Teste de resistência da STX 200
Motociclista percorre 1.700 km entre as cidades de Aracaju (SE) e Cidade do Crato (CE).
Por Leandro Alvares
Por Leandro Alvares
Paulo Sergio Barboza
Meu dia começou atípico na madrugada do dia 2 de fevereiro. Saí às 5h da cidade de Aracaju (SE) em direção à Cidade do Crato (CE) com minha Sundown STX 200 off-road, num percurso de 1.700 Km ida e volta.
A viagem foi mais ou menos tranquila, apesar da moto ter um péssimo desempenho em viagens de longa distancia, mas isso eu já sabia. Gosto dela, mas sei que é feita apenas para vias urbanas.
O modelo não passa de 110 Km/h. A essa velocidade, a vibração é extrema e causa um desconforto anormal, por isso mesmo não esgotava o punho.
Vi de tudo ao longo da aventura: estradas boas e outras que mais pareciam crateras lunares. Peguei também 220 Km de trecho de chão entre a cidade de Carira (SE) e Jeremoabo (BA), onde a STX se comportou muito bem, pois em trilha é ótima.
Estrada tinha muitas pedras soltas, pedregulhos enterrados e pontiagudos que faziam a moto patina e pular muito, mas nesse caso eu esgotava o punho, já que amo fazer trilha.
Após completar 400 Km, parei em um posto de gasolina na cidade de Floresta (PE) para abastecer. Quando tentei ligar a moto, vi que a bateria arriou. Nesse momento, me arrependi de ter ido de moto. Não pela viagem, mas sim pela motocicleta.
Coloquei outra bateria e segui viagem, tirando a Bahia da divisa de Sergipe até Paulo Afonso, novamente em território baiano. As estradas estavam ótimas, com retas de até 130 Km ininterruptas, mas a moto não andava.
Cheguei à cidade do Crato às 18h30 em ponto (na ida fui com garupa). A volta foi bem mais tranquila, pois estava sozinho. Saí às 4h da manhã da última terça-feira (10) e cheguei a Aracaju, minha terra amada, às 14h45.
Nesse tempo, a moto já tinha estourado os retentores das duas bengalas e queimado a lâmpada do farol, mas isso tinha acontecido ainda na cidade do Crato. Fiz todo o passeio com uma lâmpada que a STX tem para economizar pelo dia, mas mesmo assim amei a aventura.
Andar de moto é sem dúvida a melhor coisa do mundo, só perde para namorar. Não importa se ela é uma Biz ou uma R1; para quem ama moto, o vento na cara e a liberdade são indescritíveis.
O “motonauta” Paulo Sergio Barboza participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.
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