Destino Incerto: de São Paulo a Goiânia para Rally dos Sertões

Ton, do Destino Incerto, traz o relato da viagem entre São Paulo e Goiânia para acompanhar o principal rali do Brasil

Por Gabriel Carvalho

Parti de São Paulo e nem sinal de dia. A previsão era frio e chuva, mas só o frio compareceu. Ainda assim, lancei mão de tudo que estava disponível: capa de chuva, polar, aquecedor de manopla, até a bolha mais alta da Tiger Explorer - moto escolhida para esta jornada - fez diferença. O sábado preguiçoso custou em acordar, mas quando decidiu levantar deu um show.

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Já havia passado Limeira quando o sol laranja levantou no horizonte revelando os vales verdes com uma cerração baixa. As réstias de luz invadiam a cena criando efeitos especiais alaranjados. Pra comemorar o amanhecer incrível, parei para um café da manhã. Acabou sendo um café estranho com pão esquisito. Mas nesse dia ninguém me tira o humor!

A estrada era boa, mas podia ter mais curvas. A Bandeirantes acabou, virou Anhanguera e eu nem percebi, por estar sozinho, que cruzei Ribeirão Preto. Acho que as viagens em grupo me deixaram mal acostumados e a falta de companhia começou a deixar tudo sem graça. Procurei saber por onde andavam os demais voluntários que seguiam para Goiânia. Para o meu azar (ou não) todos seguiram pelo caminho alternativo. Fiz algumas contas rápidas e decidi aumentar em 70 quilômetros meu percurso para chegar praticamente junto com o grupo a Barretos. Onde eu decidi acompanhá-los na churrascaria.

Eu não sei quantas mil vezes aconselhei almoço rápido em viagens longas. Infelizmente, não segui meus conselhos e me manter acordado nos 100 quilômetros seguinte foi um esforço absurdo. E nada de posto, por duas vezes quase me entreguei ao cansaço. Assim que possível parei em um posto e um latão de energético me recuperou.

Voltei para estrada e tudo mudou pra melhor! E mudou mesmo. Nos primeiros quilômetros ao entrar em Minas Gerais, o pavimento estava horrível. Após alguns trechos em reforma, o problema está resolvido e a estrada segue lisa até Goiânia.

Organizei-me para parar a cada 250 quilômetros, o que foi muito produtivo para chegar cedo em Goiânia. Lá, a moto - toda equipada com baús laterais e até barraca sobre ela - foi recebida como um competidor do Rally. E não deixa de ser, mas nossa meta não é tempo mas sim sorrisos e saúde para quem precisa. Ao chegar ao Autódromo Internacional Ayrton Senna, encontrei-me com nosso maior ícone, nosso caminhão e os contêineres que abrigaram consultórios médicos na ação. Ao olhar para eles, os rostos estampados lembram as ações dos anos anteriores e das pessoas que encontramos pelo Brasil. 

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Logo todos os carros chegaram e fizemos nossa reunião de início para na sequência curtirmos a festa de abertura do Rally dos Sertões. Carros adaptados acelerando na rampa, pilotos com uniformes cheios de logo, fogos de artifício, arroz carreteiro e todo tipo de rostos, muitos deles nem imaginam o que aguardavam nos dias seguintes.

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A moto foi perfeita para o dia de grande deslocamento. Cumpriu os 1000 quilômetros do roteiro com eficiência. Bolha alta e manoplas aquecidas combateram o frio matinal, a posição ergonômica de pilotar e o assento largo garantiram conforto e o motor potente e a possibilidade de prender baús e malas permitiram que eu levasse meu equipamento fotográfico e tudo que eu precisaria para os demais 20 dias pelos sertões do Brasil.

Roteiro: https://goo.gl/maps/qzkMdZHa6cL2

Texto: Ton/Destino Incerto


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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