Uma mulher apaixonada por sua moto
A bordo de uma intruder 125cc, Regane e seu marido viajaram quase dois mil KM.
Por André Jordão
Por André Jordão
Regane Maria Tenroller
Em setembro do ano passado meu esposo e eu pegamos a estrada de moto pela primeira vez. Saímos de Sinop, a 500 km de Cuiabá (MT), e fomos até Jaciara (MT). Rodamos ao todo 1.900 km (ida e volta).
Foi emocionante e pretendemos já marcar nossa próxima viagem para julho deste ano.
Todos nos chamaram de loucos, pois partimos em nossa Suzuki Intruder 125 para essa viagem. Os avisos para os perigos e para os cuidados foram muitos, mas nós não nos deixamos intimidar.
BR 163 que nos leva ao “Brasil” , como brincamos, é uma pista única e mais ao norte estava com muitos buracos, todo cuidado realmente é pouco.
Mas a viagem foi tranquila, levamos 9 horas para rodar 500 km, pois além de não acelerarmos muito, nossa moto também não corre, o que em parte é bom.
Um fato interessante é que quando os motoristas dos caminhões e outros carros percebiam que era uma mulher que pilotava, ficavam espantados. Foi hilário. Isso mesmo, eu pilotei o tempo todo.
Ficamos alguns dias em Cuiabá, fomos conhecer o Lago da Barragem do Rio Manso e os vários condomínios existentes na região. Gostamos muito do Condomínio Morro do Chapéu, lugar em que almoçamos, um peixe delicioso.
Num outro dia fomos até o Hotel Mato Grosso Águas Quentes e depois para Jaciara, para praticar rafting. E eu pilotando. É incrível, mas ainda há uma certa discriminação quando os homens percebem que é uma mulher que está conduzindo.
Quando falávamos que só eu pilotaria, fica mais perceptível o espanto de todos. As mulheres também diziam que sou louca.
Não me intimidei e fui embora. Continuaremos nossa viagem comigo à frente. Como dizem, peguei o gosto. Em nossa próxima viagem estamos pensando em ir até Brasília, sempre com nossa Indruder.
A única coisa para uma mulher que é terrível no caso de viajar de moto é não poder levar todos os apetrechos que gostaria de levar, para vocês terem uma idéia, só levei o tênis que estava nos pés e um par de sandálias havaianas, acreditem se quiserem.
Passamos um pouco de frio na volta, pois pegamos chuva e como não tínhamos levado outro par de calçado, tivemos que andar alguns quilômetros com o tênis e as meias ensopados.
Para a próxima já disse para meu marido, temos que comprar outra mochila para caber um pouco mais de coisas.
Um abraço a todos e até a próxima viagem.
A “motonauta” Regane Maria Tenroller participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.
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