O futuro da mobilidade está se desenvolvendo muito rápido e é elétrico

A KTM anunciou recentemente na Europa que está desenvolvendo uma motocicleta elétrica para 2023.

Por Trinity Ronzella

Texto: Luiz Mingione

 

A empresa proprietária da KTM, o Pierer Mobility Group, em parceria com a indiana Bajaj, confirma que está desenvolvendo um novo modelo elétrico, a KTM E-Duke.

A notícia vem de uma apresentação da empresa para a imprensa na Europa para divulgar receitas e ganhos do ano comercial de 2021, e também confirmar que a KTM E-Duke está em desenvolvimento, com previsão de lançamento para 2023 com um preço estimado na faixa de 10.000 euros.

A imagem na foto da E-Duke foi intencionalmente distorcida para esconder seu desenho final, mas o modelo deve ter um chassi e suspensão traseira semelhantes a Husqvarna E-Pilen, (com desenhos já divulgados) mas com um design de linhas mais marcadas e agressivas que é o DNA da KTM.

Foto: Divulgação - KTM E-Duke

Segundo a empresa, o modelo E-Duke junta-se à Husqvarna E-Pilen nos planos do Pierer Mobility Group, que confirmou estar trabalhando na “street bike'' elétrica KTM como parte de seu esforço em direção à eletro mobilidade.

O Pierer Mobility Group é um dos principais fabricantes europeus de motocicletas. Suas marcas englobam, KTM, Husqvarna Motorcycles e GASGAS. A empresa é uma das líderes de mercado da Europa, no segmento de motocicletas premium.

Segundo o CEO Stefan Pierer, em 2021, o grupo atingiu um faturamento recorde de 1.530,4 milhões de euros (+0,7%) comparado com o ano comercial de 2020. A empresa emprega atualmente quase 4.586 pessoas, cerca de 83% das quais estão baseadas na Áustria.

Além de motocicletas com motores a combustão e elétricos, o portfólio de produtos também inclui as e-bikes, Husqvarna E-Bicycles, R Raymon e GASGAS E-Bicycles.

Foto: Divulgação - E-Pilen / E-Duke

Como pioneiro em mobilidade elétrica para veículos de duas rodas na faixa de baixa tensão (48 volts), o grupo juntamente com seu parceiro estratégico, a indiana Bajaj, tem como meta estabelecer as bases para assumir um papel de liderança global deste segmento, segundo a empresa.

O Pierer Mobility Group e a Bajaj Auto Ltd. tem um projeto de médio e longo prazo para o desenvolvimento em série para produtos elétricos, na faixa de desempenho entre 3 e 10 kW (48 V).  A produção deve começar este ano na fábrica da Bajaj, na cidade de Pune, na Índia. Essa cooperação representa mais um passo significativo no fortalecimento da parceria das duas empresas.

O plano é dominar o mercado de produtos elétricos de duas rodas de baixa potência. Isso inclui o segmento de bicicletas elétricas, que já gera cerca de 181 milhões de euros em vendas para a empresa.

“Reconhecemos que precisamos começar com a eletro mobilidade atingindo nichos e clientes jovens”, declarou o CEO, Stefan Pierer, em uma apresentação onde destacou algumas das vantagens para a empresa em concentrar esforços em modelos elétricos de baixa potência.

“O objetivo de atingir a faixa etária mais jovem deve render ganhos futuros, pois os modelos mais poderosos serão introduzidos quando esse mercado jovem entrar na idade adulta”. Diz Pierer.

Foto: Divulgação - E-Pilen

Como exemplo, Pierer cita a estratégia da Harley-Davidson, que entrou no segmento de motocicletas elétricas com a FireWire de maior potência e muito cara, antes de ter introduzido modelos mais baratos e mais acessíveis.

A KTM confirma que a E-Duke vai compartilhar a mesma bateria fixa de íons de lítio com 5,5 kWh da E-Pilen e vai ter uma potência nominal declarada de 10 kW (13,4 hp). Isso não é uma potência significativa em números, mas é fato que motocicletas elétricas são conhecidas por ter melhor desempenho pois descarregam potência instantaneamente com torque imediato.

Estima-se que o modelo atinja velocidade máximas na faixa de 100 a 130 km / h, com uma autonomia de aproximadamente de 80 a 130 km. Estes dados não foram oficialmente divulgados pela KTM.

Com essas especificações, na Europa, a E-Duke se qualifica para a categoria de licença A1 que permite jovens com 17 anos, pilotar, scooter / ciclomotor ou moto de até 125 cc, depois de um teste escrito e prático. 


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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