YAMAHA XT 500 - MONOCILÍNDRICO DE RESPEITO

Deu trabalho e dor de cabeça para acertar, mas quando acertaram...foi um sucesso!

Por Trinity Ronzella

As motos trail sempre fizeram sucesso na década de 60 com as Husqvarnas e Butalco, mas, em 1970 chegaram ao auge. Nesses dez anos, já haviam chamado a atençã e, a Yamaha lançou um modelo em 67. A revolução causada pela Yamaha com a 250 DTI dois tempos em 1967, a colocou na liderança do segmento pois, elas eram perfeitas para trabalhar durante a semana e se divertir no campo aos finais de semana. As dois tempos reinavam na época devido a lubrificação separada mas, a fumaça produzida além de não combinar com a natureza, impregnava nas roupas e cabelos, ou melhor, impregna até hoje.

 

Foto: Divulgação

Mas, nos EUA a lei era mais rígida e foram mais enfáticas quanto a poluição, forçando a Yamaha atualizar o monocilíndrico 4 tempos. O importante era ter um produto confiável que, na época, os monocilíndricos  britânicos  usados para o cross country , não eram.

 

Foto: Divulgação

Pois então a Yamaha desenvolveu um novo 500, o que foi um verdadeiro sofrimento! Difícil achar o que resistia! Pistões, rolamentos de virabrequim e cilindros não aguentavam mas, com mais de um ano dos engenheiros da Yamaha queimando a cabeça, conseguiram produzir algo confiável que encaixasse no quadro da XT 500.

 

Foto: Divulgação

Deveria ser incrível na época acelerar um monocilíndrico 4 tempos  com 32cv mas, a partida era no pedal! Quem já teve "xizélão" pode imaginar o que deveria ser virar esse motor mas, com o convívio, conhecimento, prática e uma academia, tudo se resolvia!

 

Foto: Divulgação

Coincidências da vida, no final dos anos 70 surgem os primeiros ralis e ali começam a construir uma lenda. As XT 500 vão desfilar na África em bando! Dezoito XTs participaram da segunda edição do Rally Abidjan-Nice e, o que aconteceu? Dez delas chegam ao final, inclusive a de Gilles Comte que chega em primeiro. Mas não fica por aí. Em 79 e 80, Cyril Neveu vence o Paris-Dakar com a XT 500! Nove anos depois, ela se aposenta e surgem motores monos mais modernos com a XT 600 em 1988,  mas aí já é outra história!

 

Foto: Divulgação - XT 500 Cyril Neveu

 

A XT 500 tinha 499cc, refrigerada a ar, 32cv a 6.500 rpm, freios a tambor, quadro de berço simples, garfo telescópico e chegava a 130km/h.

Deixou saudades!

 


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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