Piaggio Ape completa 60 anos
Quase dois milhões de unidades da marca já foram vendidas na Europa em suas três versões.
Por André Jordão
Por André Jordão
Aldo Tizzani
Mix de scooter e veículo de transporte, o Piaggio Ape sempre fez sucesso para percorrer as ruas estreitas das medievais cidades italianas. O Piaggio Ape – mix de scooter e veículo de transporte – comemora 60 anos.
O desenho não é tão jovial assim, porém sua versatilidade de rodar em vielas estreitas para transportar pequenas cargas e pessoas faz deste veículo um ícone em todo o mundo, já que as suas três rodas sempre se mantiveram em sintonia com a evolução dos tempos – principalmente como uma opção barata em tempos de crise.
No pós-guerra, o histórico veículo foi o responsável pelo desenvolvimento econômico italiano. Hoje, 60 anos depois do início da produção, quase dois milhões de unidades do Ape já foram vendidas em toda a Europa. Detalhe: o Ape é produzido nas fábrica da Piaggio Pontedera (ITA) e também em Baram, na Índia.
Em produção desde o final de 1948, dois anos após o início das atividades da Vespa, o Ape agora faz parte do mix de produtos da nova divisão de Veículos Comerciais do Grupo Piaggio.
Liderada por Franco Piaggio Fenoglio, este novo módulo de negócio transformou o versátil modelo em um veículo mundial disponíveis em três versões: Ape, Porter e Quargo.
Para o mercado europeu, o Ape é produzido nas versões de 50cc, 218cc, ambas a gasolina, e a de 422 cc, movido a diesel.
Tamanho compacto, extrema maneabilidade, baixo custo de aquisição e manutenção e boa capacidade de carga são as principais características que fazem deste veículo sucesso de público, crítica e vendas.
Ao longo do tempo, o Ape sofreu várias alterações, porém sua filosofia de versatilidade foi inalterada. O veículo é uma referência para o Grupo Piaggio.
Em função de seu mix, a linha Ape vem ganhando espaço em mercados fora da Itália. Na contra-mão da crise mundial, o volume de vendas dos três modelos apresenta crescimento de mais de 10% se comparado com 2007.
De janeiro a setembro já haviam sido comercializados 140 mil unidades das versões de três e quatro rodas. Resultados positivos em vários mercados, particularmente na Alemanha e na França.
Mas o sucesso do Ape vai muito além das fronteiras do velho continente. Parece brincadeira, mas o veículo é realmente um sucesso mundial. Desde 1999 é produzido nas versões diesel de 501cc e 601cc fabricados e comercializados também para o mercado indiano.
O modelo de três rodas é o líder absoluto na Índia, com mais de 150 mil unidades vendidas/ano. Além disso, todos os novos motores estão em perfeita sintonia com os mais rigorosos padrões europeus em termos de emissões.
Linha do tempo
1948 – Lançamento do Ape. Preserva as principais características estruturais e folosóficas dos modelos Vespa. Já com três rodas, o modelo está equipado com motor de 125cc.
1952 - O motor passou para 150cc. O Ape ganhou nova versão. O mini-caminhão podia transportar até 350 quilos de carga.
1958 – O modelo passou por uma mutação. Ficou maior e com motor de 170cc. O modelo ganhou cabine, pára-brisa e cinco rodas.
1961 – É lançado o modelo Pentarò, que teve sua capacidade de carga aumentada para 700 kg.
1969 – Nasceu o Apino, um veículo comercial de apenas 50 cc.
1971 – Chega ao mercado a revolucionária versão “carro”. Com visual moderno, o veículo estava equipado com motor dois tempos de 220cc.
1982 – Com um projeto completamente novo, assinado pelo designer Giorgetto Giugiaro, o Ape Giugiaro teve suas dimensões aumentadas. Além disso, a versão ganhou novas suspensões - braço oscilante independente - e rodas de 12 polegadas.
1984 – O Ape ganhou novos motores a diesel. O modelo é equipado com um propulsor de 422cc, cinco velocidades e injeção direta de combustível.
1994 – Destinado ao público jovem, nasce o Ape Cross, de 50cc, equipado com um roll-bar, espaço para bagagem e cores vibrantes.
2007 – A Piaggio introduziu no mercado uma séria limitada (999 unidades) do Calessino, modelo que conta com desenho retro, inspirado nos Anos 60.
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