Na Estrada: Preço x Valor

Tanto na vida quanto no motociclismo, pequenos gestos fazem toda a diferença

Por Alexandre Ciszewski

Quanto vale um copo d’água quando você já tá vendo miragens no interior de Goiás? Quanto vale aquele parafuso salvador que o seu camarada achou no fundo do alforje e que se encaixa perfeitamente na peça que tá caindo durante a viagem? Quanto vale a sua integridade física? E a sua tranquilidade? Quanto vale parar na estrada pra ajudar um desconhecido que tá precisando de uma assistência, uma ferramenta, um papel higiênico, um arame que seja? 

É difícil escapar dos clichês quando se fala em "Preço x Valor". São ditados, propagandas e conselhos que você ouve a vida inteira.

Mesmo assim, já vi gente comprar uma baita moto, gastar com escapamento, guidão e cromados que pareciam banhados a ouro e, na hora de escolher o mais importante, vai e me compra um capacete vagabundo porque os melhores e mais seguros são “muito caros”.

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Ou, ou, atenção, essa é boa: quando o parceiro compra a motoca igual da novela, mas não faz seguro porque é caro. Mano. Sério. Coé? Aí é o camarada prevenido que tá junto no rolê que tem que se virar, porque o bonito lá não tem seguro pra acionar e levar a moto com o cabo estourado até uma oficina. Tenho certeza de que são muitos os exemplos como esse.

E como é chato quando você tá vendendo a sua moto por, sei lá, 35 mil, e escreve no anúncio que ela tem mais de 10 mil em acessórios, que está com a mecânica em dia, os documentos OK, que sempre foi tratada no cotonete, que é abastecida só com gasolina de alta octanagem e tal, aí chega um possível comprador cara de pau e manda uma oferta de 23 mil. Poxa! Ofende a gente, né? Tenho amigos que perderam a linha ao responder anúncio de venda da moto. Ficaram possessos mesmo.

Aliás, fica aqui a sugestão pro pessoal do MOTO.com.br: criar uma seção só com as propostas mais absurdas e as respostas mais geniosas entre compradores e vendedores  :D

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Tudo bem, tudo bem. Confesso que eu mesmo já barganhei na hora de comprar uma motocicleta, mas só um pouco. Porque o quanto a sua moto custa, tanto na tabela FIPE quanto para outras pessoas, é muito diferente do quanto ela vale para você e para as suas inestimáveis lembranças com ela.

Então, meus amigos, levem isso em consideração quando enviarem uma proposta para alguém vendendo a motoca aqui no site.

Afinal, é só com o tempo que se percebe o real valor das coisas, seja o da motocicleta dos sonhos ou o de um simples pedaço de arame quando você mais precisa (obrigado, G. Maceió!).

Tiago Feliziani nasceu em 1981 na cidade de Sorocaba/SP. É publicitário, redator, escritor e motociclista, e está tentando juntar grana para um capacete não muito caro.

 

 

 

 

 

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Fotos: Arquivo Pessoal


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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