5.354 km
Colunista viaja para a Bahia e descreve boas paisagens e complicações nos pedágios
Por Aladim Lopes Gonçalves
Por Aladim Lopes Gonçalves
Reinaldo Baptistucci
Fechei o zíper da jaqueta, coloquei capacete, luvas e dei partida na Suzy. Chovia forte quando saí de São Paulo, mas às 3h30 da manhã apesar de alguns pontos de alagamento o trânsito nas avenidas era mínimo. Meu próximo destino... Bahia, sim mais uma vez estaria subindo para rever, amigos, barcos, coqueiros e rodar pela costa do Dendê, lá pras bandas de Canavieiras (BA), trecho novo que liga essa região até a ilha de Itaparica (BA) – Bom Despacho.
Na garupa além da minha tralha, óleo 4T, ferramentas e o inseparável canivete multiuso ia também grudado lá atrás, meu Anjo da Guarda, pois nesses anos todos pilotando e viajando de moto nunca viajei SOLO, é na verdade uma mania antiga e quase inexplicável mas que sempre me fez bem.
Outra tradição é convidar em pensamento um monte de parceiros estradeiros que se aglomeram no meu CISSI- BAR, e que durante o caminho vão dando conselhos e dicas, principalmente quando a coisa fica difícil ou mesmo na chuva impiedosa que compromete a visibilidade eles me ajudam a ter o tão necessário e almejado equilíbrio, e por falar em equilíbrio cansei de por o pé no chão, dada a quantidade enorme de pedágios que passei.
Fica complicado e até perigoso parar em uma Cabine com piso molhado, cheio de óleo, terra, lama, areia e ter que procurar LÁ no fundo do bolso da jaqueta – R$ 1,30 ou R$ 4,60 ou R$ 0,85, sem contar que o processo de retirada das luvas é normalmente doloroso e pior que isso receber aquele monte de moedas que escampam de sua mão e vão parar no chão, e com já tradicional ou eventual buzinada somado ao lampejo de farol do apressadinho que esta grudado na sua traseira, fui literalmente forçado para não atrasar a viagem de pilotar sem LUVAS. Facilita no manejo do dinheiro, mas é perigoso ao extremo em caso de um tombo.
A BR-101 no trecho carioca, agora chamada Via Fluminense, a estrada esta um tapete e cheia de pedágios, lisa e bem sinalizada seguindo assim direta e reta até a divisa do Espírito Santo de lá para Pedro Canário (ES) torna-se extremamente congestionada de “treminhões” – Carros e Motos Miúdas todos andando a milhão –, no trevo de Cariacica 10 km de trânsito, tanto na ida como na volta, eu como não tinha a menor pressa de chegar seja lá aonde fosse aproveitei para pilotar com tranqüilidade e rever a já bem conhecida paisagem tanto carioca como a capixaba.
Entrar na Bahia foi um alívio, pista ótima e com pouco tráfego. O sol quente não chegava a incomodar e o visual das montanhas de Itamarajú é único e inesquecível. Aproveito para fazer aqui um comentário sobre as viagens que no passado fiz para o Sul Baiano. Nunca foi assim, lembro de muitos buracos, verdadeiras crateras e pontes quebradas, sem acostamento e muito animal solto, principalmente à noite, porém, dessa vez foi mamão com mel, sem dúvida, valeram os 5.354 km que rodei.
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