Em busca da liberdade no Sul do Brasil

Caminho cheio de curvas e espírito transbordando disposição, destino, Cambará do Sul.

Por André Jordão

Jerre Rocha

Cambará do Sul é onde a palavra liberdade encontra seu verdadeiro sentido. Não tem como eu começar a descrever minha aventura por essa cidade e seus arredores sem utilizar esta frase.

Dirigimos para lá na sexta à tarde, pois a cidade fica a 200 km de Porto Alegre. A estrada começa mesmo a ficar interessante após a cidade de Taquara. Com suas belas curvas, acostamento cheio de hortênsias, e passando por São Chico (São Francisco de Paula).

Cambará do Sul é conhecida como a "Terra dos Cânions", e no inverno está sempre entre os lugares mais frios do País. É uma típica cidade de interior que ainda conserva seus hábitos, seus cânions, lindas cachoeiras e suas imensas araucárias.

E por ter esta geografia, é palco de muitas campanhas publicitárias. A minissérie “A Casa das Sete Mulheres” e a novela “Chocolate com Pimenta”, da Rede Globo, foram às últimas produções que estiveram por lá.

Com uma população de 3.000 habitantes, dá para ter a ideia da tranquilidade que é a cidade, e a hospitalidade, sensacional.

Como nos hospedamos na fazenda do Sr. Renato, onde fica o Cânion do Itaimbezinho, saímos bem cedo, pois a natureza é imprevisível e a neblina pode aparecer a qualquer momento.

Ai vai uma dica para quem chega à cidade: Existe no centro da cidade o Centro de Informações Turísticas que poderá dar informações sobre os vários pontos a serem visitados, bem como hospedagem, etc.

O parque fica há 20 km do centro da cidade e abre de quarta a domingo. No parque há estacionamento próprio e uma sede com banheiros, lanchonete, espaço com exposição fotográfica e sala para apresentação áudio-visual.

O Custo de entrada no Parque é de seis reais mais o veículo. Com seus 5.800m de extensão, largura de até 2.000m e profundidade máxima de 720m, eu e Denia fizemos duas trilhas, uma bela caminhada, e avistamos duas quedas d’água.

A Trilha do Vértice. Ela possui 1400 metros (ida e volta). A duração média da caminhada é de 45 minutos. Nesta trilha é possível observar parte do Cânion Itaimbezinho.

Trilha do Cotovelo. Esta é mais longa, 6.300 metros (ida e volta). A caminhada dura em média duas horas. Nela é possível observar ainda 70% do Cânion Itaimbezinho.

A Cascata das Andorinhas corre pelo Rio Perdiz e despenca pela escarpa do Itaimbezinho. À tarde nos dirigimos para a Cachoeira dos Venâncios, com tempo limpo.

Indo no sentido Cambára, passando o pórtico da cidade, acredito que em torno de 10 km, há uma entrada à direita da cidade de Jaquirana, em boas condições, tu vai avistar a placa indicando a Fazenda Cachoeira. Após um pequeno trecho está à casa grande.

Pagamos R$ 4,00 para entrar. Um aviso importante, o chão é argiloso preto na descida da cachoeira, se estiver seco tudo bem, mas se não... E foi o que aconteceu conosco, descendo céu azul, mas após estarmos lá, mudou tudo e caiu muita água por alguns minutos.

Algumas fotos ficaram com pingos na lente, pois eu não queria perder a oportunidade de fotografar, o local é realmente demais. Possui quatro quedas formadas pelo Rio Camisas, é obrigatório esta visita.

Mas e a subida? Um carro atolado e uma caminhonete 4x4 caiu na valeta foram o saldo, o chão não tracionava. A solução parcial foi eu ir pelo meio do campo enquanto pude, mas quando tive que colocar na estrada encheu de barro e parou.

Para encurtar a história, sai rebocado por um trator no último pedaço da estrada. Mas vale a pena, como eu disse: Cambará do Sul é onde a palavra liberdade encontra seu verdadeiro sentido.

O “motonauta” Jerre Rocha participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.


Fonte:
Moto Repórter

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