Triumph Daytona 955i 2006: fera radical!

Alberto Miranda é um grande entusiasta e especialista no mundo custom e suas vertentes de estilo e cultura

Por Alexandre Ciszewski

 

Alberto Miranda
Formado em História, professor de profissão, espanhol, apaixonado pelas duas rodas e amante das motos customizadas. Editor da revista ChopperON Brasil (chopperon.com). Colaborador de vários sites e revistas pelo mundo todo. 

 

No passado mês de setembro, a Triple Triumph Campinas fez uma festa e um concurso de customização e, a ChopperON, convidou os Gasoline Brothers para o concurso. Ganharam dos outros concorrentes com mais do dobro dos votos com uma moto doida, uma Daytona Streetfighter. A ChopperON sempre aposta pelos customizadores corajosos e pelas pessoas sem mimimi...

Essa matéria e muitas outras estão disponíveis na última edição da ChopperON Brasil:

http://issuu.com/chopperon/docs/chopperon_bra-15

O responsável da Gasoline Brothers relata pela primeira vez o processo de criação desta Triumph doida:

“Tudo começou com o telefonema de um grande amigo nosso, o Rodney (Mr. Buell), proprietário de uma conceituada oficina de motocicletas em São José dos Campos (SP). Ele nos relatou sobre uma Daytona 955i ano 2006, de propriedade de seu cliente, o fotógrafo Henrique Froes, cuja intenção era transformar radicalmente sua moto em uma streetfighter, definição amplamente difundida na Europa, na qual são utilizadas motos antigas mas que recebem um upgrade e grande variedade de peças modernas.

Ante a infinidade de referências trazidas pelo cliente, rapidamente nos envolvemos com o projeto, no qual optamos por um perfil mais agressivo de customização. Valores devidamente acertados, o prazo de 100 dias foi apresentado e aceito pelo cliente, mas com uma condição ímpar: a de não ver a moto durante o processo de construção.

O Henrique ficou louco, disse que não conseguiria controlar sua ansiedade, o que foi de contornado com a promessa de enviarmos eventuais e esporádicas fotos do processo... Coitado do Henrique.

Inicialmente, nosso maior desafio foi o de extirpar a grande traseira original (onde repousa praticamente toda a parte elétrica da moto), reorganizando o chicote e todos os seus periféricos.

O segundo passo foi a construção do novo subchassi, apto a acomodar tão somente o banco e o reservatório do amortecedor, de modo a dar a impressão de flutuabilidade para quem vê a moto rodando. Isso mesmo: quando o piloto senta no banco parece que não existe, dando a impressão de que o condutor flutua sobre a roda...

A dianteira foi toda redesenhada e trabalhada, modificando-se as mesas em CNC e com isso, elevando a posição de pilotagem.

Por se tratar de uma moto 'speed' a motorização foi levemente apimentada, uma vez que o propulsor original já possuía boa agressividade de fábrica.

A maior parte dos itens foi construída artisticamente e a mão, com todo o empenho peculiar da Gasoline Brothers.

Quando a moto ficou pronta, ligamos para o Henrique e pedimos que ele se encontrasse conosco para debatermos sobre 'um grave e inesperado problema'.

Marcamos num posto de gasolina onde os motociclistas costumam se encontrar, estacionamos a carreta com a moto em cima, coberta por uma capa preta.

O Henrique chegou tão aflito com a notícia que nem notou a carretinha no estacionamento...

Nesse momento de aflição enquanto um persuadia Henrique com a noticia do suposto problema, descemos a moto e fomos nos aproximando... Quando o Henrique viu a moto pela primeira vez, não acreditou no que estava acontecendo e caiu aos prantos tal qual criança... Disse que aquela não podia ser sua antiga moto... E se valeu a espera? Pergunte pra ele...”

 

Fotos: Alberto Miranda


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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