Matheus Santiago de Almeida
A eficiência da vela de ignição em um motor de combustão interna interfere diretamente em sua performance final. Motores que trabalham com alta taxa de compressão e rotações elevadas, como motores de motocicletas, necessitam de velas de ignição com eletrodo central de ponto de fusão elevado para resistir ao desgaste, baixa voltagem requerida para iniciar centelha e menor possível “quenching effect” (efeito de propagação térmica do núcleo de chama para o eletrodo central).
Possuímos a patente de nossa liga de irídio com ródio, possibilitando a confecção do menor eletrodo central de irídio do mundo, com apenas 0,4mm de diâmetro. As vantagens de um eletrodo central de menor diâmetro é a diminuição na voltagem necessária para iniciar centelha e a redução da absorção térmica do núcleo de chama (gerado pelo primeiro contato entre a centelha e a mistura ar/combustível).
Para diminuir o diâmetro do eletrodo, é preciso ter uma liga com ponto de fusão elevado, pois a intensidade do campo elétrico e a temperatura gerada são maiores, o que abreviaria a durabilidade de um eletrodo fino caso fosse utilizado uma liga com ponto de fusão reduzido. Por esse motivo, a liga de irídio com ródio especialmente desenvolvida pela DENSO permitiu atingir inéditos 0,4mm de diâmetro.
Na galeria de imagens, podemos ver na foto 01 como é gerada a centelha e como o diâmetro do eletrodo afeta esse processo. É possível notar a diferença, a centelha sempre irá ocorrer entre as superfícies mais pontiagudas, assim como ocorre na natureza com os raios. Por isso, a vela com eletrodo central convencional de 2,5mm possui a tendência de arredondar as quinas no decorrer do seu uso, e com isso a voltagem necessária para iniciar centelha se eleva, o que aumenta o risco de falhas e diminui a vida útil de todos componentes envolvidos no sistema de ignição. Já na vela com eletrodo central ultra-fino é possível notar como toda região é propícia para uma centelha intensa e estável.
O diâmetro do eletrodo também afeta o processo de ignição da mistura ar/combustível. Quanto menor o diâmetro do eletrodo central, menor é a absorção térmica maléfica do núcleo de chama. Por isso, diminuir o diâmetro do eletrodo é o objetivo de todos fabricantes de velas de alta tecnologia e performance, e a DENSO tem conquistado a liderança, com o menor eletrodo de irídio do mundo, de apenas 0,4mm.
A DENSO fabrica dois modelos de vela de alta performance para motocicletas, que são os modelos Iridium Power e Iridium Racing. O Iridium Power possui eletrodo central de irídio de 0,4mm, com eletrodo massa em corte afilado e tecnologia u-groove. Possui design projetado a fim de maximizar o contato com a mistura ar/combustível e aumentar ainda mais a eficiência de queima.
O Iridium Racing possui eletrodo central de irídio de 0,4mm, com eletrodo massa em platina de 0,8mm, com ajuste de folga entre eletrodos já realizada durante o processo de fabricação, maximizando a resistência mecânica para operar em condições severas no qual é exposta em motores de competições.
Tecnologias desenvolvidas e patenteadas pela DENSO:
- U-Groove (canal “u” no eletrodo terra para maior propagação de chama);
- Eletrodo central com liga de irídio com ródio de 0,4mm;
- Solda laser em 360º do eletrodo central de irídio;
- Spark Cleaning Pocket (sistema de auto-limpeza do isolador, utilizado na Iridium Racing).
Sobre a DENSO
A DENSO Corporation, multinacional japonesa que surgiu em 1949, quando se separou da Toyota, é líder em tecnologia de velas de ignição. Atualmente, fornece velas de ignição para as principais competições profissionais do mundo. Algumas equipes que utilizam velas de ignição DENSO: Toyota F1, Subaru WRC e Honda LCR.
Segundo a revista “Automotive News”, a DENSO hoje é o maior fornecedora de componentes automotivos no mundo em vendas. Produz sistemas térmicos, alternadores, sistemas de injeção eletrônica para motores ciclo Otto, sistemas de injeção Common Rail para motores ciclo diesel e toda gama de componentes automotivos.
Fonte:
Divulgação
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