Relato: Cambará do Sul terra do Cânion
Jerre Rocha continua contando sua maravilhosa aventura que só acresce experiência e amizades.
Por André Jordão
Por André Jordão
Jerre Rocha
Continuamos a viagem em Cambará do Sul, atrás das maravilhas naturais.
Saímos cedo em direção ao Cânion Fortaleza, mas a neblina impediu a visibilidade. Retornamos e fomos conhecer melhor a cidade e a Igreja Matriz São José, no centro. Como está em reforma não conseguimos visitá-la, apenas fotos externas. Começou a ser construída em 1945 e após dois anos foi inaugurada. A torre da Matriz tem 32 metros de altura.
Ao lado fica o Centro Cultural Doutor Santo Bornéo em uma casa que existe desde 1935. Na casa já funcionou escola, pensão (hotel), clube, bar, prefeitura e câmara de vereadores. No prédio, funciona hoje: - a Secretaria Municipal de Turismo; - a Biblioteca Pública; - e o Museu Irmã Tarsila Afonso. Mas como era cedo, fomos para mais um dos atrativos da cidade.
Cachoeira do Tio França. Ela fica dentro de uma propriedade particular, Cabanha Rancho da Estalagem, você deve se dirigir a agencia de turismo Colina, bem na entrada da cidade à direita, ao lado do hotel, e pedir autorização.
Percurso de 3 km estrada de chão batido, em bom estado. Na realidade é o conjunto de duas cachoeiras na corredeira, sendo que a principal é Cachoeira do Francis com uma altura de uns 15 metros. Mas cuidado quanto à descida até as corredeiras, pois o terreno é íngreme.
Neste dia fomos cedo para a fazenda, dormir e recarregar bem as baterias para no outro dia fazer mais uma tentativa de visitar o Cânion Fortaleza.
Neste terceiro dia, amanheceu limpo, após algumas voltas pela cidade, ao meio dia, quando já estávamos nos preparando para ir para o próximo ponto, encontramos o Neto que estava viajando há uma semana, descendo de Florianópolis, tendo como companhia a moto, uma barraca e aventura.
Resumindo após conversarmos, ele nos acompanhou em nossa ida para o Cânion Fortaleza. O acesso é a continuação da avenida principal de Cambará do Sul, uma pequena parte asfaltada e mais 22 km de estrada de terra. É gratuito e ele fica dentro do Parque Nacional da Serra Geral.
A estrada onde fica o ponto de estacionamento dos veículos tem em torno de 4 km, depois de caminhada pelas trilhas. Chega a ter em alguns pontos 900 metros de altura, extensão 7,5km, imensos paredões.
Trilha do Mirante. Uma caminhada de 3 km (ida e volta) não é problema, fácil trajeto. Só que lá do topo se avista mais de 90% do Cânion e com uma vista sensacional. Como estávamos em um dia que a neblina mudava a todo o momento, nos paramos a observar as mudanças, tirar muitas fotos e sentar a beira do Cânion entrando em sintonia com a natureza.
No retorno ainda fizemos mais duas trilhas que foram: Trilha da Cachoeira do Tigre Preto, mais 3 km (ida e volta). Neste trajeto da para ver 10% do cânion Fortaleza e as três quedas água da Cachoeira do Tigre Preto.
Um lajeado possibilita a caminhada com uma água transparente. Na continuação da trilha pode se observar à cachoeira de frente. A queda d’água tem 400 metros de altura, e sou obrigado a falar uma coisa: Uma das cachoeiras mais bonitas que já vi, é um espetáculo.
Trilha da Pedra do Segredo. Na continuação da trilha da Cachoeira do Tigre Preto logo em seguida se chega a Pedra do Segredo. O que chama a atenção é que ela é formada por um bloco de cinco metros de altura e de aproximadamente 30 toneladas, e (caramba) a pedra está equilibrada em uma base de cinquenta centímetros.
Quando estávamos na visita ao Cânion entrou no grupo o Jéferson, de Dois Irmãos (RS), que estava em viagem solitária. E por ultimo a Ana Lucia de São Paulo, que encontramos na Casa do Turista. Terminamos o dia jantando juntos. Este passeio nos proporcionou aventura e a chance de fazer novos amigos.
Além da beleza natural, Cambará do Sul nos proporciona também todo um atrativo histórico e cultural. Sem falar na boa recepção que tivemos na Casa do Turista, um empreendimento público-privado, que visa dar apoio e orientação aos visitantes.
Voltaremos mais vezes, há muitos lugares a serem explorados, os quais não tivemos tempo de conhecer e projetos em andamento. Como o Castelo de São Jorge (Projeto Portugal), replica do castelo existente em Portugal, que será um centro de atrações luso-brasileiras, como: culinária, festivais de Fado, vinhos, entre outras.
Com certeza se tornará um referencial da história e cultura portuguesa e fará um resgate da história da colonização Açoriana na cidade, fazendo uma ponte entre Brasil e Portugal, Lisboa e Cambará do Sul. Abraço a todos.
O “motonauta” Jerre Rocha participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.
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