirau e Jaci-Paraná, chegando em Porto velho pouco depois de almoçar em um pequeno posto na beira da BR. Fui direto para o hotel onde tinha deixado minhas coisas, deixei reservado um quarto e fui ao porto reservar vaga num navio para Manaus, pois até então as informações que tinha era que pela famosa BR319 qual eu tinha planejado rodar não me dava as condições devido as fortes chuvas que já estavam caindo pela região, seria risco demais se aventurar sozinho com uma moto pesada e pneus impróprios pela mata adentro, então resolvi usar o bom senso.

Procurei no porto pelo navio que seguiria na manhã seguinte, conversei com o dono que me fez um abatimento para R$ 750 a minha passagem mais a da moto - fica essa dica aqui: sempre procure o dono do navio para dar um preço melhor, evite atravessadores - deixei pago em dinheiro e fui procurar uma oficina para rápida revisão na moto, conserto de um parafuso que quebrou no suporte do baú traseiro e troca de óleo e filtro, não tendo uma concessionária Suzuki na capital, o jeito foi ir em uma de outra marca mesmo e pedir auxílio ao mecânico de lá. Por sorte por sorte o Marcelo das vendas e o mecânico Jeferson passaram até do horário para deixar quase tudo pronto para o meu próximo dia, ficando somente resolver dos parafusos para o suporte. Voltei ao hotel e desfrutei da comodidade, pois sabia que durante as próximas três noites no navio não seriam de grande conforto em rede e banho gelado. 


Foto: Ronaldo José/Acervo Pessoal

08/12/18 a 11/12/18 – Porto Velho/AC x Manaus/AM (Barco) 

Acordei bem cedo, tomei um maravilhoso café no hotel e sai logo para comprar os parafusos e passar novamente na Yamaha para o Jeferson terminar de arrumar o suporte do baú. Feito isso já fui para o porto embarcar a moto no barco Almirante Moreira IX, com saída prevista para meio-dia. Engano meu, toda pressa de acordar cedo e correr para arrumar o baú, pois partimos apenas às 17h30. O atraso se deu por conta da espera de caminhões de limão para carregamento no barco - o que me lembrou muito minha época de Fepasa, em que os trens também sempre circulavam atrasados.

Com a ajuda de dois tripulantes, embarquei a moto por uma prancha colocada entre o porto e o barco, e depois dei R$30,00 à eles, bem melhor dos 100 que os carregadores do porto queriam me extorquir - nesses lugares tem que ter atenção, primeiro chega um, depois outro, quando você vê já tem uns cinco ou seis querendo o serviço e assim vai, parece uma máfia e se não houver atenção é só dinheiro que vai.

Com tudo pronto, foi só aguardar a saída. Finalmente partimos de Porto Velho no fim de tarde, tempo quente, navio lotado em cargas e passageiros - total de 95 mais alguns da tripulação - com previsão de chegada em Manaus para quarta-feira às 4h. Aproveitei para ligar em casa e deixar todos tranquilos e dizer que durante a viagem no rio o sinal se perde e volta só quando está passando perto de alguma cidade.

Durante uma viagem assim de alguns dias em torno de uns 1.300km descendo do Rio Madeira, esbarrando sempre nas mesmas pessoas, vão se fazendo alguns amigos. Tive o prazer de conhecer vários, muitas conversas e histórias sobre aquela região. Conheci o Moisés, um professor que mora em Manaus, o Leonardo um cara típico da região, que não via hora de descer em Nova Aripuanã/AM e cair ir para dentro da mata trabalhar em serraria.

Muita conversa com alguns dos tripulantes e com alguns garimpeiros que iam desembarcando ao longo do rio. Amizade também com um dos principais tripulantes, o cozinheiro Rogério, garantia de comida boa e cafezinho toda hora, cara bacana, gente finíssima da melhor qualidade, com muitas histórias de navegação e sobre os vários rios da região amazonense para contar. 

O barco deu uma boa adiantada e na terça-feira mesmo por volta de 16h já estávamos chegando em Manaus, desembarquei rápido a moto do barco, claro que com ajuda de carregadores por R$40,00 - e já fui na cidade achar uma oficina para trocar as pastilhas de freio, mas novamente não encontrei da Suzuki.

Por sorte, logo conheci o Zequinha, um mecânico experiente e apaixonado por motos, e também tinha um cara muito doido lá, o Nilom, piloto nato, gente finíssima pelo que parece. Ele me colocou em sua garupa e saímos pela cidade para achar as pastilhas. Foi rápido e logo estava com a moto em ordem. Já anoitecendo fui para casa da família de um antigo amigo que era daqui de Assis, o Giuseppe, que me acolheu em sua casa naquela noite e ainda por cima com um banquete de jantar, receptividade nota dez desse velho amigo. 

Na próxima quinta-feira o MOTO.com.br publica a segunda e última parte da jornada de Ronaldo. Fique ligado!


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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