Agitação de motos no Wheels and Waves 2015

Alberto Miranda é um grande entusiasta e especialista no mundo custom e suas vertentes de estilo e cultura

Por Aladim Lopes Gonçalves

 

Alberto Miranda
Formado em História, professor de profissão, espanhol, apaixonado pelas duas rodas e amante das motos customizadas. Editor da revista ChopperON Brasil (chopperon.com). Colaborador de vários sites e revistas pelo mundo todo. 

 

Caros amigos do MOTO.com.br;

 

Hoje vou falar sobre a Wheels & Waves. O resumo poderia ser: Pneus e ondas, motos e surf, tudo isso em Biarritz, sul da França. A gente curte desde o primeiro momento, mas se você somar as boas referências obtidas dos meus amigos, a gente não precisa nem falar mais nada.

Você pode se perguntar sobre o que diabos estamos falando, vou explicar para você; Biarritz, como no resto do litoral do País Vasco, é um dos locais onde os europeus podem surfar. Então, se você curte andar sobre duas rodas, o costume é, morando nesta região, você fazer exatamente essas duas coisas, surf e bike, com certeza.

Deste jeito é que nasceu o Weels & Waves, uma ideia dos Southsiders MC.

Uma coisa que tenho que falar para você é que a primeira ideia que tive logo no primeiro com o evento é que a reunião não era de motociclistas, mas sim das próprias motos. Coisa que não é de forma alguma ruim, mas, simplesmente, diferente.

No evento, o principal são as motos, sejam elas custom, café-racer, clássicas ou esportivas. O importante é a forma como estão preparadas, customizadas ou restauradas. O que o pessoal tem que olhar é a moto e não o piloto.

Lá você não vai achar ninguém com um colete cheio de pins e bandeiras como muitas vezes a gente vê no Brasil. Não, a ideia do evento tem um cheirinho Hispter. Até um barbeiro podia arrumar seu cabelo ou barba (coisa que está começando no Brasil, mas que na Europa vai demorar um pouco).

Moto sem gravata fica na rua
A importância das preparações, customizações e restaurações é tão grande que no lugar não podem entrar todas as motos, mas somente os pilotos. Então minha espetacular Triumph Truxton (totalmente de fábrica) emprestada pela Triumph Espanha, como não usava gravata (preparação alguma), ficou fora do evento.

Na quarta edição do Wheells and Waves os pilotos e as máquinas ficaram num lugar bacana, o Faro de Anglet, aglomerando milhares de inscritos, muitos mais do que em anos retrasados, e, depois de conferir o nível das preparações e a parceria de algumas marcas com o evento, especialmente BMW com a sua NineT e Triumph com a linha Bonnie, acredito num futuro promissor para o Wheels and Waves.

Road racers
Olha, não era a Ilha de Man, mas uma das coisas que eu mais curti no evento foi que, após um percurso pela região de La Corniche, chegamos num morro junto da cidade de Hondarribia, e, neste morro fecharam o trânsito (que era uma estrada de mais ou menos um quilômetro) para fazer uma corrida de motos anteriores ao ano 78. Os pilotos saíram em duplas e iam sendo eliminados aos poucos. ¡Na Espanha! Embora as autoridades costumem ser chatas pra cacete.

Os construtores também levaram as suas criações até o evento de Biarritz estavam, lá estavam “El Solitario” com um estilo especial, estilo definido por ele como “as motos mais odiadas do mundo” e meu grande amigo Fede Ruiz da CRO que com um bom trabalho e dedicação está abrindo um espaço maior dentro do complicado mundo das preparações de motos.

A verdade é que a Weells and Waves é uma reunião diferente, com a sua própria identidade e que você deve realmente conhecer, embora seja pelo local.


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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