"Causos" da estrada: Muita zica junta
Quando você acha que o perrengue está terminando, ele apenas começou.
Por Adilson
Por Adilson
Mário Sérgio Figueredo
Lá estava eu, formoso e faceiro, fazendo sozinho um daqueles passeios de final de semana, na estada, quando aconteceu o pior pesadelo de qualquer motociclista: Pneu traseiro furado!
Putz, eu no meio do nada - ainda bem que era de dia - sem lugar nenhum pra deixar a moto e ir consertar o pneu.
Dei uma olhada em volta e vi um caminho de gente, que entrava no mato. Liguei a moto e fui até ele desmontado, entrando no mato. Andei uns 30 metros e achei um lugar legal e seguro pra escondê-la dos "amigos alheios".
Tirei o pneu com muita dificuldade e suadouro, estava quente naquele dia, sem falar na complicação que é tirar a roda das trail, que não têm o cavalete central (o macete é colocar uma pedra ou pedaço de madeira no lado oposto do descanso lateral). Mas consegui, peguei a roda, que pesa pra caramba e fui até a estrada pedir carona pra procurar um borracheiro, o que consegui após uns 30 minutos de espera.
Um senhor numa caminhonete me deu carona até um borracheiro que ficava a uns 15 km do local onde a moto estava. Consertado o pneu, foi quando pude sentir a dificuldade de se tirar e colocar no aro o pneu trazeiro da Sahara, coitado do borracheiro. Consegui outra carona pra voltar, o que foi bem mais fácil, pois eu estava num posto de gasolina.
Para achar o lugar em que escondi a moto foi outra dificuldade. Mato é tudo igual. Mas depois de andar um pouco com a roda a tiracolo, naquele calorão, achei.
Quando cheguei na moto, ela que apesar de azul, estava vermelha...de formigas. Sem perceber, tinha parado com a roda dianteira sobre um formigueiro, dos grandes.
Pra minha sorte, perto tinha um córrego onde achei água, que transportei dentro do capacete e depois de várias viagens consegui limpar o que deu de formigas.
Montei o pneu do jeito que pude, por causa das formigas e terminei de alinhá-lo junto com a corrente, no acostamento da estrada.
Mas é claro que não consegui tirar todas as formigas e na viagem de volta pra casa elas davam um jeito de entrar pela calça e pela jaqueta. Parei várias vezes pra me livrar delas, pois as vermelhinhas picam com vontade e dói pacas.
Pra me livrar totalmente delas, tive que desmontar o tanque, a carenagem e o banco e lavar com auxílio de um vaporeto.
Apesar de tudo, me diverti muito. Depois desse episódio comprei um daqueles “sprays” pra encher e consertar o pneu, acessório que passei a carregar em todas as viagens, mas nunca precisei usá-lo.
Importante: Ao sair para a estrada, nunca esqueça as ferramentas da moto. Sem elas, um simples pneu furado torna-se um pesadelo.
O “motonauta” Mário Sérgio Figueredo participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.
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