Bate e Volta da ''Coxinha Dourada''

José Carlos Santos conta sua viagem à Bueno de Andrada em busca das famosas coxinhas.

Por Roberto Brandão

José Carlos Santos

Para quem ainda não conhece o importante distrito de Bueno de Andrada, aqui vão algumas coordenadas. Ele pertence à cidade de Araraquara, situada no noroeste do estado de São Paulo e distante aproximadamente 310 km da capital.

Se você ainda não se lembrou desse famoso distrito, vou refrescar sua memória: O relevante distrito de Bueno de Andrada é composto por uma estação ferroviária, a praça principal, que fica próxima a estação, uma Igreja, é claro, algumas vendas e a estrada vicinal que corta o distrito de ponta a ponta. Resumindo, Bueno de Andrada é um distrito de primeira, porque se você engatar a segunda já estará em outro município.

Ainda não lembrou? Então vamos continuar, com certeza você já deve ter ouvido falar do principal produto interno bruto de Bueno de Andrada, “As Coxinhas Douradas”. Sim, Bueno de Andrada ganhou fama nacional depois que o escritor Inácio de Loyola Brandão, nascido na região, publicou uma crônica no Jornal O Estado de São Paulo, em 2001, contando um pouco sobre a região e principalmente sobre a referida guloseima. Depois disso o pequeno distrito vive uma verdadeira corrida da coxinha, com amantes desse quitute vindo de todas as regiões do Brasil, para não dizer do mundo. E, como somos muito curiosos e estamos sempre à procura de novidades, resolvemos seguir a dica do nosso amigo Rodrigo, também nascido no corredor das Coxinhas Douradas.

Saímos de São Paulo no sábado, um pouco atrasados. Quando entramos na estrada já era quase meio dia, o termômetro da moto acusava 34º graus, iniciamos o Bate-Volta da Coxinha. No total serão 620 km em busca das cultuadas Coxinhas Douradas. Isso sim é vontade de comer coxinha!

Bueno de Andrada tem uma singularidade, que depois de uma longa viagem debaixo de um sol escaldante, não posso deixar de enaltecer. De um único lugar, sem precisar se locomover, você consegue avistar e apreciar todos os pontos turísticos “Buenoandradenses”. Isso é muito prático e evita congestionamento, coisas de cidades planejadas. Mas agora vamos ao que interessa: As Coxinhas Douradas!

Chegamos em Bueno de Andrada City com muito calor e com muita fome, sintomas ideais para degustar as cobiçadas Coxas Douradas acompanhadas pela tradicionalíssima tubaína Catuba, em garrafa de vidro de 600ml. A original! Comecei minha degustação sob a sombra de uma frondosa arvore na praça principal e única do distrito. Primeiro um gole na Catuba, na temperatura ideal -3,7º graus a sombra, sinto a leveza do sabor das maçãs maduras nos campos argentinos, o suave toque do copo de plástico em meus lábios sedentos abriram caminho para a primeira mordida nela, a mais dourada das coxinhas jamais vista. Sim amigos, mordi a coxinha, meus dentes transpassaram a crocante massa até entrar em contato com o mais puro frango desfiado acompanhado por um tempero único. Não me contive e acabei abocanhando mais uma e mais uma.

No total foram três suculentas e douradas Coxas, uma média de uma coxa para cada 200 km rodados, uma marca incrível, digna de fazer parte do Guinness Book. Só espero que outro digníssimo escritor não invente de descrever as maravilhas dos kibes, bolinhos de carne ou esfihas da cidade onde nasceu, ou que pelo menos ele nasça mais perto de São Paulo. Até o próximo test drive de quitutes, em algum lugar. Abraços, Zé Carlos, do site www.motoa2.com.br.

O “motonauta”  José Carlos Santos participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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